O mundo automóvel português a ELECTRICIDADE
Carros eléctricos custarão o mesmo que os tradicionais
O Governo assinou ontem um protocolo com a aliança Renault-Nissan para garantir automóveis eléctricos em 2011 com performance, custos e qualidade ao nível dos automóveis tradicionais, mas com zero de emissões de CO2 para a atmosfera. Presidente da Renault-Nissan esteve em Portugal e citou estudo do MIT (prestigiado Instituto norte-americano) que indica que em 2016 devem ser vendidos 12 milhões de carros eléctricos, anualmente, no mundo (de um universo a rondar os 69 milhões. Ministro da Economia garante infra-estruturas de carregamento em todo o país para 2011 e que Portugal fica em vantagem para pode produzir componentes para os eléctricos e, eventualmente, exportá-los. José Sócrates explicou que os preços da gama de eléctricos que será disponibilizada vai rondar o preço do automóvel tradicional equivalente até porque o Governo irá reduzir o imposto automóvel para estes veículos abaixo do 30%.
João Tomé (texto e fotos) - versão alargada da que saiu no jornal Destak
A ideia é tão simples quanto revolucionária e apelativa: em 2011 será possível pegar num automóvel integralmente eléctrico, com as mesmas características do s automóveis tradicionais (incluindo o preço) e viajar de Norte a Sul do país.
É esse o compromisso da aliança Renault-Nissan e do Governo português, que ontem assinaram um protocolo pioneiro (só Dinamarca e Israel fizeram um semelhante) no Pavilhão de Portugal, Parque das Nações. Desde ontem e durante quatro meses irão ser planeados ao pormenor todos os passos a tomar até Portugal ser um país repleto de veículos eléctricos, com zero de emissões poluentes.
Do lado da Renault-Nissan ficou a garantia que virá para Portugal, em 2011, uma gama variada de veículos eléctricos da Nissan com características iguais (no conforto, nas performances, no aspecto e no preço) aos automóveis tradicionais movidos a combustível. Para isso é fundamental o investimento feito em baterias de iões de lítio que resultam de uma parceria Nissan-NEC: «Têm níveis superiores de desempenho, segurança e custos. Bem melhores do que existe actualmente», explicou o vice-presidente da Nissan internacional, o português Carlos Tavares que ficou feliz por voltar ao seu país por este motivo.
Do lado do Governo português, representado por José Sócrates e pelos ministros do Ambiente e da Economia, ficou a garantia de ajudar a criar infra-estruturas de carregamento por todo o país. Para isso haverá a ajuda de «várias empresas nacionais que já estão empenhadas e onde se inclui a EDP [o presidente António Mexia esteve na cerimónia], redes de auto-estradas, de supermercados e instituições financeiras. Há um grande interesse porque nós somos o 3.º país a fazer esta aposta e isto permite-nos criar um modelo de negócio que será numa primeira fase bom para Portugal mas também para exportar para o estrangeiro», disse o Ministro da Economia, Manuel Pinho.
António Mexia, presidente da EDP
«Será criado um quadro fiscal ainda mais atraente ao actual», que já permitiria a «um carro eléctrico pagar apenas 30% do imposto automóvel» explicou ainda José Sócrates, falando no segundo compromisso do Governo. O objectivo é tornar o veículo eléctrico sem desvantagens para o consumidor, para que, na hora de comprar, se opte facilmente por um eléctrico.
A Câmara de Lisboa irá participar de forma activa neste protocolo e José Sócrates sonha após 2011 «poder entrar numa cidade sem ruído e sem emissões». O primeiro-ministro afirmou que esta é mais uma etapa para «maior autonomia energética, menor dependência do petróleo» porque «não vamos ficar parados com o 3º choque petrolífero», «não admitimos ficar dependentes do petróleo».
O Ministro da Economia deixou ainda em aberto a possibilidade de Portugal produzir componentes destes veículos e exportar, «até porque ninguém pensava que o iriamos fazer com as energias alternativas, mas fizemo-lo». Fica ainda em aberto (disse o Governo) parcerias com outras marcas que queiram produzir este tipo de veículos e implementá-los em Portugal, até porque a concorrência só será salutar para o mercado.
