quarta-feira, outubro 22, 2008

nuclear? não, a solução está no sol

Quem o diz é este físico e quem somos nós para duvidar?





Entrevista Hans Schellnhuber
O director do Instituto Potsdam de Investigação sobre Impactos Climáticos, Hans Joachim Schellnhuber, sugere um megaprojecto-piloto com 20 grandes centrais solares no Norte de África e na Península Ibérica para alimentar a Europa com electricidade.
O físico Hans Joachim Schellnhuber, 58 anos, é um daqueles cientistas a quem os políticos gostam de recorrer em busca de orientação. Sentou-se ao lado da chanceler Angela Merkel, como seu principal conselheiro em matéria de alterações climáticas, durante a presidência alemã da União Europeia e do G8 em 2007. O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, também o chamou para integrar um grupo de alto nível que o aconselha em matéria de clima e energia. Schellnhuber está à frente de um dos mais respeitados centros de investigação sobre alterações climáticas, o Instituto Potsdam, na Alemanha, que dirige desde 1992.
Com um pé na ciência e outro na política, apresenta uma visão preocupante do aquecimento global. Mas não é pessimista: até ao final do século, diz, o mundo poderá ficar livre do carbono como fonte principal de energia. Será preciso melhorar a eficiência energética, encontrar tecnologias para enterrar o dióxido de carbono (CO2) das centrais térmicas a carvão e gás e, por fim, apostar forte na energia solar. Custa caro? Nem por isso; muito menos do que o preço da crise financeira, que mostra o falhanço da visão de curto prazo. Schellnhuber esteve em Lisboa na semana passada, para uma palestra na Fundação Calouste Gulbenkian, e conversou com o P2.

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