quarta-feira, agosto 11, 2004
Vem Aí a Chuva de Meteoros das Perseidas
Todos os anos, por esta altura, a Terra passa numa região do espaço onde foram deixadas milhares de pequenas partículas quando, em 1862, um cometa (Swift-Tuttle) atravessou a parte central do Sistema Solar. Ocorre então a chuva de meteoros das Perseídas, que este ano tem um dos pontos altos esta noite.
De acordo com as mais actuais ideias acerca de como a energia solar sublima o gelo de gases e poeiras das camadas exteriores dos cometas, muitas toneladas desse material formaram um longo e largo rasto atrás do corpo principal - o núcleo do cometa -cuja forma é geralmente de uma batata alongada, que pode atingir dezenas de quilómetros.
Admite-se que durante a passagem nas proximidades do Sol as camadas periféricas dos cometas vão ficando mais "ricas" em poeiras (numa espécie de papa), devido à perdas dos gases. Estes são ejectados de forma não contínua, produzindo jactos que, para além de poderem influir ligeiramente na trajectória do cometa, arrastam poeiras que ficam distribuídas no espaço de forma irregular, pelo que o rasto possuirá regiões de maior ou menor densidade.
Isso explicaria o facto de em cada passagem da Terra pela "nuvem de poeiras" o nosso planeta encontrar um número diferente de meteoróides (o nome dado a todas as partículas que vogam no espaço) e poder mesmo, em cada passagem, verificarem-se momentos em que praticamente não se vêem, intercalados com dois ou mais períodos de maior intensidade.
Alguns desses períodos podem ocorrer durante o dia, significando isso que não serão observáveis. No entanto, há métodos de dar pela travessia das partículas através da atmosfera terrestre dado que a energia térmica provoca ionização de alguns átomos cujas emissões se traduzem num efeito detectado pelos radioamadores.
in Público
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