sexta-feira, janeiro 28, 2005
Mundo celebra libertação de Auschwitz
Foi com um encontro entre líderes mundiais, vítimas do Holocausto e jovens que se celebrou o 60.º aniversário da libertação do campo de extermínio nazi
por João Tomé
in Destak
Polónia. Os líderes da Ucrânia, Israel, Rússia, Polónia, União Europeia (José Manuel Barroso) e o vice-presidente norte-americano Dick Cheney, condenaram ontem todas as formas de intolerância e xenofobia, aquando das comemorações do 60.º aniversário da libertação de Auschwitz. A cerimónia começou com o assobio de um comboio, que há mais de 60 anos trouxe centenas de milhares de pessoas para a morte certa em câmaras de gás – pelo menos 1.1 milhões de pessoas morreram no mais mortífero campo nazi. Mesmo ao lado da mítica placa de entrada no campo – que mantém as palavras “Arbeit Macht Frei” [Trabalho dá a liberdade] – dois mil sobreviventes do Holocausto, 50 soldados russos que entraram no campo a 27 de Janeiro de 1945 recordaram o sofrimento e crueldade nazi e celebraram a libertação do campo, com uma cerimónia que envolveu milhares de velas. Apesar da cerimónia calma, o presidente israelita aproveitou para dizer que «os aliados nada fizeram para evitar o massacre de Auschwitz».
Preocupação com o neonazismo
A Alemanha também recordou ontem, no parlamento alemão o 60.º aniversário da libertação nazi, mas as declarações foram dominadas pela preocupação com o fortalecimento dos partidos neonazis nas várias regiões do país. «A extrema-direita tem ousado minimizar a barbárie do Holocausto, faltando ao respeito pelas vitímas», disse o líder social-democrata que acrescentou: «há novamente neonazistas num parlamento alemão. Isto é uma vergonha!»
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