domingo, maio 31, 2009

meazza diz adeus a figo






Antes de Cristiano Ronaldo se ter tornado uma estrela do futebol, quando se falava de futebolistas lusos famosos, o primeiro nome a surgir era Luís Figo, lado a lado com Eusébio. Passados 19 anos de futebol profissional e 22 títulos, Figo, 36 anos, o extremo dos passes magistrais, das fintas de classe e dos golos decisivos teve ontem o seu último jogo ao mais alto nível – o jogador português admite continuar nos Estados Unidos, mas fora da alta competição.
No derradeiro jogo na Serie A o português comemorou mais um scudetto, recebeu uma salva de prata, teve direito a um corredor de gala, à braçadeira de capitão e, quando saiu aos 43’, uma ovação de pé no Giuseppe Meazza e um abraço emocionado de José Mourinho.
Figo teve tempo ainda para assistir Muntari num dos golos da partida, que terminou com vitória do Inter (4-3) e um bis de Ibrahimovic – sagrou-se o melhor marcador em Itália.
O Milan bateu a Fiorentina (0-2) e garantiu o 3º lugar no adeus de outra lenda: Paolo Maldini. O técnico Carlo Ancelotti também disse se despediu dos jogos no Milan, deverá ser amanhã substituido pelo ex-jogador Leonardo.
Já o checo Pavel Nedved disse adeus à Juventus.

quarta-feira, maio 27, 2009

no meio do rio



Num 12.º andar em cima do Tejo com vista para a ponte.



terça-feira, maio 26, 2009

o adeus do sr cinema

João Bénard da Costa desapareceu, mas os textos dele no Público estão aí para serem apreciados novamente: aqui.


nas montanhas timorenses

Apesar de Timor-Leste estar tão próximo sentimentalmente de Portugal, já há muito tempo que não vejo uma boa reportagem sobre o novo país. A BBC Two tem uma história curiosa sobre as montanhas timorenses, que escondem os fantasmas da ocupação indonésia. Curiosamente, esta é uma das notícias mais lidas no site da BBC.


The lost children of East Timor

The road to Joachim's house lies through East Timor's eastern mountains. An eight-hour drive down rutted jungle tracks littered with the ghosts of Indonesia's occupation. Here, a decade ago, East Timor's guerrillas fought their long battle for independence. Now, the Jurassic plants stand tangled in the sunlight. Clumps of bamboo, the height of several men, creak and sway under the wide blue sky. This is still one of the world's wild places. No phones here, no e-mail. Here, if you have a message to deliver, you deliver it in person.

tree house




Morning, sunshine.

segunda-feira, maio 25, 2009

mistura de línguas

Portunhol sem fronteiras. Mistura de português, espanhol e guarani, a língua cresce como movimento literário


domingo, maio 24, 2009

de corpo aberto




Duas pessoas que admiro em entrevista/conversa curiosa e assustadoramente real - Mário Crespo e Medina Carreira. Talvez um pouco real demais para manter a esperança. Mas um bom ponto de partida para mudar um país onde no século XV, D. João II criou o Conselho dos Sábios (não sei se é o nome correcto, curiosamente só conheço o nome em inglês, Council of Scholars) para poder reformar por completo o país com pessoas competentes e inteligentes a comandar as diversas áreas, independentemente da sua ascendência social.
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sábado, maio 23, 2009

easy rider at the cannes sidewalk



Agora que está a acabar o Festival de Cannes, encontrei uma sequência de imagens de outros tempos e de outras estrelas de cinema. Na foto, a malta do filme Easy Rider: Dennis Hopper, Peter Fonda e Jack Nicholson. Há mais, aqui.


os tomates de marinho



Marinho Pinto diz das boas a Manuela Moura Guedes. Um momento único em televisão, de alguém que não se importou de confrontar a Manela. Teve "tomates"! (vídeo completo da pseudo-entrevista aqui)



quinta-feira, maio 21, 2009

uma cidade que atracou no tejo

[DSC00272.JPG]


Parte do dia passado no maior navio cruzeiro do mundo maravilha qualquer um. Eu sou qualquer um. O Independence of the Seas, com capacidade para mais de cinco mil pessoas, é um cidade flutuante repleta de motivos de interesse. Um dia destes falo neles por aqui.

