sábado, abril 10, 2010

há qualquer coisa na cama

Há quem digam que servem para mandar quecas. Outros dizem que são templos do descanso. Eu? Concedo que podem ser todas as opções anteriores, mas as quecas podem e devem ser dadas em sítios diversos, o descanso pode ser gozado no sofá, numa cadeira que faz massagens ou numa esplanada à beira mar com um sofá do caraças. Na cama há algo mágico que se pode fazer e que é complicado acontecer em qualquer outro lugar: SONHAR.

É uma relação estranha. À noite sou preguiçoso para entrar nos lençóis. De manhã sou preguiçoso para sair deles. Gosto de fazer ronha de manhã. É um dos prazeres que a vida nos dá. Apetece sempre um pouco mais do covil, quente e fofo, que permite reflectir no sossego e conforto do quarto, sem distracções nem televisão. E depois permite sonhar e imaginar situações impossíveis, mundos estranhos e coisas sem sentido, como se estivéssemos a ver um filme.
Aquele quentinho do corpo nos lençóis pela manhã sabe bem demais. Parece que pertencemos ali. É por isso que quando nos levantamos, há aqueles minutos em que parece que a cama, ainda quente, chama por nós... e temos duas hipóteses, ou resistimos e continuamos com a nossa vida fora dos lençóis, ou voltamos para lá para mais uns minutos de puro deleite.
Daí que custe acordar. É como quando estamos a ver um bom filme e vem um intervalo extremamente longo e temos de ir dormir, porque há que acordar cedo no dia seguinte. É assim que me sinto quando o despertador toca pela 10.ª vez e já não tenho margem de manobra. Tenho mesmo de me levantar.

1 comentário:

i disse...

não há nada como ler isto... na cama :P