Net, compras, telemóvel: novos vícios rivalizam com droga
Os técnicos da área da toxicodependência começam a confrontar-se com a emergência de novos vícios sem drogas, como estar «agarrado» à Internet, ao telemóvel, às compras ou ao jogo, chegando mesmo estes doentes a «ressacar» quando não consomem.
Embora com implicações muito diferentes das que decorrem do uso de drogas, estas patologias carecem igualmente de tratamento, sob pena do viciado poder viver situações dramáticas.
Em entrevista à agência Lusa, o psiquiatra Luís Patrício, que dirige o Centro de Atendimento a Toxicodependentes (CAT) das Taipas, em Lisboa, sublinhou que a sociedade de consumo e o aumento da oferta estão a criar fortes dependências patológicas sem substâncias psicoactivas (drogas), não só nos toxicodependentes em tratamento como no cidadão que nunca consumiu qualquer droga lícita ou ilícita. Luís Patrício vai mesmo mais longe e argumenta que «cada vez mais deixamos de falar em toxicodependência para começarmos a falar de adictologia».
Face a esta preocupação, o «XIX Encontro das Taipas», que reúne em Lisboa segunda e terça-feira cerca de 400 técnicos nacionais e estrangeiros na área da toxicodependência, inclui no seu programa um painel de debate sobre «Dependências Patológicas sem Substâncias Psicoactivas», que terá como orador o professor Carlos Alvarez Vara, da Agência Antidroga da Comunidade de Madrid.
domingo, maio 21, 2006
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