by seremot

quarta-feira, maio 20, 2009

todos temos pontos-charneira

Hoje alguém me contou uma história que me impressionou. Este alguém namorava uma rapariga búlgara, que conheceu na sua primeira passagem pelo país (tudo isto na década de 80).
Quando voltou ao país passado uns meses depois da última visita, era obrigatório um visto, que conseguiu com dificuldade. Depois, já lá, por ter ficado numa residência de um habitante local e não num hotel foi chamado à esquadra, alegadamente por estar clandestino no país. Teve de pagar uma multa elevada, tal como a búlgara que o recebeu, que, neste caso, era a namorada. Aparentemente a recepção de um búlgaro a um estrangeiro teria de ser comunicada com antecedência e aprovada pelo polícia do Estado na altura.
Este alguém teve de voltar para Portugal e só não pagou a multa porque o chefe da polícia era da família da namorada búlgara. Curiosamente era ainda mais complicado a namorada vir de férias a Portugal nesse período. Como era professora estava mesmo impedida de sair do país, por existir receio que ela não voltasse e por ser um "bem" para o qual o Estado tinha investido.
Para os outros búlgaros não professores também existiam regras, como só poder ir de férias parte da família, e nunca a família nuclear inteira, entre outras limitações.
Foi por isso que português e búlgara tiveram de acabar com o namoro, que estava com perspectivas de ser tornar num casamento.



Há histórias incríveis, hein. E quem me contou isto foi um ex-jornalista que conheci hoje. Alguém mais viajado do que alguma vez serei (ser for a metade dos sítios onde ele já foi não será nada mau).


terça-feira, maio 19, 2009

ver filmes em cannes



Jornalistas portugueses no Festival de Cannes (pelas minhas contas):


João Antunes
Paulo Portugal
Rui Pedro Tendinha
João Lopes
Vasco Câmara
Tiago Alves e José Paulo Alcobia



Mais algum? Eu só estou a ver estes. Acho que o Mário Dorminsky também está por lá, bem como outros representantes de festivais portugueses, realizadores tugas (são seis, incluindo o já habitual e muito aplaudido Pedro Costa).



Dorminsky escreveu recentemente no jornal Metro a seguinte crónica sobre o dia a dia no mais famoso festival do mundo:

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Cannes’09
Há filas para tudo!

Em Cannes, durante o festival, há filas para tudo! Para a simples aquisição de uma "baguette" com queijo ou fiambre, para os restaurantes, para as salas de cinema ou para arranjar o mágico bilhete que permite a entrada nas sessões nocturnas do Palácio dos Festivais e que obriga ao uso de smoking.
No Palácio dos Festivais, centro nevrálgico de todo o certame, encontram-se as recepções para os profissionais, para os jornalistas e para os “cinéfilos”, definição dada aos “borlistas” cá do sítio que seguramente são amigos de alguém, dos mais de mil funcionários, que envolve a organização do festival. Ali há ainda as salas de conferências de imprensa dos filmes apresentados, alguns bares soltos e destinados exclusivamente a portadores de cartões específicos por profissão dentro do meio do cinema.
Há ainda cerca de 30 pequenas salas de cinema (às quais só têm acesso os detentores de cartões de “comprador” do “Marché du Film”) e ainda as duas grandes salas do festival — uma com mais de três mil lugares (a Lumière) e outra com cerca de 1 000 (a Debussy) onde decorrem a maioria das sessões competitivas e as da secção “Un Certain Regard”.

Ainda no Palácio, na cave e nos jardins adjacentes, encontram-se diversos pavilhões e stands representativos das empresas oficiais de cinema de diversos países (ICAM incluído), bem como os chamados pavilhões europeu e americano onde se reunem diversos organismos oficiais e para-oficiais e que possuem bares e esplanadas, com uma ocupação quase sempre de 100%. Apesar de todo o ambiente frenético de Cannes, os fins-de-semana são ainda mais assustadores. Em dias de sol é impossivel uma pessoa circular junto ao mar tal a quantidade de mirones que se aglomeram em frente dos hotéis e do Palácio dos Festivais na expectativa de verem as suas estrelas favoritas.
Gradeamentos protegem as entradas das salas de cinema, dos hotéis onde há empresas ligadas ao Mercado do Filme, em todo o lado. Tem de se andar com o cartão de profissional fornecido pelo festival para ali se poder entrar sem grandes problemas. Passa-se continuamente por dectectores de metais, é-se apalpado por seguranças…, têm de se abrir todas as malas e sacos que se levam a tiracolo e só depois é que se entra.
Assim é Cannes durante um Festival Internacional du Film. A loucura total e espaço para todas as festas.

