O Público tem uma lista curiosa sobre os desejos de pessoas com mais 65 anos (se tudo correr mais ou menos bem, lá chegaremos todos), isto no Dia Mundial da Terceira Idade...
65 desejos depois dos 65
Morar em Paris, ter enfim elevador no prédio, recuperar a vista. Distracções, tempo, companhia. Pensões mais altas. Lares e viagens.
Tudo vontades dos mais velhos. Hoje é Dia Mundial da Terceira Idade
O mundo é cada vez mais deles, mas estará o mundo a contar com eles? Em Portugal há mais de um milhão e 800 mil idosos - representam já 17,3 por cento da população total, segundo as últimas estimativas (os jovens são 15,5 por cento). Bem ou mal, entram nestas contas todos os que têm 65 anos ou mais. Os dados mais recentes, divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística no final de Setembro, lembram que nos próximos 25 anos o número de idosos poderá mais do que duplicar o número dos que têm menos de 14 anos.
Aos 65 anos a esperança média de vida é agora de 19,8 anos para as mulheres e 16,3 para os homens. E a população com 80 anos ou mais aumentou, no país, 35 por cento entre 1990 e 2006.
Vive-se muito mais, mas nalguns casos podia viver-se muito melhor. Hoje, Dia Mundial da Terceira Idade, 65 portugueses com idades a partir dos 65 anos, na sua esmagadora maioria reformados (aqui referidos com as profissões que exerceram), dão conta do que gostariam de ver acontecer nas suas vidas. Uns mais do que outros, são todos idosos. O mundo é cada vez mais deles. E, se eles mandassem, o mundo que os rodeia seria assim:
1. "O meu maior sonho era ter uma casinha com um quintal para plantar salsa e coentros"
Joaquim Dias Diogo, 72 anos,
funcionário público
2. "A primeira coisa que fazia era aumentar as pensões. E depois dava muito carinho, muito amor... Porque os idosos são como as crianças: precisam que olhem para eles com amor"
José Barros, 84 anos,
funcionário dos CTT
3. "Multas - e pesadinhas - para quem deixa os cães sujar os passeios"
Amoroso Ferreira, 78 anos,
trabalhador portuário
4. "A única coisa de que preciso é de tempo: queria que o dia tivesse 48 horas para fazer tudo o que me pedem. Para já continuo a trabalhar, a dar conferências e a viajar. Só não consigo ver muito bem o número das portas do Terminal 2 do Aeroporto da Portela, porque os puseram em contraluz. Mas isso não é da idade: ninguém consegue"
Daniel Serrão, 80 anos, médico
e membro do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida
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