sexta-feira, novembro 02, 2012

the powerful play goes on

«We don't read and write poetry because it's cute. We read and write poetry because we are members of the human race. And the human race is filled with passion. Medicine, law, business these are all noble pursuits necessary to sustain life. But poetry, beauty, romance, and love; these are what we stay alive for.

To quote from Whitman "Oh me, Oh life of the question of these recurring. of the endless trains of the faithless of cities filled with the foolish. What good amid these? Oh me, Oh life." "Answer...that you are here and life exists....You are here. Life exists, and identity. The powerful play goes on and you may contribute a verse." The powerful play goes on and you may contribute a verse. What will your verse be?»

terça-feira, outubro 02, 2012

what a beautiful mind

what a beautiful night 

have a good bite of life


sexta-feira, setembro 07, 2012

hoje parece que dei um trambolhão da lua

há dias que nos deixam esgotados, sem energia para além da necessária para as funções mais imediatas. estes dois últimos dias foram assim. graças ao passar dos dias amanhã é sexta-feira e já deve dar para recuperar.

segunda-feira, agosto 20, 2012

uma história portuguesa, com certeza



Quem foi Vímara Peres?
A minha passagem pela Galiza este Verão levou-me a descobrir que foi este senhor galego quem usou pela primeira vez o nome Portucale para se referir à zona a sul do Rio Minho. Conquistou o Porto (Portucale) aos mouros com a ajuda de cavaleiros locais e foi o primeiro conde de Portucale (na altura já se estendia para lá do rio Douro), que gozava de alguma autonomia do reino da Galiza. Vímara Peres governou a partir da cidade (burgo) que ele próprio fundou e que tem o seu nome: Vimaranis (Guimarães!) Daí que quem viva em Guimarães seja 'vimarenense', ainda hoje, 1144 anos depois.
A sua descendência governou o condado (Portucale) por mais de 200 anos! Depois esse mesmo condado foi tomado por Afonso VI de Leão e Castela e oferecido a D. Henrique, pai de D. Afonso Henriques.




Assim, acaba por ser um português bem importante na história portuguesa, tal como foi um tal de Egas Moniz, (não confundir com o prémio Nobel português do século XX) o homem nascido e criado em Entre-Douro-e-Minho que educou D. Afonso Henriques e lhe incutiu os valores e pretensões dos locais do Condado Portucalense.
Existe uma história muito peculiar sobre este português que transmitiu ao jovem rebelde e carismático Afonso Henriques os desejos e tendências autonomistas antigas do condado Portucalense:

Pouco depois da batalha de São Mamede, em que Afonso Henriques vence a sua mãe e dá um passo gigante na independência de Portucale, Afonso VII vai por cerco a Guimarães, então sede política do condado, e exige um juramento de vassalagem a seu primo Afonso Henriques; Egas Moniz dirigiu-se ao imperador, comunicando-lhe que o primo aceitava a submissão.
Contudo, depois de deslocar a sua capital para Coimbra (1131), Afonso Henriques sente-se com força para destruir os laços que o ligavam a Afonso VII; faz-lhe guerra e invade a Galiza, travando-se a batalha de Cerneja (1137), da qual saem vitoriosos os portucalenses.

Como Afonso Henriques não cumpriu o acordado por seu aio, Egas Moniz, segundo reza a lenda, ao saber do sucedido, deslocou-se a Toledo, a capital imperial, descalço e com um baraço ao pescoço. Acompanhado da sua esposa e filhos, colocou ao dispor do imperador a sua vida e a dos seus, como penhor pela manutenção do juramento de fidelidade de nove anos antes. Diz-se que o imperador, comovido com tanta honra, o perdoou e mandou em paz de volta a Portucale. Esta parte da vida de Egas Moniz é recontada por Camões no Canto III dos Lusíadas (estrofes 35-40). Wikipedia





Outros nomes curiosos que fiquei a conhecer: Sesnando Davides, um moçárabe (cristão a viver em território árabe) que foi capturado pelo reino de Leão e Castela e passou-se para o lado cristão, acabando por ajudar na reconquista Cristã,  nas negociações com os árabes e foi tornado governador da zona de Coimbra (está inclusivamente enterrado na Sé Velha de Coimbra), mantendo uma paz muito rara com os chefes árabes das redondezas.
Morreu antes de D. Afonso Henriques nascer, em 1109, e governou sem ligação ao condado Portucale da altura, desde 1064 (quando Coimbra foi conquistada aos mouros) até 1091.

"Foi o responsável pela construção ou reconstrução de diversos castelos entre os quais se destacam o de Castelo de Coimbra, o Castelo da Lousã, o Castelo de Montemor-o-Velho, o Castelo de Penacova e o Castelo de Penela." Wikipedia.
"Foi o responsável não apenas pela pacificação e defesa do território, mas principalmente pela sua reorganização, tornando Coimbra um centro florescente, onde a cultura moçárabe viria a conhecer o seu canto de cisne." Wikipedia.




