An artist's impression of merging neutron stars, one of the theoretical progenitors of gamma-ray bursts. Credit: Sonoma State University, NASA E/PO, Aurore Simonnet. Clicar para aumentar. Space.com
Detectada explosão mais longínqua no Universo
Telescópios em vários pontos da Terra e no espaço observaram, a 5 de Setembro, a explosão de raios gama mais longínqua que alguma vez foi detectada.
Esta explosão - um fenómeno em que se libertam quantidades tremendas de energia num período que dura entre fracções de segundo a alguns minutos - ocorreu a 12.700 milhões de anos-luz da Terra, o tempo que a luz levou a chegar ao nosso planeta. Isto quer dizer que o Universo era muito jovem quando ocorreu.
Durante muito tempo, a natureza das explosões de raios gama foi um mistério. Embora não haja certezas absolutas, há consenso em que a maioria se deve à morte de uma estrela muito maciça a transformar-se num buraco negro. Depois de consumir todo o combustível, a estrela explode grande parte da sua matéria para o espaço e, quando o que resta é equivalente a três vezes a massa do Sol, origina um buraco negro, no qual a matéria tem uma densidade tremenda. As explosões de raios gama são o fenómeno mais energético do Universo, a seguir ao Big Bang, que marcou o nascimento do próprio Universo.
A 5 de Setembro, o telescópio espacial Swift detectou uma dessas explosões. Logo, em vários pontos da Terra, cientistas e telescópios, incluindo o Very Large Telescope (VLT) do Observatório Europeu do Sul, no Chile, concentraram-se nela. "Esta explosão esmaga o anterior recorde em 500 milhões de anos-luz. Finalmente, estamos a começar a ver os restos de alguns dos objectos mais antigos do Universo", disse Daniel Reichart, da Universidade da Carolina do Norte, citado num comunicado do Instituto de Tecnologia da Califórnia (EUA).
Como se estima que o Universo tem 13.700 milhões de anos, a explosão sucedeu quando ainda era muito jovem. Depois, levou os tais 12.700 milhões de anos a chegar até aos humanos, por isso é que olhar para essa luz é olhar para o passado.
Teresa Firmino, in Público
Ver mais sobre esta explosão aqui.
terça-feira, setembro 13, 2005
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