terça-feira, julho 28, 2015

the man with the words


"Like Marie Antoinette said to Louis XVI, "Man, I think we're going down. Our chances are slim and none, and I'm afraid slim just left town."


Ben Harper - Say You Will

sexta-feira, julho 17, 2015

o silêncio deixa-me ileso

o silêncio está cada vez menos na moda. entre tv (não incluo a música porque chega a parecer/saber a silêncio em certas alturas), youtube, redes sociais, colegas de trabalho barulhentos, o rude-ruído diário da cidade e notificações várias (nossas ou dos gadgets dos outros), quantos minutos passam de silêncio verdadeiro? às vezes sabe bem ouvir o silêncio. há um momento, à noite, em que desligo a tv ou o computador e 'ouço' o silêncio. uma bela sensação, inesperada, curiosamente. andar pela cidade depois da meia noite também chega a trazer momentos desses... que chegam a ser bizarros. a cidade à noite é bem mais silenciosa e 'morta' de seres vivos do que o campo, onde os sons da natureza são um 'silêncio' bom que experienciei boa parte da vida 'on a daily (and existential crisis) basis'. boa noite. amanhã entro na idade média, por Óbidos a dentro. desejem-me sorte na viagem no tempo.

domingo, julho 12, 2015

erros históricos

"Ainda hoje os economistas discutem se as reparações impostas à Alemanha [após a I Grande Guerra, motivadas essencialmente pelo desejo de vingança do primeiro-ministro francês Georges Clemenceau] seriam excessivas e se o seu pagamento integral conduziria inevitavelmente ao colapso da economia alemã. Mas, o que é indesmentível é que o povo alemão as sentia como excessivas e injustas e isso contribuiu decisivamente para que dirigissem as suas simpatias e o seu voto para um líder que fez campanha com o slogan “Não pagamos!”. Chamava-se Adolf Hitler e, efectivamente, cancelou os pagamentos das reparações assim que se tornou chanceler. Os pagamentos só seriam reatados muito mais tarde – o derradeiro foi realizado a 3 de Outubro de 2010, 92 anos após o término das hostilidades."

"A II Guerra Mundial foi um momento tão monstruoso, e o seu novelo de crimes, represálias e contra-represálias é tão emaranhado, que qualquer tentativa de ajuste de contas redundará necessariamente em fracasso e despertará um enxame maligno de ódios e recriminações."


in Observador (Uma factura detalhada para Merkel)

terça-feira, julho 07, 2015

quando brincamos somos criativos

"Quando brincamos somos criativos. Essa área tem de ser separada da vida real. Não podemos brincar na vida real, porque há sempre coisas para fazer. Há telefonemas, obrigações. Portanto, a arte de nos colocarmos no "modo aberto" depende de criar uma área onde possamos brincar. Temos de fazer duas coisas: criar fronteiras de espaço, para não sermos interrompidos, e fronteiras de tempo, para sabermos que começa agora e acaba dentro de um determinado número de horas. Durante esse período, livramo-nos da vida quotidiana. Percebes onde quero chegar? Daí teres falado em imaturidade. O que há de maravilhoso em sermos crianças é o facto de podermos brincar durante tanto tempo, porque os nossos pais estão a tomar conta de tudo o que tem a ver com o resto da vida. Não temos de pensar na nossa refeição. Eles estão a tratar disso. Por isso, como adultos, temos de criar essa área na qual podemos brincar e fugir das preocupações do mundo." -- John Cleese