"Twenty Minutes Rule.
Now, the moment I get home, I force myself to do at least twenty minutes of one of the following — write an article, read a book, practice chess, learn another language with DuoLingo (I try to do this on my phone rather than my laptop to minimize the risk of distraction), practice guitar, meditate, work on a computer programming language, or improve flexibility with stretching. Customize the activities to suit your interests, but this should generally not involve any computers. "
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quinta-feira, junho 19, 2014
terça-feira, junho 17, 2014
humanos observam david
(escrito sentado num banco da Academia de Arte de Florença, a descansar os cansados pés).
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David, a minha pila.
Ora aí estão milhares de
turistinis a olhar para as formas de um rapaz novo com alguns músculos, os
clássicos, sem exageros, e a pilota de fora a dar a dar (mentira, que a
picolina não mexe por nada deste mundo, e do outro).
Diz a lenda que David matou o
gigante Golias numa tarde de sol. Ora, o David é gigante visto daqui (escrevo
isto sentado a uns bons metros dos ‘turistinis’, a ver o espectáculo com
distância).
O David tem umas mãozarras patudas – dizem que é pela perspectiva
do público, que observa a estátua de David cá de baixo –, tem a fisga que mal
se vê e faz pose amaricada, como quem está desinteressado em tudo mas tenta
parecer estiloso e cagão. É claramente italiano ou romano para Michaelangelo,
mas não era 'para' a lenda. O David da lenda dificilmente seria tão torneado e
musculado ou com linhas de cara tão direitas.
Mas este é o homem perfeito.
Jovem. Com saúde. Musculado qb. Com estilo. Convencido e idolatrado. Mariquices dos antepassados italianos (não é uma referência à preferência sexual por pessoas do mesmo
sexo).
Certo é que passam por aqui miúdas
holandesas, americanas, inglesas. Embonecadas, observam com atenção e prolongadamente o David,
tal como os homens e as idosas, mas nada acontece. Nada. A pila do jovem rapaz
será eternamente assim. Picolina e sem tusa.
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domingo, junho 08, 2014
olha que coisa mais linda...
Automóveis como este Aston Martin V8 Vantage 430 são pequenas lembranças de que os veículos com quatro rodas também podem ser peças de arte. Quando o conduzir vou sentir o rosnar de arte nas minhas mãos e na ponta do meu pé 'acelerador' direito!
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fisherman goes to bay
pescador de almas
pescador de sentidos
pescador de latidos
pescador de subentendidos
pescador de ruídos
pescador de imbutidos
pescador de criancices
pescador de memórias
pescador de 'reza a história'
pescador de ideias
pescador de cadeias
pescador sem limites
pronto para respirar e ser livre
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sexta-feira, junho 06, 2014
i can see clearly now the rain is gone
I can see clearly now the rain is gone.
I can see all obstacles in my way.
Gone are the dark clouds that had me blind.
It's gonna be a bright (bright)
bright (bright) sunshiny day.
I Can See Clearly Now, Johnny Nash
Os carros não têm só uma utilidade prática de nos levar de um sítio para o outro. Mesmo parados são também casulos que nos colocam no meio da realidade, menos visíveis e mais contemplativos.
Se estivermos a ouvir música no rádio ainda melhor para esta reflexão tão humana e tão moderna. Podemos estar no meio da cidade a olhar para os outros carros a passar a velocidade ou apenas a observar pessoas a fazerem a sua vida. Malta de pijama a levar o lixo à rua, idosas a passear, mães a levarem os filhos para o infantário ou jovens a irem de mochila para mais um dia recreio e escola.
Esta contemplação quase voyeur é melhor dentro de um carro. Temos a música a acompanhar o pensamento (ou vice versa). Estamos sentados e protegidos de vento, chuva ou de outros elementos e podemos meramente pensar e observar. O efeito reflexivo é semelhante se formos para uma falésia ou para o campo observar o mar ou a natureza no horizonte. Provavelmente a olhar a beleza da natureza vamos pensar mais em nós e no que fazemos aqui, já que com a natureza não temos o elemento humano a distrair-nos de nós próprios. A certa altura apetece-nos abrir a porta e entrar de novo no mundo, sentir o vento na cara e olhar sem casulos.
Tudo isto faz-me lembrar este anúncio aqui por baixo da Nescafé, com esta música maravilhosa de Johnny Nash. Desde que era miúdo que me lembro de ver este anúncio. Parava tudo o que estava a fazer para ver aquela miúda gira no carro a olhar o horizonte. Estava-se a passar alguma coisa especial ali. Não era um mero anúncio. Para mim nunca foi.
A música tocava enquanto ela estava no carro e, de repente, parava. Ela procurava algo na parte de trás do carro e encontrava a lata de café. Sem se ver pormenores, ouvia-se o a abrir da tampa, o ferver do café e o servir para a chávena. Maravilhoso. Depois ela saia do carro de chávena em punho e usufruía do café, da vista e da brisa do mar, la la la. Perfeito. Poucos anúncios acertavam tanto de forma tão simples. Delicioso momento humano.
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PS: Ter auscultadores e ouvir música (no iPhone, iPod e afins) pelo meio da multidão ou da natureza cria efeitos semelhantes. Mas de carro estamos mais protegidos de tudo, num perfeito casulo só nosso. E podemos ser mais observadores passivos, de outros humanos ou da natureza.
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PS: Ter auscultadores e ouvir música (no iPhone, iPod e afins) pelo meio da multidão ou da natureza cria efeitos semelhantes. Mas de carro estamos mais protegidos de tudo, num perfeito casulo só nosso. E podemos ser mais observadores passivos, de outros humanos ou da natureza.
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