Notas da minha aventura desta noite:
Conheci dois curiosos e divertidos jornalistas do The Guardian (e Observer) e do Daily Express enquanto estava na zona mista à espera dos jogadores (falámos de futebol, das diferenças de Itália, de Mourinho, e de afins até relacionados com o jornalismo).
Também estive à conversa, no mesmo sítio, com uma jornalista do Man. United Channel, o canal oficial do clube. Tinha umas luvas sem dedos engraçadas e falou-me que adora o que faz, "é um emprego de sonho, disse". Conhece bem todo o plantel e viaja sempre com os jogadores. Curioso.
Antes, na conferência de imprensa de Ferguson, tinha conhecido um jornalista muito simpático da UEFA.com - inglês que falava bem italiano. Até o emendei numa ou outra coisa no artigo que estava a escrever para o site. Percebi logo para onde ele escrevia pela estrutura dos textos e ele lamentou-se que se escreve de uma forma mais limitada por ter de se colocar subtítulos em todo o lado (a quem o dizes amigo, eu é limitado pela falta de espaço brutal).
Simpático, com opiniões curiosas e experiência imensa era o repórter da Sky Sports, James Cooper, que cheguei mesmo a entrevistar.
O frango de Helton provocou uma enorme risada em pleno San Siro no intervalo, altura em que mostraram nos ecrãs do estádio os golos da noite europeia e resultados.
Relatei via telefone a minha mini-crónica sobre o incrível ambiente do estádio e algumas incidencias, depois de a ter escrito em cima do joelho (literalmente) num caderno e a contar os caracteres à mão (bastou contar a primeira linha e multiplicar). O meu colega Nuno estava estupefacto pelo som que vinha do estádio... não era caso para menos.
A mega-foto capa to The Times inglês é... José Mourinho a segurar uma bola. Curioso. O que é que eu tenho a dizer sobre isto?
Só isto:
Fiz o que o meu pai me pediu. Se tivesse oportunidade de falar com José Mourinho, para lhe perguntar se ele se lembrava de ter estado na Caldas quando era miúdo. Pedi um autógrafo a Mourinho para poder fazer-lhe a pergunta (não era propriamente uma pergunta que pudesse fazer na zona mista normal), e ele respondeu com um grande sorriso assim:
"Então não me lembro!? Claro. Caldas! Lembro-me perfeitamente que passei lá um grande ano na minha vida. Excelentes recordações dessa altura. O meu pai treinou lá. Bons tempos. Abraço!"
E ainda levei um "bacalhau" do Special One. A noite terminou em beleza.
Mourinho foi o último membro do staff, tanto do Inter como do United, a sair do estádio - pelos vistos é sempre o último a sair, já por hábito. Todos os jornalistas já tinham saído. Ficaram ali os portugueses à conversa, já sem esperança de ver ninguém, mas sabiamos que Mourinho ainda não tinha passado - isto 15 minutos depois de terem passado os últimos "talentos". Lá vinha ele sorridente e muito simpático e sincero com as perguntas que lhe fizemos. Foi o jornalista da TVI que o interceptou (já se conhecem há vários anos), e eu ainda consegui meter, com a câmara do Quoi (simpático cameraman da TVI) a rodar, uma pergunta. Menos mal. Foi depois disso que, já fora da zona limitada consegui falar com Mourinho e pedir-lhe o tal autógrafo.
Depois disto, ter recebido uma nega de Figo, que disse que não queria falar (ao que parece tem medo da pergunta temível, vai terminar a carreira esta época, já que não joga?), ter feitos umas perguntitas ao Nani (que falou só para mim, um exclusivo, ui, que alegria - não disse nada de jeito), nada disso importa particularmente.
Tirei ainda umas fotos de perto ao Evra, Giggs, Ibrahimovic (e mais uns quantos), enquanto eles eram entrevistados ao meu lado. Os responsáveis italianos não deixaram mandar nenhuma pergunta. Tinha duas preparadas para o Ibra, e uma era boa, era sobre Henrik Larsson.
Amanhã não há mais. Mas há ressaca e estupefacção. Tudo isto aconteceu mesmo?
A semana passada estive num junket em Londres sobre um filme que estreou agora em Itália (não faltam cartazes). Esta semana estive nas conferências de imprensa mais importantes do mundo futebolístico dos últimos dias, em Itália, e assisti ao primeiro jogo de uma eliminatória que, segundo alguns jornalistas italianos e ingleses que ouvi, "irá definir um dos finalistas da Champions", ou "quem vencer a eliminatória vai à final". Dito isto, senti-me no topo do mundo mediático (e estive), mas encarei tudo com uma naturalidade e incredibilidade que me ultrapassou. Não fiquei esmagado, mas parti para aproveitar a experiência e beber dela o que pudesse (e, com isso, cumprindo aquilo que mais gosto na minha profissão).
Vi coisas estranhas, mal organizadas, como não pensava que acontecessem, vi colegas de profissão a cometerem erros, vi quais os procedimentos de meios de comunicação ingleses e italianos (diferentes), e até portugueses, neste tipo de eventos.
Aprendi algumas coisas, vi mais do que posso registar em memória, em som, vídeo, ou em fotos (filmei uns vídeos, tirei centenas e centenas de fotos, gravei muitos minutos de som).
Foi uma experiência muito rica e especial. Mesmo que não tenha conseguido fazer qualquer tipo de turismo (e estive cá bastante tempo) numa cidade que nem tem muito para ver (já cá tinha estado e visto o principal). O meu passeio principal consistiu num passeio de bicicleta até à longínqua via Buenos Aires (Piazza Lima) para comprar uma coisa para uma pessoa muito especial. Até o passeio deu para uma reportagem. Ah, e falei muito de hábitos ingleses e italianos e de, claro, futebol, com jornalistas italianos e ingleses (que diferença de perspectivas sobre o jogo!). Houve discordâncias, mas todos percebemos a opinião uns dos outros. O dia terminou num restaurante de fanáticos pelo Inter. Não faltavam fotos na parede tiradas no próprio restaurante com Maradona, Ibrahimovic, Mancini (o treinador), entre muitos outros. Curioso. Não gostavam muito de Mourinho. Porquê? "Fala muito."
PS: Pelos vistos o Zé é sempre o último a sair do estádio depois dos jogos.
quarta-feira, fevereiro 25, 2009
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