Já é quarta-feira? Raios, já é quarta-feira. De sábado aqui foi um pulinho. Um pulo de muitas horas e muitas coisas. Nada digno de nota e se foi não me lembro. A dormência que vem desde domingo ainda não acabou. Preciso de espevitamento e não espezinhamento.
Há alguém à janela. Quem é? Ah não, é na televisão. Estou todo baralhado. A sopa já a ingeri, tarde a más horas, falta o descanso mas...
Estou cansado demais para descansar.
Será isso possível? Parece que sim.
João, hey! emot, tu! Dorme e desperta, finalmente.
Há alguém aí? Eu estou aqui, mas não a 100%. Diria mesmo que quem escreve daqui é 30% da minha pessoa e o resto é dormência. As palavras escorrem, o sentido deve ser algum, já nem sei onde ia nem para onde ia. O melhor é deixar as palavras rolarem, é capaz de ser terapêutico... vamos ver onde isto vai dar, provavelmente à minha entrada no mundo dos sonhos enquanto teclo.
Tenho saudades de não teclar. Tenho saudades de comunicar pela escrita, com o punho. Li há uns dias um escritor qualquer a explicar porque ainda precisa de sentir as palavras a fluir da sua cabeça para o papel através da mão. Não conseguiria que as palavras fluíssem como habitualmente caso tivesse de teclar, diz ele. Consigo perceber essa perspectiva. Embora tecle há vários anos profissionalmente e pessoalmente, parece que quando escrevo no papel a coisa sai mais genuína, mais pura, mais fluída e mais "eu". Pode ser só um sensação parva, é certo, mas sinto que há qualquer coisa extra quando a minha mão esquerda "pronuncia" as palavras directamente para o papel.
Não tenho nada contra a minha mão direita, aliás, acho-a de grande utilidade. A direita é a mão bruta, sem grande jeito ou técnica e que é usada para situações de maior brutalidade. Assim protejo a menina dos meus olhos (a segunda menina, vá), a mão esquerda. É ela a tecnicista da família dos membros de emot. Já nos pés não posso dizer o mesmo. Jogo mais com o direito, embora houve um período em que chegava a jogar mais com o esquerdo.
Onde é que eu ia mesmo? Já não me lembro. Não há vontade de ler para trás, isso é para meninas! Siga em frente.
Ontem era terça-feira. O que é que eu fiz ontem? Uhmmmm. Pois, o costume. Ontem não havia trabalho extra ao final do dia, isso foi só hoje e segunda. Ontem era business as usual até ao final da noite, mas houve Sporting, que deu mais trabalho. Brrk. Ontem foi mais um dia de edição ao longo do dia. Nada que me satisfizesse muito, não está tal e qual eu queria... contingências.
Onde é que eu ia!? Esquece lá isso, pá.
Na televisão passa a série Chuck. Não é má, não é boa. É. Séries de televisão há muitas, nem isso tenho conseguido acompanhar como habitualmente (já nem faço de acompanhar na televisão).
Já repararam que quase ninguém vê televisão nas séries de televisão? Nas novelas não se via quando eu via novelas, hoje em dia deve ser da mesma forma. Anteontem vi a Catarina Furtado onde estou a trabalhar. Andava por lá. Olhou muito para mim, não me conhece. Sorriu. É simpática.
Eu já nem me lembrava que a única vez que a falei com ela foi no primeiro ano de faculdade. 1999. Jovem caldense à conquista de Lisboa, como "rezava" num livro sobre José Malhoa, o pintor caldense. Foi na Feira do Livro lisboeta. Ela andava por lá, aos 18 anos algum fascínio por ela, moderado. Ia com uns colegas de faculdade, na altura conhecia-os há pouco tempo. O tímido que sou deu lugar à personagem que já vesti tantas vezes enquanto jornalista. Ela estava a ver uns livros, fui lá ter com ela. Do que me lembro, acho que lhe pedi um autógrafo como desculpa para lhe fazer umas perguntas (não me lembro quais foram mas na altura eram coisas sobre as quais tinha muita curiosidade).