Uma das coisas peculiares nesta procura pela história passada é ver como os cristãos viviam bem e integrados no território muçulmano e "pegavam" muitos dos seus hábitos evoluídos, na organização das cidades. Daí que tivessem essa designação, de moçárabes, até porque a língua também era influenciada.
A própria língua galego-portuguesa (como se chamava nos primórdios da sua existência conhecida, a partir do século XII) tinha um pouco de influência árabe, mas acima de tudo era um misto de latim (trazido pelos romanos) e dialectos locais da zona da Galiza e do sul do Oeste da península (a zona de Portugal, portanto).
Ir à Galiza é perceber essa ligação forte, não só pela forma de ser dos galegos, diferentes de outros "reinos" de Espanha, mas também pela língua. O galego é português antigo, ou melhor, é galego-português. E isso vê-se por todo o lado e é esmagador para um 'tuga' que goste de história e lá vá, como eu fui.

domingo, agosto 19, 2012

o que é demais é moléstia... 'mister' jesus

Os bons e os óptimos. Há uma linha que separa os treinadores de topo e Jorge Jesus. Olhamos para o Real Madrid, para o Man. United, ou mesmo para o Bayern Munique e uma situação como a de Melgarejo... começar a titular no primeiro jogo da época, seria impensável. Não se pode arriscar nesses clubes de forma tão perigosa. A teimosia não pega (lembro-me da teimosia de Jesus em deixar o Roberto dar fífias seguidas em jogos a fio, da teimosia de por o Cardozo a marcar penáltis, da teimosia de por na esquerda o Bruno César e deixar no banco o melhor marcador com menos minutos da época passada: Nolito, da teimosia de jogar com 2 avançados).
Diz-se que Mourinho elogiou Jesus pela adaptação de Melgarejo a lateral. O elogio não invalida que Mourinho nunca arriscaria em colocá-lo a titular desta forma, até porque um erro poderia ter efeitos nefastos para o jogador. Viu-se isso esta época.

Psicologia do futebol. O jogo de hoje tinha ainda uma condicionante incrivelmente importante que, parece, Jorge Jesus voltou a esquecer. Nas últimas sete épocas (3 das quais com Jorge Jesus ao leme), o Benfica não venceu uma única vez a primeira jornada do campeonato.
As sete épocas sem vencer nesse primeiro jogo têm um registo curioso nos títulos obtidos.1 título nacional. Foi em 2009/10, a primeira época de Jesus no Benfica (já parece uma miragem) e conjugaram-se alguns factores incríveis e, ainda assim, o Benfica teve ir à negra na última jornada para evitar o título do Sp. Braga.
Os factores extraordinários foram a conjugação de dois jogadores nas alas únicos no mundo: o mais ofensivo (e actual jóia do Real Madrid, campeão espanhol em título) Di María e o mais defensivo (incansável, resistente, rápido, ofensivo quando quer) Ramires (jóia do Chelsea, campeão europeu em título).
Outro dos factores extraordinários (e muito relevante) foi o desgaste claro de Jesualdo Ferreira no FC Porto, numa época em que teve de lidar com a perda dos esteios/motores da equipa, Lucho e Lisandro.

Hoje, frente ao Sp. Braga, no jogo de estreia de José Peseiro nos minhotos e em pleno Estádio da Luz, o Benfica voltou a não vencer na 1ª jornada do campeonato. São oito anos/épocas sem vencer! Oito! É um registo incrível para um dos favoritos à vitória em qualquer Liga no mundo.

Qualquer 'José Mourinho' (treinador de topo) no mundo, iria fazer deste jogo o mais importante da época, valorizando-o, incentivando e pressionando os jogadores para a necessidade de acabar com uma malapata tão negativa e relevante (começar um campeonato atrás dos rivais é sempre mau sinal, especialmente quando é o habitual ano após ano). Isso ia-se ver em campo, com os jogadores a jogarem o dobro, isso ia-se ver em campo com o treinador a correr o mínimo de riscos possível. Jogaria a lateral esquerdo alguém rotinado com a posição e seguro, nem que fosse o Emerson (que ainda pertence ao Benfica mas está afastado), nunca se iria apostar numa táctica pouco testada/rotinada e que desprotege o meio campo, como o uso de dois avançados (Rodrigo/Cardozo) em vez do médio criativo (Carlos Martins ou Aimar).

O que é demais é moléstia. São pequenas grandes coisas que fazem a diferença. Para além do facto de já ser habitual o FC Porto ganhar todos os anos o campeonato, Jorge Jesus parece destinado em reduzir as hipóteses da sua equipa registando mais um desaire à malapata que cumpre o seu oitavo ano.
Só que este ano não há Di María, nem Ramires, nem o FC Porto perdeu o motor do meio campo e o esteio do ataque (mesmo que perca Hulk já tem alternativas credíveis com James Rodríguez rotinado em ser Incrível).

Dizem que Vítor Pereira é um treinador mediano e fraco. O senhor de Espinho pode ser fraco e não ter "inventado" Coentrão a lateral, feito render bons jogadores como Di María ou Witsel, mas tem menos tendência para inventar e deixar que o seu ego, teimosia, embirração com certos jogadores (paixões exageradas por outros) e mania da grandeza (antes da grandeza se verificar, existir ou chegar) atrapalhe em demasia. Num campeonato como o nosso, não estragar o que está bem, especialmente quando se treina o FC Porto, é uma virtude de dá títulos.

