terça-feira, maio 19, 2009

ver filmes em cannes



Jornalistas portugueses no Festival de Cannes (pelas minhas contas):


João Antunes
Paulo Portugal
Rui Pedro Tendinha
João Lopes
Vasco Câmara
Tiago Alves e José Paulo Alcobia



Mais algum? Eu só estou a ver estes. Acho que o Mário Dorminsky também está por lá, bem como outros representantes de festivais portugueses, realizadores tugas (são seis, incluindo o já habitual e muito aplaudido Pedro Costa).



Dorminsky escreveu recentemente no jornal Metro a seguinte crónica sobre o dia a dia no mais famoso festival do mundo:

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Cannes’09
Há filas para tudo!

Em Cannes, durante o festival, há filas para tudo! Para a simples aquisição de uma "baguette" com queijo ou fiambre, para os restaurantes, para as salas de cinema ou para arranjar o mágico bilhete que permite a entrada nas sessões nocturnas do Palácio dos Festivais e que obriga ao uso de smoking.
No Palácio dos Festivais, centro nevrálgico de todo o certame, encontram-se as recepções para os profissionais, para os jornalistas e para os “cinéfilos”, definição dada aos “borlistas” cá do sítio que seguramente são amigos de alguém, dos mais de mil funcionários, que envolve a organização do festival. Ali há ainda as salas de conferências de imprensa dos filmes apresentados, alguns bares soltos e destinados exclusivamente a portadores de cartões específicos por profissão dentro do meio do cinema.
Há ainda cerca de 30 pequenas salas de cinema (às quais só têm acesso os detentores de cartões de “comprador” do “Marché du Film”) e ainda as duas grandes salas do festival — uma com mais de três mil lugares (a Lumière) e outra com cerca de 1 000 (a Debussy) onde decorrem a maioria das sessões competitivas e as da secção “Un Certain Regard”.

Ainda no Palácio, na cave e nos jardins adjacentes, encontram-se diversos pavilhões e stands representativos das empresas oficiais de cinema de diversos países (ICAM incluído), bem como os chamados pavilhões europeu e americano onde se reunem diversos organismos oficiais e para-oficiais e que possuem bares e esplanadas, com uma ocupação quase sempre de 100%. Apesar de todo o ambiente frenético de Cannes, os fins-de-semana são ainda mais assustadores. Em dias de sol é impossivel uma pessoa circular junto ao mar tal a quantidade de mirones que se aglomeram em frente dos hotéis e do Palácio dos Festivais na expectativa de verem as suas estrelas favoritas.
Gradeamentos protegem as entradas das salas de cinema, dos hotéis onde há empresas ligadas ao Mercado do Filme, em todo o lado. Tem de se andar com o cartão de profissional fornecido pelo festival para ali se poder entrar sem grandes problemas. Passa-se continuamente por dectectores de metais, é-se apalpado por seguranças…, têm de se abrir todas as malas e sacos que se levam a tiracolo e só depois é que se entra.
Assim é Cannes durante um Festival Internacional du Film. A loucura total e espaço para todas as festas.

Mário Dorminsky

2 comentários:

Bruno Martins disse...

O Vasco Câmara também anda a escrever textos extraordinários a partir da Croisette...
Inveja, meu amigo...

emot disse...

É verdade, e eu até tenho lido, nem me lembrei. Já pus o Vasco.
Não é propriamente inveja, é mais vontade de também lá estar... ok, é capaz de haver um pedacinho de inveja... pronto, é mesmo muita.
;)