Isto dos autógrafos nunca foi coisa a que desse grande valor. Já pedi alguns a algumas pessoas, mas não sei onde andam... acho que já os perdi. Os únicos que sei onde estão, mais ou menos, são o autógrafo do Mourinho, pedido em Fevereiro em Milão (deu-me oportunidade de falar com ele sem os outros jornalistas à volta) e o autógrafo da Sheryl Crowe - esse foi o único em sessão de autógrafos e até esse foi para conversar (ela foi simpática, ainda me fez algumas perguntas sobre o país e tal e ainda tive de ouvir de uma fila de autógrafomaniacos a ralhar comigo). De resto, gostaria de saber onde anda o autógrafo do Dave Grohl. Esse foi obtido junto ao Chiado. Ele estava sentado no parapeito de uma loja à espera da namorada e estive à conversa com ele algum tempo, ao ponto dele se mostrar interessado sobre o que eu fazia e de me dar conselhos, que não foram muito úteis, mas valeu a intensa.
Todos os autógrafos que pedi foram apenas uma desculpa para poder falar com as pessoas em causa, fazer uma pergunta ou outra sobre a qual tinha curiosidade.
Mais recentemente poderia ter pedido autógrafo ao Ethan Hawke, em Londres, mas como a conversa fluiu logo nem foi preciso. Prefiro a memória de uma conversa com alguém que me cative bastante do que umas letras num pedaço de papel. Outra pessoa a quem não pedi autógrafo foi o inigualável Terry Jones, dos Monty Python. No entanto, a experiência em que me meti e meti o RAP com ele foi inesquecível.
Onde é que eu ia? Esquece lá isso. Já são 23h44. Irra. Ainda há pouco eram 23h30. 14 minutos foram com isto, irra. Será isto descanso? A cabeça pensa e as mãos teclam para o computador (por falar nisso, nota mental, quero comprar um novo). Será que a génese de um blogue é isto? A malta escrever os seus pensamentos desde o momento em que abre o "New Post" até que fecha com o "Publish Post"... Oh well. Onde é que eu vou mesmo? Ah, já sei, algures nos meus pensamentos. Já não sei o que pensar. É como sonhar... há momentos de pausa entre sonhos. São momentos brancos. Vou-me deitar? Apetece. Mas as mãos não deixam. Raios. Estou a estragar a merda dos posts deste blog. Estavam ali tão bonitinhos. O Perestrelo e as suas frases maravilha. A verdade é que ainda hoje me arrepiei por ouvir aquele homem que já não existe gritar golo... Oh well. 23h49. Antes da meia noite estou nos lençóis, o prometido é devido.
Alguém sabe o que vai na mente de José Pinto de Sousa (Sócrates para o resto do país) a estas horas da noite? Estou curioso. Pensa no governo e em como manter o poder os quatro anos do mandato? Pensa em como satisfazer a namorada Câncio? Ou será que se está a imaginar fora de política e o que poderia estar a fazer? Opto pela primeira hipótese. Já eu, em que é que estou a pensar? Nisto tudo. E em nada. Opto pela última hipótese. Estou cansado disto. Vou sonhar para a cama, que sonhar aqui faz doer as mãos e já passei o final do dia a teclar. Olha, o Bruno entrou no messenger. Está barbudo e vai para a Amazónia - não me importava. O meu primo André também anda pelo msn. Ele é o MAIOR tuga em toda a França e vai-se casar com uma lusa-francesa em 2010 ou 2011. O Dé é grande e merece tudo de bom, é a única coisa que me ocorre. Olha, falam de jornalistas da televisão. Que tema tão demode. Tão 1980. Seca. Ontem vi o José Fragoso, também num dos locais de trabalho, ou foi hoje? Conterrâneo das Caldas que foi meu director na TSF durante uns meses. Do que conheço (não é muito), gosto dele. Entrevistei-o há uns anos, ainda era muito verde como entrevistador. Porque é que a nossa memória preserva tanto quem aparece num ecrã ou quem é nosso familiar? Há quem prefira as pessoas que aparecem na televisão a um familiar, isso é giro... sociologicamente falando.
Merda, já passa da meia noite dois minutos. Prazo ultrapassado. já durmoooooo ofdkkfgjdoifdigjjdfsjgofdjgjdfjgfdjjg gfi jigj iiiiiiifuckio
Ai ai. Isto faz mal à saúde, um tipo escrever os pensamentos que passam para o blog. Isso lembra-me gente parva. Shô. Vá de recto satanás. Aqui só gente de boa fé. Será que isto resulta? Não me parece. Ronshi, dormi.
PS, já a dormir: quem no sábado vir o programa do provedor desafio-o a tentar perceber onde jaz ali algo relacionado com o filme Pulp Fiction e O Rei dos Gazeteiro (Ferris Bueller's Day Off).
Agora sim... ronchi... e ainda, acho que ainda não disse nenhuma vez (e daí talvez tenha dito): merda.
quarta-feira, outubro 28, 2009
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