PS: Na época a seguir a ser campeão pelo Benfica, 2010/11, Jorge Jesus foi para a Supertaça frente ao FC Porto com a confiança no máximo, inventou à grande e à francesa e o FCP do sedento André Villas-Boas jogou com uma vontade inesgotável como se fosse o jogo mais importante das suas vidas (até porque AVB sabe bem a importância desse primeiro momento frente a um rival). Resultado? O FC Porto venceu a Supertaça por 2-0 e vergou o Benfica nesse jogo. O Benfica perdeu 3 dos 4 primeiros jogos da Liga!!! O FC Porto goleou o Benfica por 5-0 três meses depois, no campeonato, no Dragão e ganhou confiança para Janeiro e Fevereiro, quando jogou mal como tudo mas continuou a vencer. O Benfica saiu chamuscado no resto da época e terminou em 2.º... só que a 21 pontos do campeão FCP.
Jesus tem competência e muitos méritos, mas tem graves problemas na falta de capacidade em aprender com os seus próprios erros. E isso leva a que nos momentos chave, fracasse. De que vale a um clube como o Benfica golear por 5-0 durante oito jogos seguidos, se não consegue vencer os jogos principais com o rival número um, se não consegue vencer uma única vez a primeira jornada de uma Liga, se não consegue aguentar-se depois de um desaire e vencer, mesmo que a custo, o jogo seguinte?
O Benfica de Jesus empata pouco, 'prefere' perder. O Benfica de Jesus não costuma deixar um desaire sozinho. Se perde um jogo, empata o próximo ou perde os próximos dois. Ou seja, de que vale marcar muitos golos, estar 10 jogos só com vitórias, se depois segue-se um ciclo de três derrotas?

Resumindo, ao Jorge Jesus falta um bocadinho assim para ser um treinador de topo, mas esse bocadinho assim faz toda a diferença, especialmente porque não treina um clube único no mundo (onde os puxões de orelha do presidente ao treinador valem títulos no final da época), o FCP.

sábado, julho 14, 2012

god and his job

Um iPhone (criado por Steve Jobs) é imaginado, pensado, desenhado, concretizado pelas pessoas que compõem a Apple. Um ser humano (que pode, ou não, ter sido criado pela entidade a que dão o nome de Deus) é feito por outros seres humanos de uma forma espontânea e natural, não imaginada, projectada, desenhada ou concretizada conscientemente (a única concretização consciente é, eventualmente, o acto sexual que permite a criação de um corpo, espera-se, com vida).
Podemos reclamar com a Apple que o produto que eles fizeram tem defeito ou deixou de funcionar, não podemos pedir satisfações a ninguém (com um escritório ou oficina de reparação) que o nosso corpo deixou de funcionar. Os centros de medicina convencional não são bem oficinas de reparação da marca, da Apple, por exemplo, onde se não houver arranjo (e se estiver dentro da garantia) até nos dão um novo aparelho GRATUITO, com tudo o que tínhamos lá dentro intacto e novamente pronto a ser usado, tal como o tínhamos deixado quando parou de funcionar.
Os hospitais são sítios onde se faz o possível, se tenta remendar, colocar umas peças. Mas lá não podemos pedir satisfações: "então, o meu corpo deixou de funcionar, quero um corpo novo o meu dinheiro de volta" - até porque o nosso corpo não teve um custo, não houve nenhuma troca (exceptuando a de fluídos) que tenha permitido que ele tenha ficado na nossa posse.
Quer-me parecer que Deus (se o Senhor existe), tem muito a aprender com a Apple. E acho que Steve Jobs, se ainda fosse vivo e pudesse, pelo facto de estar vivo e ter as suas capacidades intactas, emitir opiniões, concordaria comigo. Claro que o sistema de nascimentos humanos, tal como existe hoje, também poderia ser repensado. É que iríamos deixar de caber todos na Terra muito depressa. Outra solução seria ocupar outros planetas - há muitos, desertos e com espaço a perder de vista! - e disseminar assim os humanos por sítios mais... desocupados.
De tempos em tempos, tal como a Apple, fazíamos upgrade - mantendo a nossa CONSCIÊNCIA e definições anteriores - para um modelo mais recente, com uns olhos que vêem mais ao longe, conseguem ver no escuro e até conseguem ver no interior da roupa das senhoras. Com capacidade de processamento mais evoluída, para podermos levar o lixo à rua, lavar a louça ou passear o cão em milésimos de segundo.
Esta noite vou SONHAR com um mundo assim. Depois conto como correu, ou então podem ver o filme, numa sala de cinema perto de vocês - se ainda forem vivos na altura.

Enfim. Fim.