Mário Dorminsky

cinema de bolso

"(...) vale a pena citar o exemplo esclarecedor de Second Life, um dos filmes lançados e promovidos para “salvar” o cinema português da sua miséria económica.
O filme gerou uma receita bruta de 403 mil euros. Ora, de acordo com a respectiva produção, custou um milhão e meio de euros.
Tendo em conta que à receita é necessário retirar custos de cópias, gastos em publicidade e ainda a percentagem que fica nos exibidores, pergunta-se: onde estão os lucros?"


João Lopes, in Sound+Vision


goodnight irene

Nuno Lopes protagonizou o melhor momento da noite de Globos tugas (aka Globos de Ouro) de ontem. Motivo suficiente para recordar uma entrevista a ele e ao realizador do filme que lhe valeu o Globo, o belo Goodnight Irene (Lopes teve ao lado outro belo actor, Robert Pugh).






twist and shout

[Beatles.jpg]

Beatles, em 1964. Numa praia perto de si. Nem por isso.



o mundo cá fora

As notícias estão cada vez menos frescas e as ideias cada vez menos boas.
Sexta-feira à noite. El Corte Inglès, UCI. Lisboa. As salas de cinema parecem a feira sábado de manhã. Correntes de pessoas passeiam-se de um lado para o outro na entrada e corredores das salas de cinema, entre o desejo de pipocas que podiam ser vendidas ao preço da uva mijona mas custam o mesmo do que a uva Roman Ruby (é muito cara), e uma Coca-Cola que custa 10 vezes menos no supermercado. É proibido trazer pipocas ou Cola de casa. Faz sentido, pelo menos para os bolsos do cinema.
A sessão de Anjos e Demónios esgotou. A pressa por ver blockbusters continua frenética. Ir ao cinema é coisa de massas e começa a ser assunto para se ter massa, já que barato não é. Tenho saudades da calma de um cinema vazio.

Sábado à tarde. Freeport, sem ser o Caso. No meio do "deserto" de Alcochete vislumbra-se ao longe o centro de comércio e caso de polícia Freeport. As espécies da zona devem gostar da companhia. À entrada uma pirâmide de vidro no meio de um mini lago. São as Informações do Freeport. Entrei. Pedi para esclarecerem dúvidas sobre o Freeport que tinha (ainda tenho).
Foram afáveis... até eu ter colocado as perguntas: gostaria de saber informações sobre se houve abuso de poder, prendinhas, beijinhos ou corrupção de José Sócrates, tios, primos, mãe, avó, avô e sobrinhos para que o Freeport tenha sido erguido por aqui?
Não terei sido o único a fazer a pergunta, porque foi-me aplicado de imediato o "Código 333". Basicamente consiste em ser massajado nas costas pelos cotovelos de um senhor que pesa 333 kg (só podia).

Andar às compras, para mim, vem com um limite temporal. Depois do limite ter sido ultrapassado o meu cérebro deixa de responder em tempo real... entra numa outra dimensão. O limite temporal não é certo, varia de disposições. Certo é que após cinco lojas seguidas e 9999 peças de roupa vistas torna-se difícil processar mais roupa. Tudo parece igual. Não apetece experimentar nada, ver mais nada, andar mais nada.

