sexta-feira, julho 30, 2010

stuck in the elevator with...

Pois é, o Nicolas Cage é um tipo um pouco estranho. E andou com a sua mais que tudo de origem asiática e respectivo filho por entre jornalistas num 44.º andar de um hotel junto à Marina de Barcelona. Lá se tirou a foto da praxe e aconselhou um implante capilar convincente (em português). Ainda deu para descobrir que nunca esteve em Portugal e aconselhar Sintra...

Hoje também foi dia de ficar preso num elevador durante uns 20 minutos. Lá dentro estava eu, o Tendas, o Portugal e um actor chamado Jay Baruchel. Ele e o seu prato com chocolates variados e duas Coca Colas. Primeiro disse piadas e reagiu a provocações dos três tugas presentes, depois começou a ficar claustrofóbico (estava muito calor) quando uma rapariga espanhola começou a chorar com ansiedade. Uma experiência a não repetir, mas que acabou com um belo conjunto de chocolates belgas entregue à noite no quarto, para compensar. Nice one. Agora está-se no lobby. Olha, o Jerry Bruckheimer acabou de passar. Agora foi o Alfred Molina... agora vou eu. Adios. Amanhã são as entrevistas.

segunda-feira, julho 26, 2010

go s(mart)watch

O que é a marca de relógicos Swatch e o automóvel Smart Fortwo têm em comum?

Nicholas Hayek  

O empresário nascido em Beirute (Líbano), que aceitou o desafio de criar um relógio suíço barato que pudesse fazer frente aos japoneses, projectou, no final da década de 1980, um mini-carro com espaço para duas pessoas, traços modernos e alegres, construção modular feita com materiais plásticos. Foi assim que nasceu o Swatchmobile. Só viria a conhecer a luz do dia quando o grupo da Mercedes aceitou o desafio em 1994.

segunda-feira, julho 19, 2010

tudo pelas ideias

 http://media.nj.com/stephen_whitty_on_movies/photo/inception-movie-review-leonardo-dicapriojpg-01c818d1f848f6b8_large.jpg

Estreia esta quinta-feira em Portugal o filme Inception (ou A Origem), com Leonardo Di Caprio e é do tipo que nos trouxe os últimos Batman, Chris Nolan. O conceito do filme (que ainda não pude ver) dá muito que pensar. Di Caprio mais não é do que um extractor de ideias. Consegue entrar na mente da maior parte das pessoas e extrair-lhes as suas melhores ideias e é quando sonham que estão mais vulneráveis a este espião da mente.
Ora, ainda recentemente vi um filme, Ágora, onde o mundo das ideias e a forma como o facto de, às vezes, elas não terem sido partilhadas na altura certa, pode ter consequências para a humanidade. A cativante, excelente e bela Rachel Weisz é a filósofa/astrónoma Hipátia. E o filme do espanhol Alejandro Aménabar defende a ideia que ela soube muitos séculos antes de Copérnico ou Galileu factos muito importantes da astronomia, mas foi morta por religiosos católicos antes de poder partilhar as descobertas.
Ou seja, foi conhecimento deitado pelo cano abaixo durante séculos e o próprio Carl Sagan (autor do saga documental Cosmos) acredita que se o conhecimento da biblioteca de Alexandria (destruída na mesma altura) e da própria Hipátia tem perdurado, hoje já teríamos ido a bem mais planetas e saberíamos bem mais do universo do que sabemos hoje.

AS NOSSAS IDEIAS. É nos locais mais estranhos que nos surgem as melhores ideias. O mundo seria, certamente, um local mais evoluído e interessante se muitas ideias obtidas na casa de banho, aquando do número 2, ou de um duche retemperador; ou no quarto mesmo antes de entrar no mundo dos sonhos; tivessem sido aproveitadas. Não é por acaso que foi quando caiu na casa de banho que o Doc Emmett Brown teve a brilhante ideia (na saga Regresso ao Futuro) de criar o Flux Capacitor - o mecanismo que tornou as viagens no tempo uma realidade, dentro da ficção, claro está.
Daí que sou daqueles que defende que deveriam existir mais e melhores mecanismos para gravarmos ou registarmos as ideias que temos neste tipo de locais, ou mesmo no trânsito, por exemplo. O iPad parece ser um bom meio termo mas não é suficiente. Os Netbooks também parecem ajudar, mas não chegam. Os gravadores de mão têm contingências, ou demoram a gravar ou não aguentam uma coisa insignificante como a água do duche. É possível fazer melhor. Tudo pelas ideias.

quinta-feira, julho 15, 2010

mr polanski

É impressão minha, ou o novo do Roman Polanski, O Escritor Fantasma, poderia ser bem melhor? Tem muita coisa no sítio... mas aquele final...

quarta-feira, julho 14, 2010

stellar

Meet me in outer space. We could spend the night; watch the earth come up. I've grown tired of that place.