alive is optimus

olho para o meu corpo com cada vez maior admiração. não são os músculos que estão mais tonificados ou a beleza que cresce a cada dia que passa - bem pelo contrário, cresce a gordura (vidas sedentárias) e a juventude vai fugindo. é o meu corpo que me permite Ser. já funcionou melhor, é certo, mas permite respirar e agir, reagir, comunicar e experienciar.
quando era miúdo, agora já posso dizer, há umas décadas atrás, achava que aquele (sim, porque entretanto cresceu e mudou em certa medida) era o MEU corpo. havia um misto de sentimento de posse, por um lado, sentimento de descoberta, por outro. as primeiras feridas eram o fim do mundo. chegava a perguntar à minha mãe se ia morrer com aquele arranhão no joelho - na altura parecia-me uma pergunta perfeitamente lógica, ora, se estava a sair sangue, quem me garantia que essa perda não seria irreparável.
nada como o passar do tempo e a experiência repetida para deixar esses receios para trás e passarmos a ser arrogantes com o nosso corpo e a tomá-lo por adquirido.
nessa altura, quando era miúdo, quando fui para a Primária e conheci a minha primeira professora, a Dona Esperança - cujo corpo já deixou de ter vida, há uns anos (fui ao funeral dela) -, tinha a certeza que o corpo me pertencia e portanto podia fazer com ele o que bem me apetecesse. ia testando os limites, os saltos, a força, era um corpo em crescimento, pronto para ser testado e magoado sempre que os testes iam longe demais - a minha testa e joelhos que o digam.
hoje vejo o corpo de forma diferente. sim, podemos fazer com ele o que nos dá na gana, tatuagens, marcá-lo para a vida, cicatrizes de aventuras, acidentes e tristezas, cirurgia plástica. tudo é permitido, nada nos diz que ele não nos pertence. MAS o corpo que usamos não nos pertence. é um veículo que usamos para ter vida, para respirarmos, funcionarmos, comunicarmos, agirmos e reagirmos, mas não é nosso. não é nosso porque a partir do momento em que deixa de funcionar bem, começa a ter problemas e entramos em modo GAME OVER deixamos de o possuir. deixamos de ter vida.
tudo está concentrado no cérebro, sem cérebro, o coração pode continuar a bater mas a vida consciente já não mora ali - chamam-lhe a morte cerebral, mas é morte. o que é a morte? a piada é que é o contrário de estar vivo. mas é. não é piada. e é coisa tão divertida quanto séria. tão assustadora quanto inevitável - segundo sabemos - e insignificante. algo que acontece a todos só pode ser insignificante. no entanto é assustadoramente real e irreparável. não há volta atrás. não há segundas oportunidades, quando ficamos sem vida, ou voltamos dentro de uns instantes breves, ou vamos manter-nos assim para sempre. e o sempre - esse estado permanente - tem muita força, tanta quanto "o que tem de ser tem muita força".
o corpo é descartável. como a máquina fotográfica que se usava há uns anos atrás. é usar e deitar fora - curiosamente nunca é o morto que se vê livre do seu próprio corpo. e convém mesmo deitar fora porque os corpos "infestam o bar". sem vida? pode-se usar partes para ajudar outros, mas a vida que havia ali foi-se. acabou. o definitivo é muito forte e, neste caso, cria uma aura de mistério para nós, seres humanos.
tenho de utilizar este meu corpo para fazer umas coisas, porque depois deixo de existir. posso ir amealhando coisas, muitas coisas, bens, carros, casas, riquezas, relógios, roupas, opiniões, preferências, crónicas, textos, livros, ideias, segredos, tristezas, alegrias. mas quando deixo de existir deixo tudo para trás, para outros, os vivos. e o que não deixo à mostra, o que pensei fazer mas nunca fiz, perde-se para a eternidade - o tal sempre, definitivo.
daí que o corpo é, de facto (com 'c'), um veículo, uma máquina orgânica que usamos, como usamos o carro para ir do ponto A (Algueirão) ao ponto B (Benfica, a localidade) ou a máquina fotográfica para tirar as fotografias que é possível tirar e depois deitamos fora. o que faz o corpo ser um veículo é esta coisa que se pode chamar CONSCIÊNCIA, ou inteligência, ou raciocínio, ou capacidade de comunicação e/ou compreensão. há quem lhe chama alma e acredite com todo o seu ser que existe um HADES (um mundo metafísico) para além do corpo (a funcionar), para além da vida. há quem acredite que nesse hades há o hades bom (céu/paraíso) e o hades para os maus (inferno). acreditar é uma daquelas coisas que fazemos quando estamos vivos. e como pessoa viva sou daqueles que espera para ver. acredito. acredito que não sei se acredito ou se não acredito num HADES.
é um tema tão antigo quanto a humanidade. essa humanidade que percebeu: "porra, quando o gajo morre não vive mais depois disso, pelo menos neste corpo que achamos que é nosso". desde essa primeira constatação que se criaram crenças no sobrenatural, no divino, no 'não presente' perante os nossos sentidos. há relatos suficientes para haver quem acredite em todo o tipo de possibilidades. que se saiba, cientificamente, não há relatos/elementos/provas suficientes para provar para lá da mínima dúvida a existência desse HADES. estamos certos que existimos porque os nossos sentidos, os que o nosso belo corpo providencia, nos mostram que existimos.
através do tacto (com 'c'), visão, olfacto (com 'c'), cheiro... experienciamos o planeta Terra e muito do que vem nele (incluindo o elementos, os vegetais e animais - como os humanos) e ainda o Sol, Lua e estrelas longínquas que o iluminam e influenciam (o planeta e a nós, por acréscimo). 
há dias em que ficamos na dúvida se não será tudo um sonho, como um filme de David Fincher ou David Lynch, mas vamos confiando nos sentidos do 'velho' e durante alguns anos honesto corpo.

