O Bruno Nogueira tirou-me as palavras da boca (salve seja), não só a qualificar o Festival da Canção desta noite como (e passo a citar, para não ser atacado de ter opiniões extremistas) "deprimente", como para explicar o sorriso da apresentadora Isabel Angelino (que tem um aspecto de alguém feito numa máquina de tornear madeira, com muito pó e cola para emendar os maus acabamentos):
"Ainda para mais porque era a Isabel Angelino a apresentar.
Fascinam-me apresentadoras que estão sempre muito, mas muito contentes.
Dá-me medo.
É aquele sorriso que só vive nos músculos da cara.
Dizem o número de telefone para onde se pode votar a escolher a música vencedora com a alegria de quem olha para o filho recém-nascido pela primeira vez.
Ou com a alegria de quem matou o avô com uma almofada de penas.
Ela tem um sorriso que está ali no limbo entre os dois.
Quando uma pessoa ri assim tanto há alguma coisa que não está bem.
Ou está bem demais."
in Corpo Dormente
domingo, março 11, 2007
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