sexta-feira, setembro 21, 2007

comparações special one

Comparando DN e Público na abordagem à saída de José Mourinho do Chelsea, a distinção vai para o Público que colocou um jornalista experiente como o Bruno Prata, a escrever sobre um assunto em que existe muita especulação e é preciso tacto para perceber o que é informação válida e o que não é. O artigo do Público refere ainda que a indemnização deverá ser 24 milhões de euros e traça o cenário do dia de uma forma inteligente e bem escrita.

No Público existe um artigo no P2 um pouco ridículo. Especialmente por sair numa altura em que José Mourinho foi aclamado por todos em Inglaterra, como nunca vi nenhum treinador em nenhuma circunstância ser. O artigo é sobre as gaffes de Mourinho (não justifica o título) e o ódio dos ingleses pelo técnico e pelas suas declarações. É capaz de ser o artigo mais despropositado dos últimos anos, até pela forma como está construido. Foram ao Google, pesquisaram os sites contra o Mourinho, e chegaram à conclusão que os ingleses odeiam o treinador português. Belo jornalismo, sim senhor!
Mais curioso é ter um título que diz "As gaffes do Special One", e começar o texto com uma bela gaffe, "José Mourinha deixou ontem de ser treinador do Chelsea". Uma parvoíce nunca vem só.



De qualquer forma, fizeram um apanhado de declarações mais polémicas de Mourinho (não são, de todo, as melhores), que coloco de seguida:




"Sou um vencedor porque sou bom naquilo que faço e porque estou cercado de pessoas que pensam o mesmo" 2004

"O Liverpool marcou, se se pode dizer que marcou, porque talvez se possa dizer que quem marcou foi o árbitro auxiliar" Maio de 2005

"Os meus jogadores são sempre os melhores jogadores do mundo, mesmo que não o sejam" Setembro de 2004

"Claro que foi penalti. Nalguns países seriam marcados dois penalties por aquela falta" 2005

"Na segunda parte foi apito e apito, falta e falta, batota e batota. O árbitro controlou o jogo de uma maneira durante a primeira metade, mas na segunda eles tiveram dúzias de livres. Eu sei que o árbitro não foi sozinho para os balneários no intervalo" Meia-final da Carling Cup contra o Manchester United em Janeiro de 2005
"Eu não me arrependo. A única coisa que tenho de compreender é que estou em Inglaterra, por isso, se calhar mesmo quando penso que não estou errado, eu tenho que me adaptar ao vosso país e tenho que respeitar isso. Eu tenho um grande respeito pelos fãs do Liverpool e aquilo que fiz, o sinal de silêncio - "calem a boca" - não era para eles, era para a imprensa inglesa" Depois da final da Carling Cup 2005 contra o Liverpool

"Eu senti o poder de Anfield, foi magnífico. Senti que não interferi com os meus jogadores mas se calhar interferi com outras pessoas e se calhar isso interferiu no resultado. Deviam perguntar ao fiscal de linha. Porque para haver golo, a bola tem que estar 100% dentro e ele tem que estar 100% seguro de que a bola está dentro" Sobre o golo do Liverpool que pôs o Chelsea fora das meias-finais da Liga dos Campeões, em Maio de 2005

"Não é um cartão vermelho, claro que não, e na segunda parte temos que jogar 55, 60 minutos sem um homem e o jogo é completamente diferente. Eu não devia falar sobre o jogo, porque o jogo não é um jogo" Fevereiro de 2006, após a derrota contra o Barcelona na Liga dos Campeões

"Jogámos contra eles quatro jogos em duas épocas. (Quando foi) 11 contra 11 eles nunca nos derrotaram. Esta é a realidade" Depois de um jogo contra o Barcelona, 2006

"Não é possível (que) penalties [sejam oferecidos] contra o Manchester United, e não é possível [conseguir] penalties a favor do Chelsea. Se alguém me castigar porque eu digo a verdade, é o fim da democracia" Após um penalti ter sido negado ao Chelsea num jogo contra o Newcastle

"Um jogador que quer ser o melhor do mundo deve ter a decência e a maturidade para verificar que contra factos não há argumentos. Se ele diz que é uma mentira que o Manchester United concedeu penaltis nesta época que não foram atribuídos contra eles, ele mente. E se ele mente ele nunca atingirá o nível que quer atingir" Sobre Cristiano Ronaldo

"Só há para mim duas maneiras de deixar o Chelsea. Uma é em Junho de 2010 quando acabar o meu contrato e se o clube não o renovar. A segunda maneira é o Chelsea despedir-me" 2006

"Sem ovos não há omeletas! Depende da qualidade dos ovos. No supermercado há ovos de classe um, dois ou três e alguns são mais caros do que outros e alguns dão melhores omeletas. Então quando os ovos de classe um estão em Waitrose e não podemos lá ir, temos um problema" A propósito das vítimas de lesões Frank Lampard, Michael Ballack, Ricardo Carvalho e Didier Drogba

"Para mim a única coisa que me preocupa no mundo, de facto, são os meus. Quero lá saber do futebol para alguma coisa. Agora eu ia a Fátima pedir para ganhar um jogo?... A minha vida não é o futebol" Dezembro 2006

"Pagava para não ser famoso" Dezembro 2006

"Quem tem medo fica em casa" Setembro de 2000

"Não sou homossexual. Quem acha que sou que traga a irmã" Janeiro 2005

Sem comentários: