terça-feira, setembro 24, 2013
nothing else mathers
Metallica - Through the Never
O corredor é estreito e iluminado. Luzes fortes e azuis mostram o caminho para o recinto. É um espaço escondido e enorme, mais parece toda uma outra dimensão secreta onde a magia acontece. Tal como num recinto de um concerto, há um auditório enorme, e um "palco"/ecrã meio dobrado que parece não ter fim.
Aos primeiros acordes/imagens, sabemos ao que vamos. Os óculos 3D estão colocados, a atenção está na janela gigante para o concerto. Os sons duros, metálicos e impregnados em rock dos Metallica começam. Entre o concerto, apanhamos vislumbres da história de um rapaz a trabalhar nos bastidores. Um rapaz de recados, que entra no estádio sozinho, pé ante pé, roda de skate a rolar. Em instantes está no recinto a ouvir a explosão musical que são os Metallica. O público vibra, o rapaz vibra, o público na sala cinema transformada em estádio vibra. A banda está ao rubro num palco enorme e cheio de surpresas com vista de 360 graus para o público que os circunda.
Este filme-concerto-historieta dos Metallica e companhia dão um novo significado à palavra cinema-espectáculo ou à expressão tantas vezes sub-utilizada: ES-PEC-TA-CU-LAR.
No fim de contas, sem grandes enredos ou significados, resta o espectáculo épico e memorável e a experiência sensorial incrível. A audição e os olhos saem da sala numa espécie de orgasmo audiovisual e a mente sai a mil, tal é a adrenalina.
Supera em muito a experiência de um concerto, pela forma como nos coloca no meio do palco, como nos faz vibrar com as sensações do público, da banda, dos instrumentos musicais, tão perto (que quase somos capazes de lhes tocar), tão longe por estarmos a ver algo que não está verdadeiramente ali. Claro que o ambiente de um concerto, que abana um recinto e nos coloca a cantar e vibrar ainda não "salta" do ecrã com o sistema 3D, mas nunca se esteve tão perto disso e do ponto de vista de "sentir" o palco, supera em muito a ida a um concerto, ao vivo e a cores. O que vale é a experiência e Nothing Else Mathers.
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