sábado, fevereiro 21, 2015

a Selma de Martin Luther King


Pode ter alguns clichés e abordar um tema que já foi várias vezes retratado no cinema, mas Selma coloca-nos numa das alturas mais importantes dos direitos civis norte-americanos, na perspectiva de um dos heróis mais importantes na igualdade entre seres humanos nos EUA: Martin Luther King.
Uma história sobre decência humana. Sobre os valores básicos e a forma como se pode e deve combater aqueles que os espezinham persistindo.

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Um dos oito candidatos ao Óscar de Melhor Filme é este Selma: a dura luta pelos direitos civis no Alabama em 1965. 

Os direitos civis norte-americanos já foram retratados noutros filmes de Hollywood mas Selma – sobre a histórica marcha de 1965 na pequena localidade do Alabama – oferece uma visão cativante e emotiva, sobre a dor e a crueldade de uma espécie de guerra civil no sul dos EUA tendo como protagonista Martin Luther King Jr.. A realizadora Ava DuVernay mostra-nos sem paternalismos um Luther King multidimensional com defeitos e virtudes (o sonho pela igualdade) e permite-nos refletir sobre o quanto a humanidade já evoluiu desde 1965. A ajudá-la tem uma notável interpretação do britânico David Oyelowo.

O filme produzido por personalidades como Oprah (também entra como atriz) e Brad Pitt é a história de um movimento liderado por Luther King, num ambiente tenso e complexo, pela defesa do direito ao voto da comunidade negra no Alabama. 

Depois de um primeiro protesto que acaba em violência sem limites e morte, Luther King organiza uma marcha de milhares de pessoas, vindas de todo o país, contra as autoridades locais e que acabou por obrigar o presidente norte-americano (desempenhado por Tom Wilkinson) a permitir uma das maiores vitórias dos direitos civis norte-americanos.
Uma história sobre a persistente luta pela decência humana.

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