os robots nunca ficam fragilizados com o seu fim, pelo menos nos filmes. vão desligar a ficha? acabou? faz tudo parte do processo. pode-se procurar ficar mais tempo em actividade, mas se não houver outra hipótese, resta acolher a inevitabilidade tal como ela é, inevitável.
posto isto, resta-me terminar com uma confissão muito humana. a morte IRRITA-ME. irrita-me porque não a compreendo. entendo que tudo tem um fim. entendo que o corpo não dura para sempre - até porque até ao momento (peço desculpa pelos dois 'até') a ciência/medicina ainda não encontrou forma credível de transportar um cérebro em funcionamento para um outro corpo (mecânico) que dure muito mais do que os 70-115 anos limite para todos os humanos (o limite, que se saiba, foi atingido por Jeanne-Louise Calment que cumpriu 122 anos de vida e perdeu-a, a vida, em 1997).
o que me irrita na morte é saber que a minha consciência e experiência - em conjunto - vai, de facto, deixar de existir, pelo menos considerando que o cérebro não tem nada de metafísico e não irá 'subir' ao HADES. lembro-me quando o meu bisavô Abílio morreu, de ter esperado por um sinal dele. um vislumbre de que havia existência além da morte. pedi-lhe. quis acreditar. e tive respostas - barulhos e coisas que caíram. infelizmente (ou felizmente, não sei) nada que me fizesse acreditar que eram sinais dele. o peculiar é que há muitos mais mortos do que vivos. ou se calhar não. só há vivos. porque quando se morre, pelo menos o corpo passa a ser "ashes to ashes, dust to dust" - parte do vasto espólio do que não vive. boa noite e, mantenham-se vivos.







os cães ladram e a caravana passa

Não existem crónicas nos jornais a pensar sobre a vida, o que importa, o que nos move e deve mover, o que nos motiva e deve motivar. Os jornais/telejornais são cada vez mais palcos de notícias espectáculo sobre ou temas sumarentos, ou vinganças mesquinhas e onde o rigor e os princípios base do jornalismo à muito deixaram o edifício destas redacções cada vez mais pequenas, longínquas (da acção, da realidade, da reportagem) e, diga-se, tristes. As notícias/jornalistas, como os cronistas, estão reféns da sua profissão. Têm algo a perder, nem que seja a fama ou as palmadinhas nas costas (ou os Likes), por isso deixam-se levar pelo espectáculo, pelos fait divers e pelos clichés que viram moda e de que toda a gente quer ouvir falar, quer ouvir gozar. Os cronistas/jornalistas que discordam, já desistiram e refugiam-se falando nos temas da forma mais ligeira que conseguem.
O palco pode ser cruel, portanto vamos todos ser cordeiros e seguir as modas para não perdermos o pouco que achamos que temos. No fim de contas, os dias passam e os cordeiros disfarçados de cães vão seguindo a caravana.

quarta-feira, junho 20, 2012

passagem pelas flores


  • Existem dois carros por casa na Ilha das Flores, (quase) todos são em segunda mão, até porque na Ilha não dá para fazer a rodagem de forma decente. 
  • Nas Flores dizem que existem 70 mulheres para cada 30 homens. Não me parece que seja tanto, mas os florentinos dizem que são eles a terem várias hipóteses de escolha...
     
  •  Os habitantes das Flores são os florentinos. Saudações florentinas!
  •  As Flores à noite são uma explosão de sons da natureza - grilos, o que parecem ser garças, pardais, painhos-de-monteiro, garajaus...) -, no meio de uma escuridão intensa com muito poucas luzes a iluminar os caminhos. Só existem candeeiros junto a algumas casas; no resto da estrada é pura escuridão e... ravinas. Mas o mais engraçado é conseguir ver com muita facilidade as luzes do Corvo, lá ao fundo. Hoje o ar é quente, está-se bem cá fora e ouve-se tão bem o Atlântico, turbulento, sonoro, rebelde. Incrível como até nem está muito vento aqui em Santa Cruz das Flores. Nem parece que estamos no meio do Atlântico e já em plena placa tectónica norte-americana.
  • Dizem que é frequente ficar-se retido nas Flores uma semana devido ao mau tempo... A aterragem meteu muito respeito, must I say. E apesar de estar sol, de vez em quando chove... Uns 5 segundos, depois pára. É um conceito novo de aguaceiros.
     
    • A maior população florentina é a dos coelhos. Um dos passatempos que podemos fazer enquanto nos deslocamos entre as vilas da ilha é contar os inúmeros coelhos que fogem da estrada (espera-se que a tempo) à nossa passagem. São pequenos e fofos, mas rápidos e fugidios.
    • A pecuária e exportação de gado é um dos principais negócios da ilha. As muitas vacas florentinas têm de se aguentar nas muitas colinas da ilha. Decoram a paisagem, com as suas cores castanha, branca, branca e preta. Também há ovelhas e cabras.
     
  • É uma sensação estranha mas ao mesmo tempo agradável estar em Portugal, mas no meio do Atlântico. A Internet (que na Flores é bastante lenta porque NÃO HÁ FIBRA ÓPTICA) veio aproximar o país, como a televisão já o tinha feito há umas décadas. Aqui também não há rede da Optimus. 
     
     

quarta-feira, maio 16, 2012

proud portuguese


Genuinamente a torcer por Portugal.
(e não me refiro necessariamente ao Europeu de futebol)

terça-feira, maio 15, 2012

vida na redondinha



O planeta Terra, a 4 de Janeiro de 2012. 

Ali há vida, diversa, complexa, pensante (em demasia), repleta de convenções e populações.

bom e mau, há uma linha que os separa

Quando vejo o Top Gear USA, percebo um pouco mais de que não basta ser belo ou competente em televisão, temos de ser genuínos e sinceros no que fazemos e conseguir "quebrar o gelo" da forma mais natural possível. Por isso, o Top Gear USA é "a big bollocks" e o Top Gear original continua a ser tão único e especial (embora tenha os seus momentos).
 

a sério, paul?



