domingo, novembro 13, 2005

as intermitências da morte

Novo romance de José Saramago aborda os conflitos da vida e desafia o mito da imortalidade
O escritor português laureado com o Prémio Nobel, José Saramago apresentou ontem em São Paulo, Brasil, em estreia mundial, o seu mais recente romance. "As Intermitências da Morte" narra os conflitos provocados pela decisão da Morte de abandonar a sua actividade. O romance mostra como a agitação e alegria provocadas num país imaginário pela reforma da Morte se convertem logo a seguir num motivo de preocupação, pelo impacto político, económico, social e até religioso da nova situação. Com uma população envelhecida, o governo desse país imaginário não sabe como resolver o problema da Segurança Social, as pessoas deixam de saber o que fazer com uma existência imortal e até a fé cristã fica em xeque, pois sem morte não há ressurreição nem vida eterna, comentou José Saramago, durante a apresentação do romance.A edição brasileira de "As Intermitências da Morte" foi o primeiro livro lançado no Brasil que obedece às normas de preservação ambiental, divulgou o grupo Greenpeace. "Apesar do grande estímulo cultural que nos presta, a indústria editorial consome avidamente papel cuja produção estimula a destruição das florestas", escreveu a porta-voz do Greenpeace no Brasil, Rebeca Lerer, num comunicado à imprensa.

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