sábado, setembro 18, 2004

5 dias sem sexo motivo de processo judicial?



[OK, o Nuno Markl já não se vai dedicar às notícias bizarras, pelo menos na rádio, mas esta é muito boa, digna de aparecer aqui, in my world.]

Um homem casado que quer sexo. Uma esposa que não lhe está a apetecer. Acontece em todo o lado por este planeta. Neste caso a negação de sexo cinco dias consecutivos, por parte da mulher, fez com que o marido tomasse medidas extremas. Não. Não lhe bateu, como noutros tempos acontecia com frequência. Fez algo totalmente diferente e pseudo moderno: processou-a.

Agora, pode-se dizer que é nos Estados Unidos que estas histórias parecem alastrar com frequência, mas engane-se quem pensa que foi por lá. Este processo decorreu bem perto: em Espanha, mais precisamente em Madrid, apesar do homem ser de Sevilha.

Ah, engane-se também quem pensa que se trata de um jovem casal em que homem só quer é sexo. Neste caso foi um sevilhano de meia idade que se revoltou depois da mulher lhe ter negado sexo cinco dias seguidos. Coitado. Não é vida para ninguém, sem dúvida. As acusações em tribunal do senhor foram que o mulher teve um "tratamento degradante" para com ele e apelidou o facto de não lhe ter permitido sexo durante cinco dias como "abuso doméstico".

Agora a diferença entre este tipo de casos nos Estados Unidos e aqui no país vizinho é que... em Espanha o juiz arquivou o caso sem sequer recorrer a tribunal, nos Estados Unidos quem sabe... tudo pode acontecer.

A curiosidade: na Europa, nomeadamente Portugal e Espanha, os tribunais estão com atrasos imensos, cheios de burocracia e processos que não terminam, mas é nos Estados Unidos em que até os casos mais descabidos dão entrada na barra dos tribunais e... maravilha das maravilhas, lá a burocracia e o tempo de demora dos processos é bem mais célere do que por cá, mas nem tem comparação. Por lá (EUA), a justiça é tudo, o mais importante, combater os infiéis para impor justiça... a educação e saúde já não interessam tanto. Talvez por isso eles não sejam muito saudáveis, na generalidade, e a maioria também não seja muito esperta, longe disso (num país onde 60% da população não sabe quais onde estão continentes como África, Europa e Ásia, ou 65% não sabe o que é uma estrela.

João Tomé

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