Depois criam-se os cantos dos homens desesperados. Qualquer sítio que dê para sentar é um Oasis, tão raro como os verdadeiros Oasis no deserto (e que tal criarem espaços para os homens poderem estar à vontade numa loja, hein?!).
Os homens concentram-se em locais nada apropriados, à espera das suas analisadoras profissionais de roupa e acessórios. Seja perto dos vestiários, numa secção de lingerie intimidatória (onde os olhares parecem concentrarem-se em nós, o elemento estranho), junto ao guichet onde estamos sempre no caminho de alguém.
Depois tentamos disfarçar, mostrando naturalidade, hábito, brincamos com o telemóvel, olhamos ligeiramente para a roupa (mais a pensar como seria giro despi-la da empregada da loja), avaliamos (sem dar nas vistas) o que se aproveita na loja (não se fala aqui de roupa). Se houver secção masculina podemos passar por lá, por pouco tempo... com medo de nos perdermos.
Uma zona para nos sentarmos sabe a ginja. Zonas com sofás (normalmente perto dos sapatos) chegam a ser uma perdição. Mais curioso é ver que os homens concentram-se logo que podem ali. É um local de eleição. Sentar. Observar. Esperar. Mal o menos.

O máximo que alguma vez consegui comprar sozinho de forma consecutiva foram duas peças de roupa. Depois precisei sempre de um período de desenjoo. Ir às compras já custou menos, curiosamente. Ir a uma ou duas lojas e estar em cada uma no máximo 5 minutos é um privilégio ao alcance de poucos homens.

Domingo. Limpezas pela manhã deveriam ser proibidas em todos os países do planeta Terra. It's a dirty job, but someone as got to do it. Depois de começar até se faz bem. Mas levantar e começar é que demoraaaaa.
Início de tarde. A dúvida gera pânico. Será que a data de entrega do IRS já passou? A pesquisa no Google, mais demorada do que deveria ser (informação de difícil acesso) gera o alívio. Ainda faltam uns dias. Começa-se a juntar papéis, descarregar o programa do site das Finanças e a fazer contas à vida.
Fazer o IRS é uma espécie de fim de ano muito atrasado (são cinco meses de atraso), onde se recapitula 12 meses de vida numa perspectiva financeira, que acaba também por ser profissional e extremamente pessoal. Tiram-se ilações, sobre as conquistas profissionais, os gastos mensais e as grandes desilusões. Porque é que não fiz isto, porque é que fiz aquilo. Interrogações que, estupidamente, só surgem com cinco meses de atraso porque as contas (mais práticas e menos metafísicas) são feitas de forma mais completa com a elaboração do IRS.
O Estado devia-me pagar por trabalho de contabilista. Ter de contar factura a factura, papel a papel, deve ser tão doloroso quanto ser José Sócrates e ler crónicas de jornalistas contra medidas, acções de propaganda e afins sócratianas. O Sócrates processa nestes casos (da forma mais cara e eficiente que existe), será que posso fazer o mesmo relativamente ao Estado e ao meu trabalho como contabilista?
As Finanças deveriam anunciar a proximidade dos tempos de entrega do IRS da seguinte forma:





Segunda-feira de manhã. Uma palavra mal dita para a câmara tira o entusiasmo na edição de uma peça televisiva. Tiram-se lições e fazem-se emendas. É para isso que serve o curso. Depois disso, uma situação chata resolveu-se mais facilmente do que poderia julgar. Voltei a recordar como é ser guiado num automóvel, para variar.

O dia terminou com um regresso a um passado que não volta mais, para o bem e para o mal. Incrível como deixamos que os anos passem por uma parte da nossa vida, até que voltamos a ela e percebemos que deixámos para trás uma parte de nós. Ficou meio esquecida. E o tempo passou. Quando voltamos tudo está na mesma, mas já não é tão nosso quanto foi. Custa, mais do que parecia ser possível.

Sono. Dormir. Amanhã começa tudo de novo. Só que não é de novo. É a meio. Há-que compensar pelo tempo perdido, não desaproveitar o tempo ganho e organizar passado, presente e futuro.


sexta-feira, maio 15, 2009

penny lane


Os Beatles, em 1963, num quintal perto de si.

