segunda-feira, março 09, 2009

a minha bicicleta milanesa

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O meu périplo por Milão foi adornado com um passeio de bicicleta verdadeiramente inspirador. O frio milanês, a ausência de luvas, o facto de ser dia de jogo. Tudo serviu para tornar a experiência perfeita, mesmo as mãos enregeladas e a confusão de adeptos do Inter.
A bicicleta era das mais clássicas e tradicionais, sem mudanças e com facilidade de montar e desmontar, mesmo com casacão vestido (tinha a barra central descida, ao contrário das bicicletas de montanha, a que estou mais acostumado). A bicicleta era uma oferta do Hotel, com a limitação de não a utilizar à noite. Tinha um cesto para guardar possíveis compras e uma corrente com cadeado para a "amarrar" quando parasse. Fiz duas paragens no meu percurso até à Piazza Lima, na longa Via Buenos Aires.
Por entre os passeios e a estrada, fartei-me de percorrer em breves minutos várias estações de metro e vários centímetros de mapa. Tudo sem grande esforço, graças a uma cidade plana, habituada a bicicletas e com entradas e saídas dos passeios perfeitas para este transporte fabuloso para uma cidade destas. Vi pelo caminho vários outros ciclistas, a maior parte locais.
Nunca pensei que fosse tão fácil, rápido, barato e agradável movimentar-me pela cidade... inclusive sem suar as estopinhas. Fiquei com o bichinho e, chegando a Lisboa, só pensava em comprar bicicleta no dia seguinte. Uns minutos de carro pela capital portuguesa e fiquei com mais dúvidas.
Onde meter a bicicleta? Como evitar não morrer face a ausência de bermas ou passeios em tantas estradas? Como lidar com a falta de hábito dos condutores lusos em ver na estrada bicicletas?

Ainda não desisti de adquirir uma bicla. Mas estou mais receoso. É que ir para Carnaxide com ela torna-se no mínimo complicado.


1 comentário:

Ca Delicious disse...

Realmente ir para Carnaxide de bicicleta torna-se num grande desafio... let´s try it! =)