Uma bela música a pensar no filme que vi ontem, de Alejandro Aménabar: Ágora.

segunda-feira, julho 12, 2010

interviewing

Há sempre algum nervosismo antes de uma entrevista, mas mais quando temos de esperar que o telefone toque para começarmos.

quarta-feira, julho 07, 2010

next stop, london





Nota mental para cumprir:
ir a Londres duas a três vezes por ano.




jornalismo para sempre

Por esta profissão que escolhi e me escolheu...
Resumindo: os custos editoriais de um jornal são pequenos comparados com tudo o resto, desde a produção à parte comercial, de marketing, de administração, etc. E isto diz muito do que se passa nos órgãos de comunicação social nos dias de hoje. Empresas onde o jornalismo, o que alimenta o jornal e o faz ser lido pelo leitor, é secundário (e mesmo os gráficos que dão corpo, forma e luz ao jornal). E isso continua a ver-se na Internet, onde alguns (como o The Times) acham que é justo ao leitor pagar para ver os conteúdos. Eu acho que a alternativa é outra - e pode envolver os Googles e Yahoos da nossa vida e dinheiro.


"On the cost side, costs unrelated to editorial work such as production, maintenance, administration, promotion and advertising, and distribution dominate newspaper costs. These large fixed costs make newspaper organisations more vulnerable to the downturns and less agile in reacting to the online news environment."

"Google’s chief economist Hal Varian looked at the US industry and found that in terms of core costs, only 14% of costs as a percentage of revenue went to pay for editorial. Production costs were 52% of newspaper costs by revenue. (Varian has sourced all of his statistics from the US Statistical Abstract, the Newspaper Association of America, the Pew Foundation and academic sources.)"


in Strange Attractor; via Ponto Media




"So in addition to being able to interview, report, write, shoot, and edit (text, audio, stills and video), you need to be able to master product development, sales, promotion, advertising, marketing -- and all in a digital context, which implies scaling the heights of social media, conquering search engine optimization, and slaying 'em in the aisles with your tutorials and seminars on the workshop/lecture circuit. Oh, and be sure you can write killer applications for foundation grants. "

in Kobre Channel

terça-feira, julho 06, 2010

jabulani ao lado das vuvuzelas

Porque é que a Jabulani (bola que também estará no campeonato português) é um valente monte de cocó?


quinta-feira, julho 01, 2010

paga, pagar, paga, pagou

Recebi por e-mail a seguinte e elucidativa conversa:


Diálogo entre o Contribuinte e o Estado

Contribuinte – Gostava de comprar um carro.

Estado – Muito bem. Faça o favor de escolher.

Contribuinte – Já escolhi. Tenho que pagar alguma coisa?

Estado – Sim. De acordo com o valor do carro (IVA)

Contribuinte – Ah. Só isso.

Estado – E uma “coisinha” para o pôr a circular (selo)

Contribuinte – Ah!

Estado – E mais uma coisinha, na gasolina necessária para que o carro efectivamente circule (ISP)

Contribuinte – Mas, sem gasolina, eu não circulo.

Estado – Eu sei.

Contribuinte – Mas eu já pago para circular.

Estado – Claro!

Contribuinte – Então, vai cobrar-me pelo valor da gasolina?

Estado – Também. Mas isso é o IVA. O ISP é outra coisa diferente.

Contribuinte – Diferente?

Estado – Muito. O ISP é porque a gasolina existe.

Contribuinte – Porque existe?

Estado – Há muitos milhões de anos, os dinossauros e o carvão fizeram petróleo. E você paga.

Contribuinte – Só isso?

Estado – Só. Mas não julgue que pode deixar o carro assim como quer.

Contribuinte – Como assim?

Estado – Tem que pagar para o estacionar.

Contribuinte – Para o estacionar?

Estado – Exacto.

Contribuinte – Portanto, pago para andar e pago para estar parado?

Estado – Não. Se quiser mesmo andar com o carro precisa de pagar seguro.

Contribuinte – Então, pago para circular, pago para conseguir circular e pago por estar parado?

Estado – Sim. Nós não estamos aqui para enganar ninguém. O carro é novo?

Contribuinte – Novo?

Estado – É que, se não for novo, tem que pagar para vermos se ele está em condições de andar por aí.

Contribuinte – Pago para você ver se pode cobrar?

Estado – Claro. Acha que isso é de borla? Só há mais uma coisinha…

Contribuinte – Mais uma coisinha?

Estado – Para circular em auto-estradas

Contribuinte – Mas eu já pago imposto de circulação.

Estado – Mas esta é uma circulação diferente.

Contribuinte – Diferente?

Estado – Sim. Muito diferente. É só para quem quiser.

Contribuinte – Só mais isso?

Estado – Sim. Só mais isso.

Contribuinte – E acabou?

Estado – Sim. Depois de pagar os 25 euros, acabou.

Contribuinte – Quais 25 euros?

Estado – Os 25 euros que custa pagar para andar nas auto-estradas.

Contribuinte – Mas não disse que as auto-estradas eram só para quem quisesse?

Estado – Sim. Mas todos pagam os 25 euros.

Contribuinte – Quais 25 euros?

Estado – Os 25 euros é quanto custa.

Contribuinte – Custa o quê?

Estado – Pagar.

Contribuinte – Custa pagar?

Estado – Sim. Pagar custa 25 euros.

Contribuinte – Pagar custa 25 euros?

Estado – Sim. Paga 25 euros para pagar.

Contribuinte – Mas eu não vou circular nas auto-estradas.

Estado – Imagine que um dia quer… tem que pagar

Contribuinte – Tenho que pagar para pagar porque um dia posso querer?

Estado – Exactamente. Você paga para pagar o que um dia pode querer.

Contribuinte – E se eu não quiser?

Estado – Paga multa.