domingo, março 20, 2005

benvindos à suécia


Design: Afinal, a chave-inglesa é sueca
O fósforo, o fecho éclair, o aspirador inteligente ou a chave de porcas ajustável. Todas estas coisas úteis são suecas e estão numa exposição
em Cascais. Apesar de os seus objectos terem melhorado a vida a milhões de pessoas em todo o Mundo, os designers suecos estão hoje mais voltados para a criação de ambientes.

Os suecos não inventaram quase nada, mas melhoraram quase tudo. É o que se conclui da exposição Melhorando a Vida, que apresenta no Centro Cultural de Cascais, até 10 de Abril, 60 ícones do design industrial sueco.
O fósforo "de segurança" que hoje conhecemos, e que começou a ser produzido em massa em 1857, é uma criação sueca - o primeiro fósforo foi inventado por um químico inglês, John Walker, mas o seu uso era ainda muito perigoso. A ferramenta a que chamamos chave-inglesa é, na realidade, sueca - a sua antepassada britânica tinha a mesma forma, mas não era ajustável.
"A Suécia começou a sua revolução científica no século XVIII, com a preocupação de melhorar a vida das pessoas", diz Kristina Frisk, designer industrial e representante da Câmara de Comércio Luso-Sueca. "Essa preocupação estendeu-se, depois, ao design de inovação da indústria, que cresceu muitíssimo na segunda metade do século XIX. A maioria das nossas peças de design é concebida para ser mais leve, mais segura, mais resistente ou mais fácil de usar do que as invenções que estão na sua origem."
A preocupação com o bem-estar no lazer e, sobretudo, no trabalho, característica dos países com grande estabilidade económica, reflecte-se nas inovações tecnológicas presentes nesta pequena exposição encomendada pelo Governo de Estocolmo e que, desde 2003, já passou pelo Brasil, Chile, Colômbia ou Rússia (São Petersburgo, para onde o industrial e humanista sueco Alfred Nobel foi viver aos nove anos, não podia ter ficado fora do circuito). Seguem-se a Suécia, a Noruega, vários países asiáticos e os Estados Unidos.
in Público

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