Há quem digam que servem para mandar quecas. Outros dizem que são templos do descanso. Eu? Concedo que podem ser todas as opções anteriores, mas as quecas podem e devem ser dadas em sítios diversos, o descanso pode ser gozado no sofá, numa cadeira que faz massagens ou numa esplanada à beira mar com um sofá do caraças. Na cama há algo mágico que se pode fazer e que é complicado acontecer em qualquer outro lugar: SONHAR.
É uma relação estranha. À noite sou preguiçoso para entrar nos lençóis. De manhã sou preguiçoso para sair deles. Gosto de fazer ronha de manhã. É um dos prazeres que a vida nos dá. Apetece sempre um pouco mais do covil, quente e fofo, que permite reflectir no sossego e conforto do quarto, sem distracções nem televisão. E depois permite sonhar e imaginar situações impossíveis, mundos estranhos e coisas sem sentido, como se estivéssemos a ver um filme.
Aquele quentinho do corpo nos lençóis pela manhã sabe bem demais. Parece que pertencemos ali. É por isso que quando nos levantamos, há aqueles minutos em que parece que a cama, ainda quente, chama por nós... e temos duas hipóteses, ou resistimos e continuamos com a nossa vida fora dos lençóis, ou voltamos para lá para mais uns minutos de puro deleite.
Daí que custe acordar. É como quando estamos a ver um bom filme e vem um intervalo extremamente longo e temos de ir dormir, porque há que acordar cedo no dia seguinte. É assim que me sinto quando o despertador toca pela 10.ª vez e já não tenho margem de manobra. Tenho mesmo de me levantar.
sábado, abril 10, 2010
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1 comentário:
não há nada como ler isto... na cama :P
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