casamento lésbico

[Ora aí está um tema polémico. Como cidadão português julgo que o meu país deveria permitir este tipo de uniões se traduzirem em casamento. Espanha já permitiu aos casais homossexuais casarem-se, porque não Portugal? É uma questão de princípio. Embora não concorde com frequência com Francisco Louçã, admito que o argumento que ele utilizou hoje, em declarações à TSF seja apropriado. Louçã dizia: «a Constituição não distingue os indivíduos que se podem casar, mas o código civil distingue, deveria-se alterar o código civil já que não só é mais certo o individuo poder decidir se quer casar com um homem, ou uma mulher, como é o mais óbvio à luz da Constituição». Vamos ver se existe coragem política para quebrar algumas convenções e fazer Portugal um país moderno nestes assuntos (sim, considero moderno um país que permite casamentos homossexuais.]

Desafio à lei portuguesa
Duas mulheres vão tentar casar pelo Registo Civil
Duas cidadãs portuguesas vão apresentar o pedido de casamento numa Conservatória do Registo Civil, em Aveiro. O casamento homossexual é proibido de acordo com a lei nacional, mas descriminações com base na orientação sexual também são proibidas, na Constituição portuguesa.
Teresa Peres e Helena Paixão aceitaram o desafio do advogado Luís Rodrigues, que se ofereceu, num blogue, para patrocinar um casal, que quisesse avançar com um pedido de casamento homossexual.
Estas duas mulheres querem casar, porque, dizem, querem ter os mesmos direitos que qualquer outra pessoa tem. Aos 28 e 35 anos, Teresa e Helena vão, esta tarde, à Sétima Conservatória do Registo Civil de Aveiro fazer o pedido, acompanhadas de dezenas de portugueses e estrangeiros.

PCP defende discussão no Parlamento, enquanto o BE é favorável à alteração do Código Civil
Casamento entre pessoas do mesmo sexo: PS e PSD desvalorizam debate político
Duas mulheres, Teresa e Lena, vão tentar casar-se hoje, às 14h30, na 7.ª Conservatória do Registo Civil, em Lisboa. No próximo dia 16 de Fevereiro, uma petição a favor do casamento entre pessoas do mesmo sexo, que conta com deputados entre os seus subscritores, será entregue ao presidente da Assembleia da República, Jaime Gama.