quarta-feira, junho 20, 2012

passagem pelas flores


  • Existem dois carros por casa na Ilha das Flores, (quase) todos são em segunda mão, até porque na Ilha não dá para fazer a rodagem de forma decente. 
  • Nas Flores dizem que existem 70 mulheres para cada 30 homens. Não me parece que seja tanto, mas os florentinos dizem que são eles a terem várias hipóteses de escolha...
     
  •  Os habitantes das Flores são os florentinos. Saudações florentinas!
  •  As Flores à noite são uma explosão de sons da natureza - grilos, o que parecem ser garças, pardais, painhos-de-monteiro, garajaus...) -, no meio de uma escuridão intensa com muito poucas luzes a iluminar os caminhos. Só existem candeeiros junto a algumas casas; no resto da estrada é pura escuridão e... ravinas. Mas o mais engraçado é conseguir ver com muita facilidade as luzes do Corvo, lá ao fundo. Hoje o ar é quente, está-se bem cá fora e ouve-se tão bem o Atlântico, turbulento, sonoro, rebelde. Incrível como até nem está muito vento aqui em Santa Cruz das Flores. Nem parece que estamos no meio do Atlântico e já em plena placa tectónica norte-americana.
  • Dizem que é frequente ficar-se retido nas Flores uma semana devido ao mau tempo... A aterragem meteu muito respeito, must I say. E apesar de estar sol, de vez em quando chove... Uns 5 segundos, depois pára. É um conceito novo de aguaceiros.
     
    • A maior população florentina é a dos coelhos. Um dos passatempos que podemos fazer enquanto nos deslocamos entre as vilas da ilha é contar os inúmeros coelhos que fogem da estrada (espera-se que a tempo) à nossa passagem. São pequenos e fofos, mas rápidos e fugidios.
    • A pecuária e exportação de gado é um dos principais negócios da ilha. As muitas vacas florentinas têm de se aguentar nas muitas colinas da ilha. Decoram a paisagem, com as suas cores castanha, branca, branca e preta. Também há ovelhas e cabras.
     
  • É uma sensação estranha mas ao mesmo tempo agradável estar em Portugal, mas no meio do Atlântico. A Internet (que na Flores é bastante lenta porque NÃO HÁ FIBRA ÓPTICA) veio aproximar o país, como a televisão já o tinha feito há umas décadas. Aqui também não há rede da Optimus.