goooooooooooonies




Os Goonies todos juntos. Sorrisos nos lábios, deles e nos meus.
(via i)


terça-feira, maio 12, 2009

cruzeiros ao perto





Ver um cruzeiro de grandes dimensões ao perto deve ser como estarmos a aproximarmo-nos de um planeta. Há um sentimento de insignificância óbvio. Mas uma sensação de massa física incrivelmente superior à nossa faz-nos querer aproximar. É uma espécie de força gravitacional que nos atrai. Uma visita ao Porto de Lisboa, ali para os lados do Cais de Alcântara, e o mundo parece que ganhou um dimensão diferente. É como passarmos de uma resolução de monitor do computador para outra. Cheguei ao Cais utilizador de uma resolução de 800pixels x 600; mal entrei no Terminal e observei de perto a imensidão do navio cruzeiro Norwegian Jade (ex-Pride of Hawaii), a imponência dos transportadores de contentores e a colecção de milhares de rectângulos metálicos mesmo ao lado do navio entrei na resolução 1280 x 1024.
O terminal de Alcântara tem uma imensidão de espaço vazio e plano entre o navio e a entrada para o edíficio alfândega. Dava para fazer um campo de futebol, tal é o caminho que os passageiros têm de percorrer, enquanto se desviam dos contentores que ocupam a parte esquerda deste cenário.
Do lado direito jaz a Ponte 25 de Abril (ex-Salazar), uma das grandes causadoras do barulho infernal que se vive por ali, também provocado pelo vento a chocar nos contentores e pelo mar picado. É um ambiente estranho e inóspito. Mesmo ao lado da ponte.

Os cruzeiros fascinam-me. Viajar pelo mar parece ser maravilhoso. E estar a pesquisar e ler coisas sobre cruzeiros só aumentou a vontade de participar num.

you may find hope in a movie

Cinema com 2,5 milhões de espectadores, e viva o cinema. Infelizmente obrigações e desejos de formação obrigam-me a estar um pouco mais longe do cinema no mês de Maio do que desejaria. Mas em Junho tudo volta ao normal.


foi você que pediu um estagiário?

Estagiário é a nova palavra para quem procura pessoa para trabalhar de forma gratuita. Os anúncios em busca de estagiários no Carga de Trabalhos assim o confirmam.

Deveriam de mudar a definição no Priberam para:

estágio

s. m.
1. Tempo de trabalho gratuito e sem qualquer acompanhamento para aprendizagem que é utilizado por patrões que gostam de pagar pouco e encher enchumaços em certas profissões.

2. Período durante o qual uma pessoa exerce uma actividade temporária numa empresa com vista à sua formação, mas que só serve, especialmente nas áreas de Letras, para evitar que certo cargo seja pago com um ordenado pelo patronato.

mau urbanismo, com parvoíce se paga

Um parque de estacionamento em Benfica (Auto Silo – Benfica) parece ter a polícia no "bolso", como nos filmes de gangsters dos anos 50. Ao que parece "contratou" a polícia de trânsito para multar numa zona puramente residencial os residentes em três ou quatro ruas à volta do parque, isto porque o negócio não era famoso.

A reportagem do jornalista Jorge Flores (que acertou na muche) do Automotor explica tudo, bem explicadinho.


Multas por encomenda
O Presidente da Junta de Freguesia de Benfica acusa a PSP de multar e bloquear veículos em pacatos bairros residenciais por “encomenda” . De quem? Da empresa que gere o parque de estacionamento local. Parece uma “acção comercial”, lamenta o autarca local
Um condutor criticar a PSP depois de esta lhe ter multado e/ou bloqueado o automóvel é uma situação apenas corriqueira no agitado quotidiano das grandes cidades. Mais raro (e preocupante?) é quando o dedo acusatório é apontado por um responsável autárquico. Mas foi justamente isso que aconteceu na localidade de Benfica, em Lisboa.

Há poucas semanas, o presidente desta junta de freguesia, Domingues Alves Pires, viu-se confrontado com a fúria da população local, reunida às portas da autarquia. Qual o motivo? Simples: segundo gritavam, teria sido ele o mandatário dos autênticos raides que a Divisão de Trânsito da PSP havia feito, nos últimos dias, multando e bloqueando em pacatas zonas residenciais (a saber: Av. Gomes Pereira, Rua Dr. João de Barros, Rua Maria Pimentel Montenegro, Rua Coronel Santos Pedroso e Rua República Peruana).

