Há dias assim, estranhos por motivos pouco habituais. Sexta-feira, dia de folga. 16h45. Começo a subir, a pé, a minha rua (Calçada de Arroios), quando reparo num respirador de uma pequena oficina que existe por aqui (de madeiras e arranjos domésticos) que começa a deitar muito fumo, de forma abundante e pouco habitual. Páro por ali. Bato à porta que está fechada e ninguém abre. Uma senhora de idade pergunta-me o que se passa, ao que respondo: sei lá! Ligo de imediato para o 112, que me reencaminha a chamada para os Bombeiros Sapadores de Lisboa (Lisbonenses). Explico o que se passa, digo a localização, o meu nome. Passado uns instantes, já da varanda da minha casa, vejo que começam-se a aglomerar na rua, que costuma andar deserta e que a polícia foi lá, bater na porta. Logo de seguida chega o que parece ser o dono da pequena oficina, com a chave. Abrem e a porta e uma nuvem de fumo preto e abundante é lançada para a rua. Voltam a tentar fechar a porta. Fica só encostada. Mais uns minutos e chegam os bombeiros, que vêm em contra-mão pela a rua abaixo. Chega logo de seguida, por baixo da rua (na "mão" certa), outro carro dos bombeiros. Todos muito apressados, tiram as máscaras do carro, começam a tirar as mangueiras e entram na oficina. O fumo continua a sair. Depois chegaram ainda mais dois carros dos bombeiros, um deles com daquelas escadas enormes (que não foram necessárias). Entretanto, andava um fotógrafo que chegou com os bombeiros, a tirar fotos apressadamente, em cima deles, possivelmente do Correio da Manhã. Passado meia-hora, o fumo continuava a sair e os bombeiros colocaram uma espécie de bomba de fumo para, presumo, limpar o ar dentro da oficina.
PS: esta psedo reportagem em fotos faz lembrar o slogan da TSF: vamos até ao fim do mundo, vamos até ao fim da rua.
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