terça-feira, dezembro 31, 2013

os quatro da vida airada

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segunda-feira, dezembro 30, 2013

12 anos escravo

Um filme que nos tira da realidade moderna e nos coloca no meio da transição entre uns Estados Unidos com (Sul) e sem (Norte) escravatura. Steve McQueen coloca-nos na pele de um negro livre do Norte que é apanhado e capturado numa viagem de trabalho a Washington e que se vê no meio de um Sul intolerante e onde a escravatura ainda faz parte do prato principal. 



O que é chocante no filme de McQueen é sentir a impotência e frustração de um homem desde sempre habituado ao que todos devem ter, a liberdade, castrado pela força esmagadora da escravatura. 
É sociolagicamente relevante mas ao mesmo tempo perturbante ver as diferenças entre este homem agora escravizado e todos aqueles que nasceram no meio da escravatura, já dormentes ou indolores, que parecem indiferentes ao espancamento, chicoteamento ou assassínio de amigos ou conhecidos ali mesmo ao seu lado. É o hábito que os destrói, é o hábito que os apaga. Parecem gente sem alma. Dorida e em estado vegetativo que simplesmente só cumpre, não raciocina. 

É um filme duro e que nos coloca no centro de uma das maiores injustiças que o ser humano praticou sobre outros da mesma espécie, considerados inferiores pela cor da pele. O hábito também forma as mulheres e homens do sul, habituados aquela propriedade com que podiam fazer o que bem entendessem chamada homem/mulher/criança negra. O papel da vida de Chiwetel Ejiofor, com desempenhos perturbantes e fabulosos de Michael Fassbender (pela 3ª vez a trabalhar com McQueen - é um totalista), Benedict Cumberbatch, Brad Pitt, Paul Giamatti e Paul Dano. 

Um filme que nos faz dar valor à nossa liberdade, de escolha, de pensamento, de trabalho, de ser quem somos. Um filme baseado em factos verídicos que emociona e nos tira da realidade moderna tecnológica e cibernética e nos coloca no final do século XIX, prontos para ficarmos revoltados e solidários com Solomon Northup, o talentoso homem livre que se vê escravo e obrigado (vezes sem conta e à força) a assumir uma identidade diferente e a ser escravizado durante 12 longos e duros anos da sua vida. 

Um forte candidato aos Óscares pela história, pela realização e interpretações notáveis (Fassbender, Ejiofor) e um forte candidato a filme para ficar na memória por muitos e bons anos. 

A ver! 

0/10 - 9 valores!

sábado, dezembro 28, 2013

rap & tj



Ricardo Araújo Pereira e Terry Jones (dos Monty Python), no São Luiz, a meu convite ;)


it's christmas


quinta-feira, dezembro 26, 2013

mitos

Deixar uma uma mulher passar primeiro por uma porta
Oficial: símbolo de cavalheirismo
Real: oportunidade de analisar-lhe bunda e restantes atributos sem ela reparar

Cabelo longo da mulher
Oficial: bíblia diz para mulher se diferenciar do homem
Real: o cabelo longo ajuda a evitar que a respiração na hora da conchinha incomode a mulher / eles têm mais tendência genética para serem carecas

...

quarta-feira, dezembro 25, 2013

ho ho ho

sexta-feira, dezembro 20, 2013

mourinho & críticas

via Maisfutebol -
"A presença de um jornalista francês na conferência de imprensa gerou ainda uma pergunta curiosa. Mourinho foi confrontado com declarações recentes de Pascal Dupraz, que disse que só aceitava críticas ou sugestões do português. Isto depois de ter ouvido alguns reparos de um colega de profissão. 

«Todos somos criticados. A questão é confiar na nossa identidade e estarmos confortáveis com as críticas, não sermos influenciados. Não quer dizer que não possamos ler as críticas, pois as análises podem ser corretas, mas se confiarmos nas nossas ideias devemos ficar com elas. Aprendi isso ao longo dos anos. Os cães ladram e a caravana passa»


«Não podemos perder energia e concentração com esses debates, que tiram a concentração do essencial. Mas há uma linha entre crítica e falta de respeito. Há críticas com respeito, e devemos aprender a viver com elas. Por vezes é de mais, e as pessoas não respeitam essa linha, como aconteceu em Madrid»

quarta-feira, dezembro 18, 2013

herr brecht für alles


Todas as artes contribuem 
para a maior 
de todas as artes, a arte de viver.


Bertold Brecht

terça-feira, setembro 24, 2013

nothing else mathers



Metallica - Through the Never
O corredor é estreito e iluminado. Luzes fortes e azuis mostram o caminho para o recinto. É um espaço escondido e enorme, mais parece toda uma outra dimensão secreta onde a magia acontece. Tal como num recinto de um concerto, há um auditório enorme, e um "palco"/ecrã meio dobrado que parece não ter fim.
Aos primeiros acordes/imagens, sabemos ao que vamos. Os óculos 3D estão colocados, a atenção está na janela gigante para o concerto. Os sons duros, metálicos e impregnados em rock dos Metallica começam. Entre o concerto, apanhamos vislumbres da história de um rapaz a trabalhar nos bastidores. Um rapaz de recados, que entra no estádio sozinho, pé ante pé, roda de skate a rolar. Em instantes está no recinto a ouvir a explosão musical que são os Metallica. O público vibra, o rapaz vibra, o público na sala cinema transformada em estádio vibra. A banda está ao rubro num palco enorme e cheio de surpresas com vista de 360 graus para o público que os circunda.

Este filme-concerto-historieta dos Metallica e companhia dão um novo significado à palavra cinema-espectáculo ou à expressão tantas vezes sub-utilizada: ES-PEC-TA-CU-LAR.
No fim de contas, sem grandes enredos ou significados, resta o espectáculo épico e memorável e a experiência sensorial incrível. A audição e os olhos saem da sala numa espécie de orgasmo audiovisual e a mente sai a mil, tal é a adrenalina.

Supera em muito a experiência de um concerto, pela forma como nos coloca no meio do palco, como nos faz vibrar com as sensações do público, da banda, dos instrumentos musicais, tão perto (que quase somos capazes de lhes tocar), tão longe por estarmos a ver algo que não está verdadeiramente ali. Claro que o ambiente de um concerto, que abana um recinto e nos coloca a cantar e vibrar ainda não "salta" do ecrã com o sistema 3D, mas nunca se esteve tão perto disso e do ponto de vista de "sentir" o palco, supera em muito a ida a um concerto, ao vivo e a cores. O que vale é a experiência e Nothing Else Mathers.
perturbado pela noite.
derrubado pelo fado.
tudo cai quando sou lixado.
uma onda sem aviso
uma névoa sem passado
caio e levanto enviesado
ela olha e tudo pára
eu respondo. sou um diabo.
lucifer deixa-me ser apaixonado.

terça-feira, junho 11, 2013

carne branca cativa gedeão

António Gedeão, versão com o cio por adolescente. 

Rosa branca ao peito 

Teu corpinho adolescente cheira a princípio do mundo.
Ainda está por soprar a brisa que há-de agitar a tua seara.
Ainda está por romper a seara que há-de rasgar o teu solo fecundo.
Ainda está por arrotear o solo que há-de sorver a água clara.
Ainda está por ascender a nuvem que há-de chover a tua chuva.
Ainda está por arder o sol que há-de evaporar a água da tua nuvem.

(...)

quinta-feira, junho 06, 2013

futebol e vida

"Lutar contra a hipocrisia como um princípio de vida vale a pena, porque te sentes bem contigo próprio. Lutar contra a hipocrisia a pensar que lhe vais ganhar, não vale a pena, porque perdes".


José Mourinho, Junho de 2013.

sábado, maio 18, 2013

Some are born to sweet delight
Some are born to endless night.
” 


William Blake, Auguries of Innocence

terça-feira, maio 14, 2013

the north

Game of Thrones
Um mundo imperfeito, numa série perfeita.

sábado, fevereiro 23, 2013

filmes começados pela letra a(rgo) a(mour)

"Amour"
é um longo, penoso, duro, incrível e brilhante poema a uma velhice partilhada e à inevitabilidade do fim da vida.
É inevitável pormo-nos a pensar no fim de vida de familiares próximos, aqueles que já sofreram tanto e finalmente acabaram por dar o último suspiro e aqueles que ainda estão próximos de nós, mas que caminham para essa velhice, que quando deixa de ser dourada a única coisa que tem de bonito é as memórias e o amor incondicional que se pode manter bem vivo, mas que se manifesta de formas diferentes.



"Argo"
é uma história cativante, sobre a linha ténue entre salvar vidas e deitar tudo a perder. Sobre um operacional da CIA, mas acima de tudo um homem que procura salvar seis compatriotas de uma situação explosiva num contexto de guerrilha duro e repleto de sangue.
Ben Affleck tem vários méritos, o primeiro é o de ter tornado a história simples, mais do que sobre uma época histórica importante, espionagem, ou sobre a CIA, é uma tentativa de salvamento onde se destaca um homem abnegado, as seis pessoas a serem salvas e um contexto histórico onde os EUA saem muito mal na fotografia. O segundo é humanizar aquelas personagens, de uma forma tão realista e sincero. O terceiro é conseguir dar o ritmo perfeito, os planos adequados - rápidos quando a situação o exige, vagarosos quando precisamos de sentir os dilemas, pressões e receios incríveis que aquelas personagens estavam a sentir (de formas diferentes). Outro mérito é não se coibir de mostrar pessoas enforcadas na rua, expostas em guindastes de construção. A única forma de sentirmos que os iranianos revoltados não estavam para brincadeiras e na ânsia de vingança matavam por precaução - uma visão perturbante que nos coloca no meio das personagens.
O único senão é a previsibilidade da história, que ainda por cima é baseada em factos verídicos por isso acredito que não havia grande hipótese nesse aspecto e ele, por meio da realização, cativa-nos de outras formas. Não era o filme que estavam à espera, é melhor por não se perder em demasia na complexidade da espionagem - que acontece em tantos filmes que contam histórias da CIA. Ainda assim, talvez prefira um ou dois dos outros filmes nomeados para Filme do Ano, tendo consciência que o tema de Argo apaixona a anglo-saxofonia por si só, daí que esteja a levar todos os prémios até ao momento, dos Globos de Ouro, aos BAFTA, passando pelos prémios dos principais sindicatos de actores, produtores, realizadores de Hollywood.

A Vida de Pi, Django Unchained são os meus favoritos, e Lincoln anda lá perto, tal como Argo. 
Boa Noite, e Boa Sorte!

terça-feira, janeiro 29, 2013

crystal ship



Oh tell me where your freedom lies
The streets are fields that never die
Deliver me from reasons why
You'd rather cry, I'd rather fly

domingo, janeiro 06, 2013

happy men create

Acho que vou aderir aos modos ingleses:

Dêem-me uma chávena de chá, uma colher de criatividade e uma pitada de humor, and I'm a happy man.


terça-feira, janeiro 01, 2013

ano novo, vida

Boa noite, e boa sorte para 2013.