Paul McCartney: I got blamed for The Beatles breaking up, which wasn’t actually true.

people lie, they do, a lot

Um médico, hoje ao almoço, diz-me
- Os doentes mentem, as pessoas mentem, constantemente.

Ao que eu respondo:
- O Dr. House já diz isso há muitos anos....

constatações sociais

PORTUGAL.
Um país a precisar de hibernação. Ou isso, ou de umas drogas leves.

terça-feira, maio 08, 2012

oh captain my captain

Entrevista a Robin Williams em 2009, Los Angeles, a propósito do filme Old Dogs.

segunda-feira, abril 09, 2012

marilyn blows cannes


Festival de Cannes 2012, com um cartaz dos anos 1950.

on this day 9 april

Os dias servem para nos orientarmos e recordarmos. Por isso, hoje é Remembrance Day. Ora vejamos algumas coisas que aconteceram a 9 de Abril (do que se sabe desde que a contagem começou a ser feita desta forma):

9 de Abril é o 99º dia do ano no calendário gregoriano (100º em anos bissextos). Faltam 266 para acabar o ano.
  • 715 Constantine ends his reign as Catholic Pope 
  • 1241 - Batalha de Legnica, vitória mongol sobre os exércitos poloneses e alemães.
  •  1667 1st public art exhibition (Palais-Royale, Paris) 
  • 1721 - Um terramoto causa 250 mil mortos na Pérsia. 
  • 1770 Captain James Cook discovers Botany Bay (Australia) - the portuguese were the first being there, but not claimed the discovery
  • 1831 Robert Jenkins loses an ear, starts war between Britain and Spain
  • 1860 – On his phonautograph machine, Édouard-Léon Scott de Martinville makes the oldest known recording of an audible human voice.
  • 1867Alaska purchase: Passing by a single vote, the United States Senate ratifies a treaty with Russia for the purchase of Alaska.
  • 1903 - Gregory Pincus, American endocrinologist; helped develop the birth control pill.
  • 1912 Titanic leaves Queenstown, Ireland for New York  
  • 1912 1st exhibition baseball game at Fenway Park (Red Sox vs. Harvard)
  • 1918 – World War I: The Battle of the Lys – the Portuguese Expeditionary Corps is crushed by the German forces during what is called the Spring Offensive on the Belgian region of Flanders.
  • 1940 Germany invades Norway and Denmark during WW II, Denmark surrenders 
  • 1950 Bob Hope's 1st TV appearance  
  • 1957 NASA the National Aeronautics and Space Administration introduces America's first 7 astronauts to the world
  • 1963 Winston Churchill becomes 1st honorary U.S. citizen
  • 1967 1st Boeing 737 rolls out  
  • 1968 Martin Luther King, Jr., buried in Atlanta 
  • 1969 1st flight of Concorde 002 (Filton-Bristol)  
  • 1970 Paul McCartney announces official split of Beatles 
  • 1979 Longest doubles ping-pong match of 101 hours, begins  
  • 1979 51st Academy Awards - "Deer Hunter," Jon Voight and Jane Fonda win 
  • 1991 Date of Microsoft MS DOS 5.0 
  •  20032003 invasion of Iraq: Baghdad falls to American forces;Saddam Hussein statue topples as Iraqis turn on symbols of their former leader, pulling down the statue and tearing it to pieces.

Nascimentos:

Mortes
rei Eduardo IV de Inglaterra (1483), François Rabelais, escritor francês (1553), Francis Bacon, filósofo, ensaísta e estadista inglês (1626), Sigfrid Karg-Elert, compositor alemão (1933), Frank Lloyd Wright, arquiteto norte-americano (1959) e Sindney Lumet, realizador norte-americano (2011).
 (...)

wallace, o justo

Nasceu em 1918, a 9 de Maio. Foi actor, soldado (na II Grande Guerra), jornalista (na rádio e na televisão), fez anúncios e pôs à prova líderes, tiranos, carniceiros e mitos. Distinguiu-se como jornalista do programa 60 Minutes e passou décadas no topo da informação política. Mike Wallace morreu ontem, aos 93 anos. Olhar para a história de vida dele é passar os olhos pela história contemporânea.

sábado, março 31, 2012

clean, organize, concentrate, simplificate

segunda-feira, março 26, 2012

ver um boi...


Não se vê um boi, em estradas de terra do Alentejo.

liderança fica no minho

E a brincar, a brincar, o Sp. Braga leva 13 vitórias seguidas na Liga (mais do que o Real Madrid!) e é o novo líder! Parabéns aos minhotos, do professor Marcelo ao Luís Freitas Lobo. Sábado, na Luz, será o primeiro tira-teimas do novo líder.

domingo, março 25, 2012

pornografia roscofe* nos combustíveis

Desde o início de 2004 o preço médio:
gasolina sem chumbo 95 - subiu 76,2%
gasóleo rodoviário mais do que duplicou - cresceu 110,7%
---------

2004: 
litro de gasolina - 95 cêntimos;
litro de gasóleo - 70 cêntimos.

