Vitórias e derrotas. O previsível aconteceu. O Partido Socialista, sob a cara de José Sócrates, venceu as eleições legislativas portuguesas. Santana Lopes saiu chamuscado, como se esperava, com uma derrota que acaba por ser em toda a linha da direita. Agora que o PS venceu voltamos a ver as caras do pantano guterrista, que sairam debaixo das pedras a gritar vitória e a gritar: tacho.
Também acho interessante ver o cinismo dos derrotados e dos vitoriosos.
Os vitoriosos vêm proclamar a grande vitória e fazer autêntica adivinhação ao olhar para estatísticas. É um pouco como a astrologia. Olham para umas percentagens e dizem: ora, os portugueses querem dizer com isto que nós somos os melhores do mundo, somos geniais, somos lindos, perfeitos, excelentes, a salvação, etc.
Os derrotados olham para as mesmas estatísticas e vêem ali umas partes da estatística que não é má de todo.
É engraçado também ver como pessoas como Marques Mendes vêm falar apenas e só para mostrar que mais uma vez querem candidatar-se à liderança na tentiva de explorar ao máximo a derrota de Santana. O mesmo fez Luis Nobre Guedes no PP.
«As pessoas estavam desesperadas. Este novo governo vai mudar tudo e fazer o nosso país muito bom. Dar emprego a todos. Com a tralha guterrista tinha emprego, o cherne tirou-me o emprego e agora o Sócrates tem de me dar emprego outra vez», dizem alguns burros que agitam umas bandeiras. «Tenho muita fé no Sócras, viva o Sócras, ele vai-nos dar emprego», berra uma génia.
domingo, fevereiro 20, 2005
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