quarta-feira, maio 14, 2008

combustíveis incomportáveis... e agora?

O Fórum TSF está a explorar bastantes curiosidades sobre o aumento dos combustíveis. O presidente do ACP acabou por quase sugerir uma greve de três dias às bombas de gasolina da Galp, que poderá ser líder na combinação dos aumentos dos combustíveis em Portugal. Fala-se ainda que os aumentos em dólares nas notícias não remetem para a valorização do euro face ao dólar, que implicaria um aumento do petróleo mais baixo do que se quer fazer crer. Os lucros brutais d Galp são também sintomáticos... E onde anda o Governo? Só recentemente (e muitos, muito, muitos milhões de euros arrancados aos portugueses depois) é que o Ministro da Economia se lembrou de pedir um parecer à Autoridade da Concorrência, que deveria andar a dormir profundamente há dois anos, no que se trata dos combustíveis...




Combustíveis subiram mais três cêntimos por litro
Os preços dos combustíveis aumentaram esta madrugada pela 15ª vez desde o início do ano, subindo novos três cêntimos, em média, no espaço de uma semana para a gasolina e gasóleo, segundo números divulgados pela Associação Nacional dos Revendedores de Combustíveis (ANAREC) que considera nova subida "escandalosa".



ESTUDO
Em 2007 o preço do barril de petróleo aumentou em euros apenas 1,5%, mas os preços dos combustíveis em Portugal subiram entre 3,4% e 7,9%
Uma associação do sector de combustíveis afirmou recente e publicamente que existia especulação na venda dos combustíveis em Portugal, embora não provasse a afirmação que fez. É importante analisar esta questão com objectividade. Para isso vamos utilizar os dados oficiais da Direcção Geral de Energia e Geologia (DGEG) do Ministério da Economia e da própria GALP. De acordo com os dados da DGEG, em 2006 o preço médio do barril de petróleo importado por Portugal, em euros, foi de 51,90 euros e, em 2007, de 52,69 euros. Portanto, entre 2006 e 2007, o preço do barril de petróleo em euros (é esta moeda que interessa utilizar pois os combustíveis são vendidos internamente aos portugueses também em euros), aumentou apenas em 1,5%, portanto uma subida até inferior à taxa de inflação portuguesa que foi, em 2007, de 2,5%. Enquanto se registou um aumento de apenas 1,5% no preço médio do barril de petróleo, segundo também a DGEG do Ministério da Economia, em Portugal, entre 2006 e 2007, o preço médio da gasolina 95 aumentou em 3,4%; o da gasolina 98 em 4,1%; o do gasóleo rodoviário em 3,5%; e o do gasóleo de aquecimento em 7,9%; portanto aumentos muito superiores aos verificados no preço do barril de petróleo. Afirmar, como afirmam as petrolíferas, que os aumentos dos preços dos combustíveis, com a dimensão que se tem verificado em Portugal, se devem à subida do preço do petróleo, não tem fundamento técnico como mostram os dados oficiais da DGEG.



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