Todos eles bairros onde a população estacionava “há mais de trinta anos sem quaisquer tipos de problemas”. Antes de mais, o autarca exigiu que lhe respondessem a uma pergunta: porque seria ele o responsável? De acordo com a resposta dos queixosos, o seu nome fora avançado pelos agentes da PSP, porventura para acalmar os ânimos, enquanto decorria a ofensiva bloqueadora...


“Caça à multa”, diz ele
Irritado com a difamação e também com a medida, que classifica de “caça à multa”, Domingues Alves Pires tratou de colar inúmeros “avisos” nas zonas em questão, onde explica, preto no branco, que estava contra esta iniciativa. E, depois, seguiu no encalço das explicações da PSP para o sucedido: “Tomei a iniciativa de entrar em contacto com as autoridades porque achei uma brincadeira de muito mau gosto desculparem-se com o meu nome. E também porque considero que teria sido muito mais útil uma acção de sensibilização junto destes moradores, avisando-os de que, a partir de determinada data, passariam a multar. Até porque o estacionamento ali é inofensivo. Estamos a falar de espaços com sete metros de largura que não incomodam ninguém. Eu próprio deixava lá o meu carro, antigamente. As pessoas nunca haviam passado por isto. É uma acção desproporcionada”, referiu-nos o responsável pela freguesia de Benfica. Teve direito a resposta. Mas o que se segue não deixa de ser um retrato alarmante do país...

ler mais aqui


sábado, maio 09, 2009

discos pedidos: dr1ve

A minha prima Maria Betânia (não é a cantautora brasileira), embora ela seja poetisa nas horas vagas adorou o seguinte videoclip e pediu-me muito para colocar aqui. Os desejos dela são ordens, por isso:




Os Dr1ve e a cantora/actriz Lúcia Moniz uniram-se para gravar "A Wish", tema principal da banda-sonora do filme de André Badalo, "Escritora Italiana".


o que é que a porsche está a fazer em uusikaupunki?




A Porsche pode só vender carros de luxo e ter vendas, em unidades, muito pequenas, mas comprou uma grande parte de um dos maiores grupos automóveis do mundo, o Grupo Volkswagen. De onde vem a sua fortuna e o que está a alemã Porsche a fazer na Finlândia (não é só o i com exclusivos do New York Times em Portugal)?


Porsche Finds Fortune From Unlikely Outsourcing

UUSIKAUPUNKI, FINLAND — Outsourcing to less-expensive places like India, China, Taiwan and Eastern Europe became routine for many American and Western European companies over the past decade. But what’s Porsche doing in Finland?

Since 1997, Porsche, the German sports car manufacturer, has headed north to this tongue-twister of a Finnish town instead of east, a move that helps explain why it is still making money even as so many automakers are tapping government aid to weather the worst industry downturn in a generation.
During the fat years, Valmet Automotive cranked out thousands of cars in Uusikaupunki to supplement Porsche’s production in Germany. Now, the assembly lines here are slowing, which means that Valmet, rather than Porsche, is bearing much of the burden of the global auto industry’s distress.
“We are a lean organization, but at the end of the day, there is a threshold here,” said Ilpo Korhonen, Valmet’s president. “We can’t run like this forever.”

sexta-feira, maio 08, 2009

o ex-imperador

adriano no flamengo


Esta criança sorridente é Adriano, o tal que disse quando estava no Inter, há umas semanas, que estava sem vontade de jogar à bola, foi hoje apresentado no Flamengo... Tal como Ronaldo é uma estrela que volta ao Brasil. Quem se segue? Ronaldinho?



quinta-feira, maio 07, 2009

i wonder why... yesterda ... la la la

Não são só os internautas a procurarem a Cláudia Vieira. A moçoila cujos mupis da Triumph provocaram uns quantos acidentes pelo país, estreia uma peça de teatro chamada Saia Curta e Consequências. Estou curioso.


