sábado, julho 25, 2009

politiquices

Desde há uns meses para cá tenho reparado em inúmeras obras desnecessárias em torno de Lisboa, feitas sem qualquer aviso (nem para os meios de comunicação se comunica estes transtornos), embora causem inúmeros prejuízos para o "povo". Fazem-se obras em estradas óptimas e novas. Depois há os métodos utilizados. Por exemplo, na A8, durante uns três ou quatro meses as duas faixas estiveram limitadas - passagem difícil, estreita - ao longo de vários quilómetros sem qualquer obra em curso. As obras, muito lentas, só chegaram há uns dois meses, ao que parece estão a alargar para três faixas. Apesar dos transtornos, que tornam o início da A8 em Lisboa a um nível inferior de muitas estradas nacionais, paga-se o mesmo nas portagens. Vergonhoso.

Esta semana foi um bom exemplo da desorganização, obras desnecessárias e que causam grande transtorno que reinam neste país desde que o Governo decidiu investir em obras públicas para combater o desemprego. Curiosamente a maior parte de empregados para estas obras são imigrantes ilegais e legais, que continuam a encontrar muito emprego nas obras.

Para além das obras estúpidas, lentas e muitas vezes desnecessárias no centro de Lisboa, que não vou comentar agora, a A5 (que é uma bela auto-estrada) começou a receber obras junto à entrada para Lisboa. Limitaram as faixas (para "obrar" numa das faixas precisam sempre de duas!) e dificultaram em muito o trânsito, até o nocturno. O que andaram a fazer? Não faço ideia, a estrada é excelente.

Hoje bateu todos os limites. Sem aviso algum, fecharam o novíssimo Eixo Norte-Sul e limitaram a saída para a Calçada de Carriche a apenas uma faixa. Resultado? Filas enormes em pleno sábado para sair de Lisboa com vários quilómetros de três faixas totalmente desocupadas no Eixo Norte-Sul. Não se vê no horizonte do Eixo um único sinal de obras, nem máquinas. Fechou-se agora, para começar obras dentro de umas semanas, será? Irritante e desesperante. Viva.


Incrível reparar que o governo português governa com grande interesse nos números e nas estatísticas que chegam aos ouvidos da Europa. A média em Matemática é má? Torna-se o exame final facílimo e os números melhoram, logo já somos génios em matemática numa questão de meses e sem nada mudar no ensino. O que não medem nem tão pouco se preocupam é com a qualidade de vida da malta - aí os números são mais dúbios.
Não há números relacionados com o tempo que eu demoro a chegar de Lisboa às Caldas da Rainha de carro graças aos longos meses de obras - três deles em que não houve obras nenhumas mas houve incómodos na mesma. Nem tão pouco importa o tempo que se demora a andar em Lisboa com as obras intermináveis da CRIL, ou obras dentro da cidade mal amanhadas, sem alternativas nem anúncios para as pessoas se prepararem. Bem-vindos ao estaleiro nacional. O importante é construir o TGV, que nem sequer vai até às Caldas e que se fosse também nunca compensaria, tal é o preço do bilhete.


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