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Barco do aborto vai continuar fora de águas nacionais
O primeiro-ministro é favorável a debates sobre a interrupção voluntária da gravidez. Mas quanto ao barco do aborto, Santana Lopes confirma a intenção do Governo de manter a interdição da entrada em águas territoriais portuguesas.
Em declarações aos jornalistas hoje em Alcobaça, Pedro Santana Lopes justificou a proibição de acesso do chamado barco do aborto a águas territoriais nacionais com o facto de a organização "Women on Waves" não ter garantido antecipadamente o cumprimento da legislação portuguesa.
"As intenções proclamadas não eram realizar propriamente o debate", disse, mas "essas senhoras são bem-vindas a qualquer lado se o que está em causa é realizar um debate".
No entanto, "se o que está em causa é trazer um barco com uma clínica, aí põe-se um problema a Portugal, que já se pôs noutros países, e o senhor ministro da Defesa tomou as medidas preventivas que foram consideradas as adequadas pela respectiva cadeia de comando", referiu.
A interrupção voluntária da gravidez é uma matéria "séria e melindrosa" que "merece uma constante avaliação" por parte do Governo e do Parlamento, segundo Santana Lopes. "Não sou dogmático e o meu partido nem tem uma posição como instituição sobre o assunto. Não estou a dizer se é boa se é má. É a lei que um primeiro-ministro tem que fazer respeitar".
in SicOnline
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