Luciano Alvarez, editor de política e visado no caso, diz que o e-mail de que o DN fala foi forjado. Queria ouvir mais sobre o que ele pensa da notícia e do caso.
"Ao momento eleitoral que vivemos sobrepõe-se a verdade dos factos", diz o DN. Mas quem forneceu estes emails? Essa é uma questão nacional!
ACT, 21h:
O Público já comentou a coisa oficialmente. Aqui ficam notícias/esclarecimentos no Público Online:
Cavaco Silva afirmou hoje que “depois das eleições” não deixará de “tentar obter mais informações sobre questões de segurança”, escusando-se a comentar o caso da suspeita de escutas no Palácio de Belém, divulgado pelo PÚBLICO no dia 18 de Agosto e levantado hoje, mais uma vez, pelo “Diário de Notícias”.
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Resumindo o que a Direcção Editorial do Público diz sobre o caso que o DN diz ter descoberto:
- O Público investigou esta suspeita de haver escutas do gabinete do PM ao gabinete do PR desde Abril de 2008 com base em informações de uma fonte, para perceber a dimensão das suspeitas que o Público sabia existirem no Palácio de Belém. Não publicou nada porque não encontrou, na altura, matéria suficiente para publicar.
- Em Agosto de 2009 teve novas pistas e fontes e achou por bem publicar o artigo que gerou a primeira polémica: “Presidência suspeita estar a ser vigiada pelo Governo”
- O Público garante, assim, que não se tratou de qualquer "encomenda", como sugere o DN. "Não podemos deixar de condenar a publicação de um trabalho jornalístico sem qualquer dado novo para além da revelação sensacionalista de uma pretensa fonte do PÚBLICO", diz a Nota da Direcção.
- O trabalho dos jornalistas Luciano Alvarez, São José Almeida e Tolentino da Nóbrega "obedeceu a critérios de rigor comprovados ao longo de quase 20 anos de PÚBLICO", continua o comunicado.
- O Expresso e o DN contactaram o Público para recolherem informações "sobre o conteúdo de um e-mail que teria sido trocado entre um editor e um jornalista há 17 meses. Juntamente com tal mensagem encontrava-se uma troca de e-mails, todas realizadas esta semana, entre o director do PÚBLICO e um jornalista sobre temas internos do jornal". Diz o comunicado.
O Público respondeu aos meios, explicando que respeita o sigilo das fontes, pelo que não aceitaram discutir a veracidade desses documentos e alertaram que a divulgação de qualquer das mensagens "violaria correspondência privada". O Público está a investigar como é que podem ter sido desviados documentos pessoais e irá depois decidir procedimentos a adoptar, judiciais ou outros!
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