Portugal com maior disparidade
Mais ricos ganham sete vezes mais
Gestores portugueses têm dos salários mais baixos
Portugal era em 2006 o segundo país dos 27 que hoje fazem parte da União Europeia com maior nível de desigualdade na distribuição do rendimento. Segundo os dados do Eurostat, o nosso país era apenas ultrapassado pela Letónia. Atrás de Portugal seguiam a Lituânia e a Grécia, avança o «Diário de Notícias».
Se avaliarmos a evolução desde 2002, o índice de desigualdade em Portugal até melhorou. Mas se comparamos com anos anteriores seria preciso ir até ao ano de 1995 para encontrar uma maior desigualdade nos rendimentos. Os dados disponíveis para 2007 da consultora «Watson Wyatt» revelam que nas multinacionais a trabalhar no mercado nacional só os salários dos dirigentes de topo e intermédios é que aumentaram.
O mesmo estudo diz contudo que os gestores portugueses têm dos salários mais baixos de cinco países da Europa e onde existem as maiores divergências entre as mesmas categorias.
Já em matéria de salário mínimo, Portugal estava, em Janeiro de 2007, a meio da tabela dos salários mínimos na União Europeia, também de acordo com o Eurosta, com o valor de 470 euros por mês.
Portugal com maior disparidade
Os salários portugueses não só se situam abaixo da maioria dos países comunitários como revelam a maior disparidade entre os rendimentos dos mais pobres e os dos mais ricos.
Em Portugal, os 20% mais ricos recebem 6,8 vezes mais do que os 20% mais pobres. Este rácio de desigualdade, medido pelo Eurostat e relativo a 2006, é, à excepção da Letónia, o mais elevado entre todos os países da UE, onde a disparidade média é de 4,8.
Os trabalhadores portugueses ganhavam em média 712 euros líquidos por mês em 2006, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística de 2007. Uma média que esconde várias desigualdades sociais.
Em primeiro lugar, existe uma marcada distinção de género, que faz com que os homens recebam, em média, mais 130 euros do que as mulheres. Mas também em função da escolaridade: enquanto o salário médio não vai além dos 600 euros para os que só têm o ensino básico, ele cresce para os cerca de 1350 quando o trabalhador é licenciado.
Já os gestores de topo recebem, em média, 4851 euros, de acordo com um estudo recente da consultora Watson Wyatt. Números que revelam que a principal origem das desigualdades sociais está na educação. Algo que é particularmente evidente em Portugal, uma vez que mais de 60% da população empregada não concluiu o ensino secundário.
sexta-feira, fevereiro 22, 2008
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