O que é que a sua intuição lhe diz hoje sobre o rumo da comunicação?
No caso português, vai para uma publicidade cada vez mais online e a contar histórias. Vai para formatos mais baseados na emoção, em plataformas que aproximem as marcas das pessoas. Vai para aí e espero que não demore a chegar lá.Já está mais do que na hora de sair de um modelo baseado numa comunicação fria, centrada no preço.
A nível internacional, onde é que actualmente posiciona o nível dos criativos portugueses? Perdemos terreno nos últimos anos? Mantivémos? Ganhámos?
Um mercado criativo não se faz do dia para a noite. É preciso garimpar talentos, trabalhar na sua formação, dar espaço para que cresçam. Desde os anos 90 que Portugal faz, às vezes mais, às vezes menos, esse trabalho. Muitos dos jovens que formei estão hoje ocupando lugares cimeiros nas hierarquias de grandes empresas portuguesas e de outros países.Não alinho na visão choninhas de que para ser valorizado o profissional tem que sair, nem na de que as nossas melhores cabeças estão lá fora. Temos excelentes criativos portugueses (ou aqui formados) dentro e fora de fronteiras.