domingo, setembro 09, 2007

mccann de volta ao reino unido


12h31. Na última meia-hora a Sky News e a CNN passam imagens em directo de um avião da Easyjet num aeroporto britânico, onde a família McCann regressou a casa. "Portugal", "suspeitos" e "Madeleine" são palavras frequentes. Bem como expressões como "polícia portuguesa" e "acusada de ir no caminho errado pelo casal".
No meio de tudo isto, neste caso tão mediático por todo o mundo, o nome de Portugal anda ali, a bem ou a mal a ficar, de certa forma, manchado, ao que parece. Num local em que o turismo e a reputação é o mais importante, dá a sensação que as autoridades portuguesas deveriam ter canalizado mais esforços nacionais (e não apenas locais, da modesta polícia de Portimão) na tentativa de só colocar a suspeita nos pais se houvessem provas fortes nesse sentido. Bem como ter um departamento de comunicação profissional e que, de tempos em tempos, deveria vir tentar explicar, sem comprometer o segredo de justiça, que a polícia não procura bodes espiatórios, mas a verdade. Poderiam, claramente, tomar notas com o comportamento da polícia britânica, que nos casos mais mediáticos tenta esclarecer o mais possível e não parecer sempre o mau da fita.
Também não se percebe as fugas de informação para os media de factos importantes da investigação, isso então é muito mau.
A RTP está neste momento a indicar os diversos locais onde os cães cheiraram o odor a cadáver, todos relacionados com os McCann, que são indícios fortes para pensar que houve crime e até agravar a medida de coacção ao casal. Mais uma vez, dados fornecidos, aparentemente pela PJ, que supostamente deveria cumprir o segredo de justiça. Não se percebe! Ou há ou não há. E se é assim, a polícia não deveria ser cobarde e informar das tais provas ela própria, oficialmente. Pela televisão portuguesa e pelo Moita Flores (que critica o sistema judicial português), tudo indica que os McCann serão mesmo acusados formalmente. A televisão inglesa não diz isso.


À saida dos McCann do avião da Easyjet (low-cost) Gerry fez uma declaração emocionada (mais do que o habitual) a pedir privacidade, que continuem a procurar a sua filha, que a lei portuguesa os proibe de comentar
que sairam com o consentimento da polícia portuguesa e voltou a repetir de forma categórica:

"Nós não tivémos nada a ver com o desaparecimento da nossa adorável filha Madeleine".


Após uma declaração destas, torna-se mais difícil ainda imaginar o envolvimento dos pais. O que, caso se confirme, a polícia portuguesa fica mal vista, tal como o país. Isto bom para o turismo e para Portugal em geral não é. Talvez nem toda a publicidade (a má) seja boa, afinal de contas.

Ridiculo é as televisões portuguesas, neste momento, insistirem em enfatizar que os McCann não fizeram o check-in como os outros e foram pela sala VIP, por razões de segurança... que parvoíce!!

As provas que alguns jornais portugueses têm alegadamente divulgado, sobre o odor de morte no carro (alugado 25 dias depois da miúda desaparecer), entre outras coisas, são más por dois motivos: caso sejam verdade, a polícia deixou escapar informação e permitiu um tribunal judicial, caso não sejam verdade ou sejam meio-verdade, não podem negar devido ao segredo de justiça, mais trapalhada e parvoíce... O segredo de justiça só perturba tudo isto.

Curioso é ver como os media ingleses falam no caso de forma diferente dos portugueses. Os portugueses são mais criticos com o casal, mais rispídos, os ingleses são menos e procuram ainda uma criança e não um cadáver.


How long did it take for the McCann twins to wake up that night

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