"Ainda hoje os economistas discutem se as reparações impostas à
Alemanha [após a I Grande Guerra, motivadas essencialmente pelo desejo de vingança do primeiro-ministro francês Georges Clemenceau] seriam excessivas e se o seu pagamento integral conduziria
inevitavelmente ao colapso da economia alemã. Mas, o que é indesmentível
é que o povo alemão as sentia como excessivas e injustas e isso
contribuiu decisivamente para que dirigissem as suas simpatias e o seu
voto para um líder que fez campanha com o slogan “Não
pagamos!”. Chamava-se Adolf Hitler e, efectivamente, cancelou os
pagamentos das reparações assim que se tornou chanceler. Os pagamentos
só seriam reatados muito mais tarde – o derradeiro foi realizado a 3 de
Outubro de 2010, 92 anos após o término das hostilidades."
"A II Guerra Mundial foi um momento tão monstruoso, e o
seu novelo de crimes, represálias e contra-represálias é tão emaranhado,
que qualquer tentativa de ajuste de contas redundará necessariamente em
fracasso e despertará um enxame maligno de ódios e recriminações."
in Observador (Uma factura detalhada para Merkel)
domingo, julho 12, 2015
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