Internautas procuram Cláudia Vieira
Uma análise dos dados do estudo Netpanel da Marktest mostra que Cláudia Vieira foi a personalidade sobre quem os internautas nacionais mais pesquisas realizaram durante o primeiro trimestre do ano quando acederam à Internet a partir dos seus lares.



quarta-feira, maio 06, 2009

um jogo é jogo até ao final


Chelsea aos pés de Iniesta

Será a primeira final Barça-United na Liga dos Campeões. Messi vs. Ronaldo encontram-se em Roma

No futebol, como na maioria dos desportos competitivos emocionantes e que cativam maior número de adeptos, um jogo só está decidido quando o árbitro apita para o final. Isso mesmo se viu ontem à noite, em Stamford Bridge, onde até aos 92 minutos o Barcelona estava a perder graças ao golo de Essien aos 9 minutos e poucas oportunidades tinha criado.

No final do tempo regulamentar este texto poderia dizer: Chelsea reedita final inglesa do ano passado com o Man. United. Bastou uma assistência de Messi e um remate colocado, à entrada da área, de Iniesta aos 92 minutos de jogo para empatar a partida 1-1 e colocar o Barça na final de Roma – após o empate a zero na 1ª mão, o golo fora apurou os catalães.

A alegria de Pep Guardiola, que correu pela linha de jogo, contrastou com as lágrimas de adeptos do Chelsea. O clube londrino ainda lutou nos minutos finais e reclamou por um penálti (ao longo do jogo parecem ter ficado dois por assinalar a seu favor). Guardiola ainda esbracejou para que duas substituições fossem efectuadas de imediato. Mas o destino estava traçado e será o Super Barça, que ontem pouco se viu, a jogar com o United: Messi encontra Ronaldo na final.

Antes disso, um Barça sem Henry (não recuperou de uma lesão) voltou a encontrar um Chelsea com precauções mas maior poder ofensivo (Anelka esteve ao lado de Drogba). Os londrinos marcaram logo aos 9’. Essien aproveitou um ressalto e rematou de primeira, de pé esquerdo, num golo monumental que ainda bateu na barra.

O Chelsea entregou depois a posse de bola ao Barça e defendeu com “unhas e dentes”. Na 2ª parte, as melhores oportunidades foram do Chelsea – Drogba foi o mais perdulário. Já depois da expulsão de Abidal (não joga na final, tal como Dani Alves) surgiu o golo catalão.

Guus Hiddink, que reabilitou o Chelsea após a saída de Scolari, não conseguiu levar a equipa pelo segundo anos consecutivo à final da Champions. O holandês de currículo globetrotter e recheado de sucessos conseguiu apagar o Super Barça, mas um Barcelonazinho conseguiu trocar as voltas ao aparente destino de um jogo. A final de Roma está marcada para dia 27 de Maio.



a génese caldense



http://3.bp.blogspot.com/_fQot0yWnI48/SgDQKeI_6VI/AAAAAAAAD7k/UeoqBR7xseM/s1600/DSC09609.JPG


Caldas da Rainha.


by seremot

não sou da geração vasco granja, é pena

Estar num curso repleto de pessoas mais novas do que eu é estranho e não era habitual. Agora é. Estou a aprender coisas da televisão e sinto-me velho, no entanto sabe bem voltar "à escola" a acima de tudo aprender as coisas de raiz e com margem para erro.
Por outro lado, esta semana morreu Vasco Granja, especialista em mostrar novidades fofas e frescas da banda desenhada vinda de leste e não só. Infelizmente não me lembro dos programas televisivos, não vi, era demasiado... bebé, ou mesmo uma amostra de esperma. Este foi o momento da semana em que voltei a sentir-me novo e fresco, já que existe tanta gente a ter um carinho especial pelo Vasco Granja por se lembrar do programa.


tudo vale a pena se a alma não é....

O meu irmão pediu-me que lhe sugerisse poemas para um trabalho da escola. Entre vários que lhe enviei estava este:



Mar Português

Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!

Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma nao é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.


