quinta-feira, junho 30, 2005

jantares, hábitos e vidas


[O DN traz hoje uma reportagem sobre a vida alimentar a Eduardo Barroso, até está engraçado, o autor é Pedro Correia.]

"Quanto mais picante for a comida melhor"
Eduardo Barroso janta com o DN no Gambrinus, onde se sente "como em casa"

Mal chega ao restaurante, sorridente, cumprimenta os empregados e vários amigos dispersos pelas mesas. Percebe-se logo é cliente habitual. Eduardo Barroso confirma: "Sinto-me aqui como se estivesse em casa." Começou a frequentar o Gambrinus, na Baixa lisboeta, já lá vão 40 anos. Outros tempos, outros hábitos: o mediático cirurgião era então estudante, a mesada mal lhe chegava para uma sanduíche e uma imperial ao balcão do Gambrinus. "Mas tratavam-me como se estivesse a comer lagosta", recorda. Lagosta, por sinal, não figura no menu deste médico, que se tornou popular pelos seus comentários futebolísticos na SIC: Eduardo Barroso detesta marisco. Todo o marisco.

Quase nunca almoça. Também não toma pequeno-almoço. Desforra-se ao jantar. "Sou a negação do que deve ser a forma saudável de comer", reconhece.

O pai, que também era médico, transmitiu-lhe o "vício" do Gambrinus. Um gosto que o próprio Eduardo Barroso também já passou aos filhos. É hora de jantar, a sala principal do restaurante está cheia. Enquanto espalha mostarda no eisbein, Eduardo Barroso desfia histórias relacionadas com o Gambrinus. Foi lá que jantou numa passagem de ano solitária, foi lá que festejou muitas vitórias do seu Sporting. "Não me lembro de ver a lista há muitos anos. Aqui já sabem aquilo de que mais gosto. "Costeletas de borrego com puré ou filetes com arroz de grelos, por exemplo. No balcão do restaurante, cede por vezes à tentação do rosbife com salada russa. "E já cá tenho trazido amigos estrangeiros só para comerem marisco. Os entendidos garantem que é do melhor de Lisboa."
O cirurgião cultiva os prazeres da mesa o seu rol de preferências gastronómicas inclui chispe, feijoada, cozido à portuguesa, pastéis de bacalhau, robalo grelhado, arroz de lebre, galinholas, linguados fritos com açorda. Adora pratos indianos. "Quanto mais picante for a comida melhor". E doces: trouxas de ovos, fidalgos, encharcadas...

Prazeres que o levam com regularidade ao Tromba Rija (nos Marrazes, Leiria) ou ao Manjar do Marquês (em Pombal). Em Lisboa, é cliente assíduo do Galito, do Poleiro e do Santo António de Alfama.

in DN - ver mais aqui

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