60 mil chineses abandonados tornam-se judeus americanos
Até aos três meses, Cecilia Nealon-Shapiro chamou-se Fu Qian. A adolescente nova-iorquina é uma das mais de 60 mil crianças chinesas adoptadas por famílias judias americanas quando Pequim abriu as portas à adopção internacional, nos anos 90. Agora, aos 13 anos, prepara-se para fazer o bat mitzvah, o ritual judaico de passagem à idade adulta."Ser chinesa e judia é normal para mim", garantiu Cecilia ao New York Times antes da cerimónia na congregação de Rodeph Sholom, uma sinagoga reformista em West 83rd Street, Nova Iorque. Para a sensação de normalidade de Cecilia, muito contribui o facto de a maioria dos seus amigos chineses serem judeus. Segundo o Departamento de Estado dos EUA, o número de crianças chinesas adoptadas por judeus americanos atinge as 62 300. As primeiras 1300 chegaram à América entre 1991 e 1994. A estas juntaram-se 17 mil na segunda metade da década de 90 e 44 mil desde então. -- por Helena Tecedeiro
terça-feira, março 20, 2007
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