ainda o natali

No Telejornal da RTP desta noite deixo duas notas sobre notícias que me pareceram puramente ridículas:


1. A primeira e mais estúpida é uma reportagem totalmente parva e sem sentido sobre o percurso do Pai Natal por vários países e cidades do mundo, incluindo Portugal, segundo dizem. Com vários minutos de reportagem e pormenores de satélite da viagem, inclui imagens (mal animadas a tentarem parecer reais) do próprio trenó e das renas do Pai Natal a voar. Vai ao ponto de dar informações preciosas sobre a velocidade a que o Pai Natal se desloca no seu trenó, os países por onde passa e as prendas que dá por todo o mundo. Uma reportagem 100% fictícia destinada a comprovar a algumas crianças que o Pai Natal existe - até já passa no Telejornal (pelo menos este ano). Quando se fala num suposto Pai Natal na Lapónia, e se mostra imagens de lá... ainda vá que não vá... mas esta ilusão absoluta e parva parece apenas querer fazer das crianças estúpidas... nem as imagens são credíveis, nem a alegada reportagem faz qualquer sentido num meio noticioso. Não só é falta de muita coisa, colocar isto num meio jornalístico e supostamente credível - qualquer criança que saiba que o PAI NATAL NÃO EXISTE vai colocar em causa tudo o que vê no Telejornal da RTP -, como acho que a reportagem em causa é pouco credível até meramente como entretenimento. Que parvoíce.

2. Mais uma reportagem sobre o Natal falava nas mensagens escritas enviadas por telemóvel durante a consoada. Falava-se nos recordes da Optimus (em dados que só eles divulgaram) e em dados recorde da TMN, noutros dados especifícos que só eles divulgaram. A reportagem falou só nas duas operadoras, o pivot falou só sobre as duas operadoras. Em primeiro lugar repetiu-se recordes como sendo garantidos, quando eles são claramente publicitados e exagerados pelos departamentos de marketing das respectivas empresas mas muito mais grave do que isso foi o facto de EXCLUIREM A VODAFONE - a segunda principal operadora e prestes a ser a única concorrente da TMN. Em nenhuma parte da reportagem nem no texto do pivot aparece referência à existência sequer da Vodafone. Se eles não divulgaram os dados - o que até acho estranho - referia-se isso mesmo, de forma obrigatória e inequívoca.