estou indeciso. não sei se detestei ou se fiquei meramente desiludido com o filme Noah (Noé, para os amigos portugueses). é a história e a ligação (empatia) pela personagem principal que me perturba. e acho que Russell Crowe até está bem, tal como Aronofsky na realização. já a história e a forma como está construída em certos momentos (e enquadrada) foi o que me estragou a experiência (e lá pelo meio até tem momentos interessantes e algumas boas decisões na hora de contar esta história). não tenho dúvida nenhuma é sobre Emma Watson: está perfeita (e, ela sim, tem a personagem mais interessante do filme).
no fim de contas, a mensagem acabou por ser: "crescei e multiplicai-vos".
(ou, mais a sério: nem tudo o que o criador te diz para fazer é para fazeres, e se não fizeres talvez ela até tenha querido que não fizesses... bla bla bla).
não há deus, há um criador.
Aranofsky, felizmente, afastou-se (e bem) do lado meramente religioso da história. por isto mesmo, tinha esperança que fosse um filmaço - e escreve-vos isto o ser humano que apreciou Cloud Atlas. para mim, não é. tem demasiadas histórias mal contadas, situações inverosímeis (não é por serem sobrenaturais, mas por não colarem bem com a forma como o contexto do filme é criado, lá está, não parece credível), lengas-lengas (ou como eu gosto de chamar, mambo djambo) que me distraem e afastam-me de sentir empatia e compreensão para com as personagens. Noé (Crowe) tem bons momentos, tem outros que me afastam dele (e da história) e me perturbam a forma como poderia apreciar o filme que, no fim de contas, tem efeitos e realização de grande nível, boas actuações e um ritmo certo que nunca nos aborrece (é a história, tristemente, que o faz).
desejos de bons pedaços de cinema; histórias bem contadas que nos façam imaginar, sonhar, sentir inspirados ou meramente aconchegados.
terça-feira, abril 08, 2014
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