segunda-feira, outubro 13, 2008
o 2cv faz 60 anos
Recordo-me de ser miúdo nos anos 80 e pensar que era tão cool ter um dia um 2CV para levar para a praia. Engraçado como certos carros fizeram história durante tantos anos e tinham tanta personalidade própria. É curioso ficar a saber que foi um carro que chegou a ser produzido em Portugal. Alás, foi de Mangualde que sai o último exemplar produzido do 2CV, como enuncia o texto seguinte.
Citroën 2CV chega aos 60 anos
A cidade de Paris recebe até o dia 30 de Novembro a exposição "2 CV Expo Show - O Essencial na Essência", que comemora os 60 anos do Citroën 2 CV, o mais famoso carro da marca em todos os tempos.
A história do modelo começa em 1929, quando o empresário André Citroën solicitou que o designer Flaminio Bertone idealizasse um carro pequeno e prático. Com a morte de Citroën em 1936, coube ao vice-presidente da empresa, Pierre Boulanger, tocar o projeto do TPV ("Très Petite Voiture", carro pequeno) adiante. O primeiro protótipo ganhou vida em 1937 e era impulsionado por um motor de motocicleta com 500 cm3. Veio então a guerra e junto com ela a ocupação alemã na França, o que interrompeu de imediato o processo de desenvolvimento.
A espera terminaria em 7 de outubro de 1948, quando no Salão de Paris, o público pôde finalmente conhecer o 2CV.Inicialmente, suas formas causaram estranhamento inicial, mas sua praticidade e eficiência trataram de calar os críticos.
Ele era construído de modo que todas as suas partes podiam ser removidas e montadas com o uso de poucos parafusos. Pesava 500 quilos, tinha velocidade máxima de 65 km/h e o principal trunfo para a época: rodava 22 quilômetros por litro de combustível no tanque.
Com a popularidade conquistada, não demoraram a surgir apelidos como "deux-pattes" (duas patas e os diminutivos "Deuche" e "Dedeuche". Outros, mais maldosos atribuíam-no a alcunha de "quatro rodas debaixo de um guarda-chuva", "guarda-chuva de quatro rodas", "patinho feio" e "cocoricó", dado o barulho produzido no momento em que se dá a partida.
Os alemães e os holandeses apelidam o 2 CV de "Pato". Em Flandres, ele échamadode"Cabrita". Ele é "Camelo de aço" na África setentrional, "Two ci-vi" nos EUA "Rättisitikka" na Finlândia, cuja tradução é "o carro do catador de papelão".
Na França, a produção na fábrica de Levallois, no oeste de Paris, foi encerrada em fevereiro de 1988. Sua comercialização, porém, continuaria por mais 29 meses. A última unidade saiu da fábrica de Mangualde, em Portugal, em 27 de julho de 1990 às 16h. Durante os 42 de sua existência, foram fabricados mais de 5 milhões de exemplares: 3.868.634 sedãs e 1.246.335 caminhonetes.
To Moscow and back by Deux Chevaux
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automóveis
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