terça-feira, novembro 08, 2005

entrevista dn

entrevista Juan Luis Cebrián administrador da Prisa
"Informação da TVI vai ganhar muito com a Prisa"
À margem do VI Foro Iberoamérica, o novo 'homem forte' da Media Capital revelou ao DN as intenções da Prisa em Portugal e falou das relações entre política e poder...

A Prisa quis comprar primeiro a Lusomundo, que tinha apenas imprensa e uma rádio, e saiu derrotada. Ao virar-se para a Media Capital, um grupo forte na televisão mas fraco em imprensa, significa que houve mudança na estratégia?

Interessava-nos Portugal como um mercado com uma moeda forte, um mercado europeu relevante para nós pela proximidade geográfica e as sinergias Portugal/Espanha. Em Portugal há três grandes grupos de comunicação - Impresa, a Lusomundo/PT e Media Capital - e com todos mantivemos contactos e relações durante a última década. Com a Media Capital há vários anos, porque nos interessava as rádios. Fracassámos com a Lusomundo, mas a oportunidade com a Media Capital inscreve-se numa nova estratégia da Prisa de estar mais presente no mundo audiovisual. Segunda-feira [ontem] arrancaremos com a Cuatro em Espanha e acabámos de lançar uma OPA sobre a Sogecable para ter o controlo desta televisão. Portanto, era uma oportunidade para nós negociar com um grupo que já conhecíamos.

Na imprensa, área que a Media Capital tem pouco desenvolvida, a Prisa tem planos para lançar um jornal diário, um semanário ou um desportivo?
Temos de ver. Nós operamos na imprensa, rádio, televisão e educação. Em Portugal estaremos agora na televisão, rádio e educação (editora Constança, há 15 anos). Estamos nas revistas, mas não na imprensa diária. Há uma grande concorrência, em Portugal, na imprensa diária. É um mercado relativamente pequeno. Não temos nenhum projecto concreto. Acreditamos que sabemos fazer jornais, mas não temos nada de concreto... (riso)

Quando esteve recentemente em Portugal na Alta Autoridade para a Comunicação Social, disse que a Prisa ia fazer tudo para consolidar a primeira posição da TVI no ranking das audiências e melhorar o entretenimento e a informação. Que estratégia tem a Prisa?
Na informação temos uma longa experiência. Creio que se há algum valor que podemos oferecer à TVI é mais no terreno da informação do que no entretenimento, que é muito bem feito na estação. Temos uma enorme rede de correspondentes, temos milhares de jornalistas a trabalhar para mais de 15 países nas rádios, jornais, televisões. Aí podemos ir buscar algum know how e a TVI tem muito a ganhar.
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