Ghosn acredita em 12 milhões de eléctricos em 2016
O presidente executivo da aliança Renault-Nissan, Carlos Ghosn aposta tudo nos automóveis eléctricos e citou um estudo do MIT (Instituto norte-americano) que aponta para serem 12 milhões dos 69 milhões de automóveis vendidos por ano no mundo em 2016 deverão ser eléctricos. Ghosn falou com entusiasmo no enorme esforço do grupo que controla em inovar na área e que «oito anos é já amanhã para esta indústria», pelo que o futuro mora perto. O mesmo fez Carlos Tavares, presidente da Nissan internacional, até porque «o eléctrico é a nossa grande aposta» já que «a melhor solução para o futuro será mesmo 0% de emissões». «O carro eléctrico vai mudar a face da indústria automóvel em pouco tempo e melhorar a qualidade de vida nas sociedades modernas, evitando o ruído e poluição nas cidades», explicou Carlos Tavares.
O ministro do Ambiente também foi claro: «este futuro não é para a próxima geração, este futuro é agora e é para a nossa geração».
As promessas estão feitas. Cumpri-las será fazer história não só da indústria automóvel mas das sociedades modernas tal como as conhecemos (dependentes do petróleo no que diz respeito ao principal meio de deslocação, o carro).
Dados do carro eléctrico em 2011
- Abastecimento:
5 minutos – tempo de trocar de bateria numa estação
30 minutos – para um carregamento rápido da bateria na estação
Uma noite (seis horas) – para carga lenta e mais económica feita numa tomada caseira
- 160 km de autonomia
- Velocidade igual ao superior aos automóveis actuais
- Preço final equivalente aos automóveis tradicionais
- Uma gama completa de veículos eléctricos
- Postos de carregamento por todo o país
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Toyota - está a preparar veículos híbridos e eléctricos para breve.
Volkswagen - está a começar a preparar um Golf eléctrico (o presidente da empresa diz mesmo: o futuro pertence aos carros eléctricos). Para já prepara um Golf que gaste 3 a 4 litros de gasolina aos 100 km. A Volkswagen tem ainda um projecto de design que procura mostrar como serão os carros em 2028: www.Volkswagen2028.com
BMW - anunciou já estar a preparar um automóvel eléctrico: BMW vai lançar citadino eléctrico
Ferrari - desenvolve veículo híbrido
Suzuki - desenvolve SX4-FCV
Honda e Toyota - Toyota RAV4-EV and Honda EV+ (honda ev plus) Electric Car
E há mais!
Há dois anos surgiu um documentário norte-americano muito curioso sobre Quem Matou o Carro Eléctrico? (Who Killed the Electric Car?). Falam na General Motors, Toyota e outra empresas que foram pressionadas para "matar" as pesquisas que já iam avançados dos carros eléctricos evitando o seu desenvolvimento (terão sido desprediçados anos de pesquisa).
Artigo curioso que pega nessa ideia: Why did Toyota kill the electric car?
O documentário: Who Killed the Electric Car? - Wikipedia
O mundo a HIDROGÉNIO
Em Inglaterra o hidrogénio parece estar na moda. Uma empresa chamada ITM tem um sistema de abastecimento de hidrogénio inovador. Consegue ser muito mais barato (de 2 mil libras para 164) e permitir carregadores de hidrogénio mais em conta. A ideia passa até por colocar estes carregadores em caso. Claro que a tecnologia está no início. Carregar um veículo deste modo só permite 40 km de autonomia. Espera-se poder aumentar a autonomia, mas fala-se que chegar lá será um processo longo.
Entretanto, na Califórnia e Japão vão existir uns exemplares do novo Honda FCX Clarity, de que já falei por aqui. Já existe um BMW Hydrogen 7, também ainda em testes.
2008 Roush ITM Hydrogen Vehicles Car Review and Specs
ITM Power has announced a collaboration agreement with Roush Technologies Limited in a unique project to realise hydrogen-powered, emission-free vehicles on UK roads. ITM will provide the breakthrough refuelling solution by enabling vehicle operators to generate their own hydrogen fuel. Using a patented electrolyser, due to enter production at ITM’s special facility in Sheffield later this year, it is possible to make hydrogen fuel wherever there is a source of electricity and water. The advances in electrolysis technology that ITM has achieved elegantly address the hydrogen infrastructure issue by using the already developed electricity and water distribution network. The electrolyser can produce hydrogen from water and any source of electricity including off-peak or renewable energy – electricity generated by wind, wave or solar power. Unlike petrol or diesel, when hydrogen burns, it releases no CO2, merely water vapour.
Site oficial ITM Power
Mayor Ken buys hydrogen buses for London The Register
London Mayor Ken Livingstone has placed a £10m order for 10 hydrogen-fuelled red buses to run on the capital's streets.
London Hydrogen Partnership
The London Hydrogen Partnership is working to bring this technology forward in the capital so as to improve energy security and air quality.
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