"Não se sente já perante um facto consumado [Acordo Ortográfico]?
Penso que não, e o facto de a Assembleia da República ter convocado uma audição mostra que ainda há coisas a dizer. O segundo grupo de problemas tem a ver com as bases do próprio acordo. Há uma grande diversidade de critérios, em que umas vezes se invoca a história das palavras, outras a etimologia, outras o desuso e outras a pronúncia. Não há, por isso, um critério seguro. É uma norma que implica que na grafia portuguesa desapareçam consoantes ditas mudas que têm um papel muito importante em primeiro lugar no testemunho etimológico, porque a grafia transporta consigo uma carga de informação histórica, cultural e etimológica."
entrevista pertinente a Vasco Graça Moura, in Público
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