2012:
litro de gasolina - 1,529 euros
litro de gasóleo -  1,744 euros


*  (roscofe: Que é de má qualidade, que não presta (ex.: telefone roscofe; ferramentas roscofes). = MAU, ORDINÁRIO, RELES, RUIM)

sábado, março 17, 2012

os números impossíveis da indústria

Os milhões que a indústria do entretenimento diz que a pirataria anda a roubar a tanta gente, vistos e desconstruídos de uma forma prática-
Não é preciso dizer mais, só ver o belo vídeo. (via Jonasnuts)

regularidade no sono dá saúde e faz crescer

Conselhos úteis, via Expresso.

Dez mandamentos da higiene do sono para adultos 


  1. Estabeleça um horário regular para se deitar e acordar.
  2. Se tem o hábito de fazer a sesta, não exceda os 45 minutos de sono diurno. 
  3. Evite beber álcool se se for deitar nas quatro horas seguintes. E não fume.
  4. Evite a ingestão de cafeína seis horas antes de se deitar. O mesmo é dizer: evite o café, chá, muitos dos refrigerantes existentes e o chocolate.
  5. Evite alimentos pesados, picantes ou açucarados quatro horas antes de ir dormir. Para uma ceia leve, não há contraindicações.
  6. Faça exercício com regularidade, mas não imediatamente antes de se deitar.
  7. Use roupa de cama confortável e convidativa.
  8. Mantenha o quarto bem ventilado e com uma temperatura amena.
  9. Evite todos os ruídos que o possam perturbar e elimine o máximo de luz possível.
  10. Reserve a cama para dormir e fazer sexo, evite usá-la para trabalhar ou qualquer actividade de lazer.
E se quiser saber qual é a qualidade do seu sono, faça um teste no site da Associação Portuguesa de Sono.
Durma bem!"

quinta-feira, março 15, 2012

comandar o tempo com o 'pause' & 'play'

Às vezes dou por mim com vontade de parar o tempo, mais do que é costume.

São 08h08. Vou ali tomar um duche. Quando volto a olhar para o relógio, já são 08h25.

Deviamos ter um comando para controlar o tempo. Existem actividades que são claramente extra-temporais. Chichi, cocó, banho, limpeza das fossas nasais, cortar as unhas, tirar a cera dos ouvidos, lavar a cara, mãos e afins. Isto deveria obrigar a um grande "PAUSE" na vida. Faria todo o sentido.
O problema é que a vida não é como o basquetebol, andebol ou futebol americano. A vida é como o futebol. O tempo não pára, nunca. Nem quando um jogador adversário faz fita, muito menos quando há bulha no relvado, alguém demora 10 minutos para ser substituído por um colega ou o árbitro decide marcar faltas a cada 10 segundos de jogo. O tempo não pára. A vida também é assim. E, tal como no futebol, com mais descontozito de tempo dado pelo árbitro no final, ou menos desconto de tempo, a vida acaba com todas as idas ao wc, conversas ocas, recolha e lavagem da louça, idas ao supermercado e CTT, desesperos no trânsito, limpezas da casa e do carro, tratamento de papéis, pagamentos de contas, idas à Segurança Social (Finanças e Lojas do Cidadão) A CONTAR. Tudo isso conta para a vida.

- Deus: Então, como foi a tua vida na Terra, caro humano.
- Humano: Pá, foi... Fiz chichi, cocó, tomei banho, limpei as fossas nasais, cortei as unhas, tirei a cera dos ouvidos, lavei a cara, mãos e miudezas, conversas ocas. Fui ao supermercado e CTT, tirei da mesa e lavei a louça milhões de vezes, desesperei no trânsito, limpei milhares de vezes a casa e o carro, tratei de papéis e do pagamento das contas, fui à Segurança Social (Finanças e Lojas do Cidadão) onde estive num total de 300 horas (12 dias)...
- Deus: Sinceramente, não sei para que é que criei os seres humanos.
- Humano: Das duas uma, ou dás-nos a possibilidade de pararmos o tempo para fazer estas actividades, ou deixa de ser egoísta e faz da malta toda, deuses.

quarta-feira, março 14, 2012

el teste do psicopata

O teste do psicopata.
Isto é só um teste, para ver quantas pessoas entram neste blogue (via Google) com o intuito de fazerem esse teste aparentemente tão famoso, o teste do psicopata. Muita gente por aí com coisas mal resolvidas, está visto.
Psicopatas potenciais do mundo, bem-vindos ao frescas e boas.

Aqui não fazemos distinção entre seres humanos, seja qual for a sua orientação mental.
Make others feel better. Eventually, you'll feel better too.




domingo, março 11, 2012

quando conduzir é um prazer

Bayerische Motoren Werke

oohhhhh ohhhhh



Meg Ryan, em When Harry Met Sally, com uma pequena ajuda de amigos.

sexta-feira, março 09, 2012

comparações desportivas

O Real Madrid é uma espécie de Rafael Nadal e o Barcelona uma espécie de Novak Djokovic, desde que Mourinho chegou a Madrid.

quarta-feira, fevereiro 29, 2012

can't you see the wonder at your feet




Can't you see the wonder at your feet
Your life's complete
Follow me down

Can't you see me growing, get your guns
The time has come
To follow me down

Follow me across the sea
Where milky babies seem to be
Molded, flowing revelry
With the one that set them free

Tell all the people that you see
It's just me
Follow me down

THE DOORS - TELL ALL THE PEOPLE

terça-feira, fevereiro 28, 2012

realidades naturais

É curioso como, em idade adulta, temos menos consciência de que somos tão insignificantes, na grande ordem do Universo. Vivemos no minúsculo planeta Terra, num pequeno sistema solar, um cantinho de uma galáxia que é só mais uma em milhares.
Foi preciso ir a dois museus de história natural norte-americanos (de Harvard e o Museu de História Natural de Nova Iorque) para voltar a "sentir" isso de forma tão presente. E é mesmo sentir, porque é uma sensação que se tem, da pequenez dos nossos problemas, do que somos e do que significa a nossa vida.

