quarta-feira, maio 20, 2009

todos temos pontos-charneira

Hoje alguém me contou uma história que me impressionou. Este alguém namorava uma rapariga búlgara, que conheceu na sua primeira passagem pelo país (tudo isto na década de 80).
Quando voltou ao país passado uns meses depois da última visita, era obrigatório um visto, que conseguiu com dificuldade. Depois, já lá, por ter ficado numa residência de um habitante local e não num hotel foi chamado à esquadra, alegadamente por estar clandestino no país. Teve de pagar uma multa elevada, tal como a búlgara que o recebeu, que, neste caso, era a namorada. Aparentemente a recepção de um búlgaro a um estrangeiro teria de ser comunicada com antecedência e aprovada pelo polícia do Estado na altura.
Este alguém teve de voltar para Portugal e só não pagou a multa porque o chefe da polícia era da família da namorada búlgara. Curiosamente era ainda mais complicado a namorada vir de férias a Portugal nesse período. Como era professora estava mesmo impedida de sair do país, por existir receio que ela não voltasse e por ser um "bem" para o qual o Estado tinha investido.
Para os outros búlgaros não professores também existiam regras, como só poder ir de férias parte da família, e nunca a família nuclear inteira, entre outras limitações.
Foi por isso que português e búlgara tiveram de acabar com o namoro, que estava com perspectivas de ser tornar num casamento.



Há histórias incríveis, hein. E quem me contou isto foi um ex-jornalista que conheci hoje. Alguém mais viajado do que alguma vez serei (ser for a metade dos sítios onde ele já foi não será nada mau).


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