segunda-feira, fevereiro 28, 2005

petroleo para quem quer

Gasta-se um barril de petróleo por mês nas casas portuguesas
Uma família urbana portuguesa pode gastar 12,2 barris de petróleo por ano em transportes, energia eléctrica para os seus principais electrodomésticos e em embalagens. Os valores resultam de uma simulação feita por investigadores do Instituto Superior Técnico. Mostra ainda que a poupança energética dentro de casa pode contribuir para reduzir a factura energética do país em cinco por cento. A família também ganha. Por Lurdes Ferreira

Onze meses e meio por ano, a família M. - pai, mãe e filho ainda criança -, cumpre as rotinas da vida de trabalho, reúne-se apenas à noite no seu apartamento em Carcavelos e, quando chegam as duas semanas de férias no Algarve, leva-as a sério. Este é o ponto de partida da "história" de uma família urbana portuguesa e de como uma boa parte do que consome só é possível a partir do petróleo, para além do óbvio combustível do carro.
A história, contada a partir de uma simulação de uma equipa de investigadores do IN+ - Centro para a Inovação, Tecnologia e Política de Investigação do Instituto Superior Técnico (IST), em colaboração com o PÚBLICO, tem um final claro: a família M. precisa de gastar mais de 12 barris de petróleo por ano (12,2), à média de um barril por mês, para satisfazer as suas necessidades de transporte, de energia eléctrica em casa e de consumo de embalagens.

Na verdade, a família virtual "gasta" ainda mais barris, já que a história fala apenas de três grandes grupos de consumo ligados ao petróleo, deixando de fora todos os outros bens e materiais que nos rodeiam, à base de polímeros, e que são produzidos pela indústria petroquímica. Estes vão desde os pêlos da escova de dentes ao capacete da moto e calçado desportivo, passando pelos computadores, pelas fibras sintéticas nos têxteis e pelos brinquedos. Faltam ainda, por exemplo, os fertilizantes, o asfalto das estradas, as tintas e o fabrico de implantes.
in Publico

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