segunda-feira, outubro 17, 2005

to be or not to be a mother

[São os resultados de uma sociedade cada vez mais profissionalizada, embulhada numa carreira, tanto no sexo feminino como no masculino. Algo presente nas cidades e que é um sinal da mudança dos tempos, tudo feito por mão humana e por uma sociedade que se impõe com as suas características.]

Mães cada vez mais tardias
Quase metade das crianças (46,5%) que nasceram no ano passado têm mães com mais de 30 anos. As mulheres adiam cada vez mais a maternidade, às vezes até aos 40 anos. A prova é o aumento exponencial de bebés nestas idades em relação a 2003, chegando aos 30% nas grávidas entre os 45 a 49 anos e mais 150% nas que atingiram meio século de vida.
Os números demonstram que as mulheres portuguesas estão a optar por ter as crianças mais tarde e depois de prestarem provas no campo profissional. E revelam também que o tão apregoado "relógio biológico" tem uma carga horária muito ampla, nem que para isso se tenha de recorrer à ajuda da medicina.
Ao mesmo tempo verifica-se um decréscimo de natalidade nas idades mais jovens, atingindo menos 7,8% no grupo entre os 20 e 24 anos e menos 5,4 entre os 25 e 29
O total de nascimentos em Portugal, independentemente da faixa etária das mães, não pára de cair. Neste momento estamos com os mesmos números de 1995 109 mil crianças. Tudo isto com base nos últimos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).
mais in DD

"Vivi o suficiente antes"
"Fiz muitas coisas que não poderia ter feito se tivesse casado antes". Tantas que, agora, aos 40 anos, e com três filhos entre os cinco e um ano de idade, não sente falta das saídas, nem de deixar o País à procura de outras culturas ou de outras experiências. Teresa, assim se chama esta "mãe tardia", passou os últimos cinco anos a mudar fraldas, fazer biberões e a chocar com os brinquedos que invadem a casa. Sem recriminações. "Vivi o suficiente antes. Tão intensamente que passei muito bem para esta fase feliz da minha vida. Fiquei muito contente quando engravidei. Sempre desejei ter filhos", explica. A Teresa tem responsabilidades directivas numa empresa ligada à moda, cargo que exige responsabilidades e disponibilidade física, mas que é compensado pela falta de rigidez nos horários. O que quer dizer que tanto pode ir buscar os três filhos ao colégio, como chegar a casa e já os encontrar a dormir. Sem dramas. As tarefas são partilhadas pelo casal e a conciliação entre a vida familiar e o trabalho é feita com o recurso aos melhores profissionais, seja na empresa ou em casa. Os meios económicos da família assim o permitem.Esta mulher de 40 anos não escolheu ter filhos tarde e até pensava encher a casa com muitas crianças. Simplesmente, só aos 34 anos encontrou o marido e aquele que considera ser o pai ideal. E argumenta "Não encontrei ninguém antes com quem quisesse casar e fui adiando."
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