Fernando Pessoa, in Mensagem




ser desarrumado

"Descobri que as coisas importantes, se as pusermos num monte, passados uns meses deixam de ser importantes. É tudo inútil!, são urgências que entretanto deixaram de ser urgências"
MANUEL ANTÓNIO PINA na Pública do último domingo, via Devida Comédia


nota mental para um blogue: imagens com sentido.


terça-feira, maio 05, 2009

máquinas muito especiais

Conduzir um automóvel pode ser um verdadeiro momento de excepção, numa simbiose entre homem e máquina difícil de descrever, muito mais fácil e agradável de experienciar. Tal como tantos prazeres da vida, os carros especiais, onde a intensidade de condução é muito elevada, podem ter tipos muito diferentes de condimentos entusiasmantes, todos eles bons, mas uns melhores do que os outros.
Já conduzi muitos carros desportivos (ainda recentemente o Abarth Grande Punto essesse), muitos deles verdadeiras bestas na hora de acelerar e travar. Mas hoje as minhas mãos e pés ficaram preenchidos por um volante que promete ficar por muito e bom tempo na memória - daqueles que apetecia conduzir não uns dias mas um ano inteiro.
O autor desta proeza magnânime é um muito belo Alfa Romeu, mais especificamente um que tem em números o seu nome (159). Como características basta dizer que é um 2.4 de 210 cv. E mais não digo. Não vale a pena.


sábado, maio 02, 2009

birth of a filmmaker



Há quem diga que os filmes das pessoas que conhecemos têm sempre mais encanto. Deve ter alguma dose de realismo. Mas a verdade é que gostei genuinamente da primeira longa metragem do meu ex-colega de faculdade João Rosas, presente na competição internacional, nacional e de cinema emergente do IndieLisboa.

Birth of a City é um filme de final de curso, com muitas limitações, mas repleto de significados, motivos de interesse e um ritmo que supera a maior parte dos filmes portugueses, nomeadamente os considerados de "autor".
Tendo a cidade de Londres, mais especificamente o bairro de Hackney - onde o João viveu durante os três anos de curso - como pano de fundo, cedo percebemos que não se trata de um simples documentário, ou que as imagens daquele bairro que aparecem não estão ali por acaso.
A voz-off do João conduz-nos por significados mais profundos do que as simples imagens. Há ali uma história e acima de tudo ideias claras e inspiradas sobre a crise actual, a sociedade e a forma de existirmos enquanto comunidade urbana.
As profissões, a rotina diária, os bancos e o seu papel. Tudo isto são reflexões de um trio: os pensamentos em voz-off do João, o nascimento de uma cidade em tela pintada pela incrivelmente talentosa Claire, e o próprio bairro londrino repleto de profissões, movimento e contradições.
Apesar de andar no limbo entre documentário e ficção, apesar de parecer por vezes uma curta-metragem alongada, apesar de ter alguns momentos que parecem ser desnecessários, esta é uma primeira obra claramente entusiasmante e promissora, feita de uma forma e com um talento para os significados intensos que raramente se vê no cinema português.


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Visto o filme, fico com pena que não ter conseguido passar por Bethnal Green (a zona onde o João morou e onde o filme foi rodado) em Dezembro, quando fui pela primeira vez a Londres. "O melhor é encontrarmo-nos aqui pela minha zona, sem turistas nem show-off, é a verdadeira Londres", dizia-me o João nessa altura.

Links sobre o filme:
Entrevista ao Jornal de Letras
Ficha do Indie sobre o filme
Entrevista ao Ipsilon
Uma das curtas feitas no âmbito da Gulbenkian
Crítica ao filme de Jorge Mourinha




Birth of a City, de João Rosas
Segunda, 27 de Abril, às 21h45 e sexta, 1 de Maio, às 15h, na Sala 1 do Cinema Londres

“Era uma vez um rapaz em Londres. Dia após dia, ao andar pela rua, o rapaz, não sendo doido, ouvia a cidade falar consigo. Não eram só as pessoas, eram também os edifícios que falavam, e os autocarros e os comboios, os parques e os mercados. E diziam – ora gritando, ora sussurrando – fi lma-me! E o rapaz, dia após dia, de câmara em riste, em peregrinação, fi lmou. O quê? O seu bairro e quem lá vive e trabalha. E uma rapariga. Claire. Pintora. De quê? Cidades. Assim se fez Birth of a City, como se de um diário se tratasse. Espero que gostem.” (João Rosas)



"Como definirias "Birth of a City"?
Londres, Hackney, uma rapariga que pinta, uma banda que toca, umas férias de verão, uma crise financeira, operários que trabalham, vendedores que vendem, comboios que deslizam, autocarros que partem e um rapaz que tenta filmar cada história que a cidade tem para lhe contar.", in Ipsilon