Mesmo assim, não vejo esta "sensação" como algo triste ou que tire importância à vida e à forma como a vivemos. É pura e simplesmente um facto, uma realidade que nos circunda (tal como o universo). Na verdade é esse universo, essa coincidência que é a forma como o planeta Terra está constituído que nos permite ter aquela coisa a que chamamos vida. E, segundo o que sabemos, o ser humano é algo muito muito especial neste universo. Até agora ainda não encontrámos satélites artificiais, nem sinais de vida inteligente nesse amplo universo.

domingo, fevereiro 05, 2012

suck out all the marrow of life

Aqui fica um resumo dos principais arrependimentos das pessoas no leito de morte, tais como foram testemunhados por Bronnie Ware, uma enfermeira australiana.

Quem me dera ter tido a coragem de viver de acordo com as minhas convicções e não de acordo com as expectativas dos outros. «Este é o arrependimento mais comum. Quando as pessoas se apercebem de que a sua vida esta a chegar ao fim e olham para trás, percebem quantos sonhos ficaram por realizar. (…) A saúde traz consigo uma liberdade de que poucos se apercebem que têm, até a perderem».

Quem me dera não ter trabalhado tanto. «Este era um arrependimento comum em todos meus pacientes masculinos. Arrependiam-se de terem perdido a infância dos filhos e de não terem desfrutado da companhia das pessoas queridas. (…) Todas as pessoas que tratei se arrependiam de terem passado muita da sua existência nos ‘meandros’ do trabalho».

Quem me dera ter tido coragem de expressar os meus sentimentos. «Muitas pessoas suprimiram os seus sentimentos, para se manterem em paz com as outras pessoas. Como resultado disso, acostumaram-se a uma existência medíocre e nunca se transformaram nas pessoas que podiam ter sido. Muitos desenvolveram doenças cujas causas foram a amargura e ressentimento que carregavam como resultado dessa forma de viver».

Quem me dera ter mantido contacto com os meus amigos. «Muitas vezes as pessoas só se apercebem dos benefícios de ter velhos amigos quando estão perto da morte e já é impossível voltar a encontrá-los. (…) Muitos ficam profundamente amargurados por não terem dedicado às amizades o tempo e esforço que mereciam. Todos sentiam a falta dos amigos quando estavam às portas da morte».

Quem me dera ter-me permitido ser feliz. «Muitos só perceberam no fim que a felicidade era uma escolha. Mantiveram-se presos a velhos padrões e hábitos antigos. (…) O medo da mudança fê-los passarem a vida a fingirem aos outros e a si mesmos serem felizes, quando, bem lá no fundo, tinham dificuldade em rir como deve ser».
via Sol

sexta-feira, fevereiro 03, 2012

contra os canhões, marchar, marchar...

É ir aqui, e assinar a petição contra o projecto de lei 118 que quer tornar a tecnologia mais cara  e assume o pressuposto que todos somos uma espécie de copiadores indignos é um acto de cidadania importante.

Já a petição contra a ACTA, a manobra por parte de alguns políticos da União Europeia para conseguirem travar a liberdade de expressão e de partilha na Internet, pode ser assinada aqui.
Espalhar a palavra é preciso. A gerência agradece.

quarta-feira, janeiro 25, 2012

vida boa... ou pelo menos longa

Loma Linda, na Califórnia; Okinawa, no Japão; a Sardenha, na Itália; e Nicoya, na Costa Rica.

O que é que estas zonas têm em comum? Todos foram nomeadas pela National Geographic como «zonas azuis» do mundo, onde um grande número dos seus habitantes chega aos 100 anos de idade devido ao modo saudável com que se vive por lá.

sexta-feira, janeiro 06, 2012

tunes in wheels

Um dos prazeres da vida: conduzir um automóvel ao som de uma melodia como esta. Carros e música, uma combinação feita no céu.



The Doors - Love Street

domingo, janeiro 01, 2012

oh my god, they killed kenny



32 500 000 000 000 000 é o número de insectos que encontraram a morte durante 2011 na frente de carros só nos Estados Unidos.
(via Top Gear)

o planeta

Unforgettable journey

Há beleza no mundo, diz-nos a National Geographic numa bela reunião de fotos tiradas em 2011, e nós acreditamos. 
O lema da National Geo é:

Inspiring people to care about the planet since 1888

tomates

À primeira estranha-se, depois entranha-se. O discurso de Miguel Gonçalves (pessoa que não conheço de lado nenhum) no TEDx Youth Braga, começa por soar a piada, mas depois torna-se em algo moralizador e entusiasmante sobre ser empreendedor, português, ser humano com vontade de viver e arriscar. Parabéns Miguel Gonçalves e, obrigado.