quinta-feira, maio 19, 2005
sismos e manuscritos
Serviço de previsão sísmica lançado nos EUA
Um grupo de cientistas norte- americanos lançou na Califórnia um serviço diário de previsão de sismos que pode ser consultado na Internet como os boletins meteorológicos, indica hoje a revista Nature.
O serviço, criado pela equipa de Matthew Gerstenberger, do U.S.Geological Survey, resulta de uma nova modelização dos riscos sísmicos na Califórnia baseada na análise do comportamento das falhas que atravessam o estado, como a Falha de Santo André.
O sistema permite elaborar um mapa das zonas do estado que possam ser abaladas por sismos de intensidade suficiente para partir vidros de janelas ou rachar o estuque nas casas.
A previsão, de 24 horas e actualizada de hora a hora, poderia também ser adoptada noutros países com regiões de riscos sísmicos, assinala a Nature.
A eficácia da previsão foi demonstrada através de uma técnica retroactiva que permitiu recriar o sismo de Landers, que sacudiu a Califórnia em 1992.
Na ocasião, o sismo foi precedido pelo aparecimento de réplicas procedentes de movimentos telúricos anteriores ao abalo.
in Lusa
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Manuscrito com mais de 200 anos é lançado hoje em Lisboa
Um manuscrito anónimo cuja leitura pode ajudar a compreender a mentalidade científica portuguesa do século XIX foi recuperado por Fernando Correia de Oliveira, um jornalista fascinado pelos relógios e o tempo.
"Manuscrito Anónimo de Relojoaria" é o título da obra que Fernando Correia de Oliveira apresenta hoje na Academia de Ciências de Lisboa e cuja edição tem o apoio da relojoeira suíça Vacheron Constantin, que celebra este ano o seu 250/o aniversário.
Em declarações à agência Lusa, o jornalista e investigador esclareceu que "existe a hipótese não confirmada do autor do texto ser Dantas Pereira, um oficial da Marinha, mas o mais importante é o cariz das considerações feitas no documento".
A possibilidade de "Dissertação sobre os métodos de achar a longitude no mar" - título do manuscrito anónimo - ser da autoria de Dantas Pereira (1772-1836) justifica-se pelo facto deste assinar outro trabalho acerca do tema: "Memória sobre o Problema das Longitudes".
Não sendo de domínio comum, o problema das longitudes - dependente da necessidade de se conhecer o tempo a bordo - tem séculos de história "e é inacreditável como a expansão portuguesa e espanhola se deu sem o seu cálculo rigoroso", refere Fernando Correia de Oliveira.
O documento anónimo encontrava-se na Academia de Ciências de Lisboa, "não se sabendo se fazia parte do seu espólio primitivo", e a falta da autoria e de contextualização não o tornavam, à partida, num registo muito sedutor.
in Lusa
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