"Os mesmos portugueses que nunca se lembrariam de gritar numa loja da Vodafone, até porque cada loja conta com o segurança, acham que por pagar (os que pagam) impostos podem desancar no primeiro funcionário público, seja médico, professor ou mesmo polícia, nem os magistrados escapam. E sabem que, se o funcionário reagir, pede logo o livro amarelo e parte descansado, a vingança fica completa com um processo disciplinar, e, nos tempos que correm, é melhor para o funcionário "baixar a bola" do que reagir, ninguém o vai proteger. Aos políticos o que dá votos é a demissão de funcionários públicos. E, se os pais não respeitam os funcionários públicos, os filhos, quanto mais mal-educados, mais bem tratados são, pois ganham o estatuto privilegiado de "crianças vulneráveis". Se eu fosse fazer queixa de um professor à minha mãe, teria que ter muita razão; se não a tivesse, ainda levava (...); agora a "criancinha vulnerável" queixa-se do professor aos pais e a família vai à escola meter o professor na linha. Se ninguém (...) trata bem os funcionários públicos, começando pelos próprios políticos, porque hão-de ser as crianças a dar o exemplo, tratando bem os professores? A relação entre o Estado e a sociedade está cada vez mais doente (...)."
in jumento.blogspot.com
sábado, março 10, 2007
fp :: funcionário público
[Fica de seguida uma perspectiva curiosa (esta palavra não podia faltar, novamente), sobre os funcionários públicos e as queixas dos consumidores/contribuintes aos seus serviços. Tal como tudo que se torna generalizado e mediático, o geral apanha o particular. O facto de existir o claro estereótipo que na função pública se trabalha pouco e mal (que é justo, em alguns casos), motiva a que exista descriminação concreta apenas e só porque sim. Porque a classe já está catalogada. Como frequentador de escolas, universidades, institutos e afins, tenho a dizer muito bem de uns, muito mal de outros.]
Labels:
país
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário